RAPADURA! RAPADURA! Clerisvaldo B. Chagas, 30 de agosto de 2012. Crônica Nº 853 TUFÃO. (Fonte: guia grátis blog). Os fortes ve...

RAPADURA! RAPADURA!


RAPADURA! RAPADURA!
Clerisvaldo B. Chagas, 30 de agosto de 2012.
Crônica Nº 853
TUFÃO. (Fonte: guia grátis blog).

Os fortes ventos que atingem os Estados Unidos trazem até nós às brincadeiras de crianças do Sertão. Quando se formam o que chamamos pés de vento, a meninada mais distante provoca-os como se fossem vivos, gritando: Rapadura! Rapadura! E até parece que os danados obedecem mesmo, partindo em direção dos provocadores. Lá vêm eles levantando, terra, poeira e lixo cobrindo os ares e uivando pelos roçados ou pelas ruas das cidades. Mas o que é mesmo o vento se não o ar movimentando-se devido ao aquecimento solar e a outros fenômenos interessantes. Olhando apenas o assunto sem profundidade identificamos vários tipos de ventos como os alísios e os polares que nunca param. Temos as brisas, ventos periódicos que sopram no litoral, nos vales e montanhas e vários outros de denominações regionais.
Quanto a sua velocidade podemos chamar de Brisa, o vento que não ultrapassa os 50 km. Ciclone é uma tempestade violenta em alta velocidade de rotação quando os ventos superam os 50 km/h. (Furacão, tufão): Furacão é o Ciclone mais forte, vento circular que surge no mar do Caribe ou nos Estados Unidos. Giram no sentido horário no hemisfério sul e anti-horário no hemisfério norte e pode chegar a 119 km/h. medem de 200 a 400 km de diâmetro. Quando são formados no sul da Ásia, no Índico e no Pacífico, são denominados Tufões. Já o Vendaval, é um vento forte com grande poder de destruição, que chega a atingir até 150 km/h. Geralmente ocorre durante a madrugada, com uma duração que pode atingir até cinco horas.
Para medir a velocidade dos ventos, usamos um aparelho chamado anemômetro, muito usado nas estações meteorológicas e em aeroportos. Parecem quatro cuias, viradas de lado, girando sobre um eixo vertical. O cata-vento indica a direção dos ventos: norte, sul, leste, oeste e outras. Surge às vezes com uma seta e mesmo com um galo metálico no topo. A biruta também indica a direção dos ventos nos aeroportos, para orientar os pousos e as decolagens. Tem aspecto de um saco redondo, estreito e colorido que se afunila, apoiado em uma haste vertical.
Há quem afirme que o vento é a maior de todas as forças da natureza. Temos belas canções de amor que fazem comparações entre paixões, vendaval, brisa e mais. Existe aí uma novela, cujo personagem se chama Tufão. E se quisermos saber como é denominado o vento forte que ora castiga os Estados Unidos, é se informar e comparar com o que foi dito acima. Não quero negócio com vento forte! O senhor aceita? A senhora adora? Então saiam correndo atrás e gritando como os meninos do Sertão: RAPADURA! RAPADURA!

XINGÓ E XINGU Clerisvaldo B. Chagas, 29 de agosto de 2012. Crônica Nº 852 Retorno ao trabalho.  (Divulgação/Norte Energia). ...

XINGÓ E XINGU


XINGÓ E XINGU
Clerisvaldo B. Chagas, 29 de agosto de 2012.
Crônica Nº 852

Retorno ao trabalho.  (Divulgação/Norte Energia).
O Xingó e o Xingu parecem nomes associados à energia quando o homem resolveu colocá-los nas vibrações modernas. Simpáticos nomes indígenas que seriam apenas denominações exóticas e não lembrados se não fossem dirigidos para o futuro. E mais uma vez os estudiosos partem dos recantos longínquos esquecidos para seus projetos futuristas e mirabolantes. Xingó é um bairro da cidade ribeirinha de Piranhas, em Alagoas. Sofreu grande transformação ao receber os canteiros para a hidrelétrica que levaria o seu nome. Xingó, então, passou a ser também a denominação da usina hidrelétrica, do rio São Francisco entre Alagoas e Sergipe. Com capacidade de 3.162 MW, é a quarta maior usina em operação no Brasil. Sua barragem tem 140 metros de altura e um reservatório de cerca de 600 km2 de área inundada. Xingó foi construída com início em 1994, tornou-se motivo de curiosidade nacional e, atualmente, representa o centro de um polo turístico que já teve início. Sua região está associada ao cangaço, pois foi por ali onde o célebre Lampião vivia seus últimos meses, foi surpreendido e morto. A beleza paradisíaca da região “sanfranciscana” juntou-se às histórias do cangaço para reforçar o turismo.
No rio Xingu ─ um dos maiores do Brasil ─ continua a polêmica sobre a construção da hidrelétrica de Belo Monte. Em Altamira, no sudoeste do Pará, três canteiros de obras estão sendo erguidos. Justiça manda parar, Justiça manda seguir. Todos têm consciência do impacto ambiental, mas, segundo uma ala, o Brasil precisa de mais energia para continuar o seu desenvolvimento. Outros gritam que a hidrelétrica deveria ser substituída por outros tipos de energia limpa com menos impacto sobre a Natureza. Entre trancos e barrancos, Justiça e Justiça, protestos e protestos, o governo vai levando adiante o seu plano miraculoso e salvador da pátria. Ontem, os trabalhadores que estavam parados, voltaram às atividades. São cerca de 10 mil funcionários dançando entre o Poder Judiciário e os índios do Xingu. “O projeto tem grande oposição de ambientalistas, que consideram que os impactos para o meio ambiente e para as comunidades tradicionais da região, como indígenas e ribeirinhos, serão irreversíveis”.
          O assoreamento do rio São Francisco e a hidrelétrica de Xingó acabaram com os peixes do “Velho Chico”. Ninguém tem dúvida de que o mesmo será o destino de Xingu, região da hidrelétrica de Belo Monte. Dois nomes irmãos e parecidos com o mesmo destino: XINGÓ E XINGU.