quarta-feira, 5 de junho de 2013

LAMPIÃO: O COMBATE DA CANOA



LAMPIÃO: O COMBATE DA CANOA
Clerisvaldo B. Chagas, 5 de junho de 2013.
Crônica Nº 1028
(Adaptado do livro “Lampião em Alagoas”)

O prefeito, dono de curtume a três quilômetros de Piranhas, na margem do rio, acostumado a mandar nos delegados, desentendeu-se com Bezerra que consentiu que os empregados do prefeito andassem armados na urbe.
Denunciado às autoridades, Bezerra foi mandado se recolher ao regimento.
Na saída, em uma canoa, chega um dos empregados do prefeito pedindo socorro, pois Lampião havia queimado o quartel de polícia do lugarejo Canindé. Chegaram pessoas dizendo que Lampião havia se dirigido para a fazenda Jerimum, distante meia légua abaixo de Piranhas. Algumas pessoas haviam sido ferradas no rosto, por Zé Baiano.
Bezerra dirigiu-se para lá, mandando tirar couros que estavam numa canoa, descendo com seus soldados. Antes pedira socorro por telegrama às autoridades.
Dois quilômetros abaixo, Bezerra, chapéu de palha, disfarçado de “coringa” de barco, avistou os bandidos.
Os soldados se abaixaram na canoa, cujo canoeiro tremia muito de medo.
Os cangaceiros mandavam encostar a canoa.
Bezerra dizia que não podia por causa das pedras.
Os cangaceiros abriram fogo. Os soldados não esperaram ordem. Pularam e ficaram com água à cintura. Era uma distância de sessenta metros.
As correias dos bornais dos soldados foram cortadas à bala. José Bagaço, auxiliar na empreitada caiu baleado. Os soldados, amparados na canoa atiravam de ponto. Eram oito praças contra quarenta e oito cangaceiros, entrincheirados por trás das pedras.
Dez minutos depois, Lampião recuou.
Bezerra saltou e viu rastros de sangue na retirada dos bandidos. Retornou a Piranhas.
O telégrafo nacional e a “Great-Western” comunicaram-se com todo o estado. Por isso ali chegaram forças de Pernambuco: o capitão Liberato de Carvalho e Manoel Neto. O capitão Liberato de Carvalho estava em Jatobá, onde atrelou um “wagon” numa locomotiva descendo a Piranhas. Por último chegou o capitão Ramalho que comandava uma companhia do exército nacional em Mata Grande.
Bezerra deixou os comandantes Neto e Liberato à frente de 75 homens, no local da luta. Ali os homens pernoitaram apanhando os rastros dos bandidos que foram alcançados em três dias depois no lugar Maranduba, travando-se um dos maiores combates de Lampião. Foram ressaltadas as bravuras de Neto e Liberato.
·         Pag. 196-198.



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segunda-feira, 3 de junho de 2013

AS MULHERES DO PLANETA VERMELHO



AS MULHERES DO PLANETA VERMELHO
Clerisvaldo B. Chagas, 4 de junho de 2013.
Crônica Nº 1027

MARTE, O PLANETA VERMELHO. Foto: (ideiasedicas.com)
Piadas existem muitas sobre política, macaco, papagaio, português, Joãozinho e mais uma infinidade de outras. Sobre piadas políticas, como as dessas linhas, surgem desde as sofisticadas às escancaradas. Muitos políticos, porém, já encarnaram às próprias brincadeiras, como o caso de Tiririca, como exemplo. Nada temos contra os políticos honestos, trabalhadores e completamente dedicados à defesa dos brasileiros, Alguns senadores (poucos é verdade) são corretos – independentemente de partido – como padrão “A”. Entretanto, o geral é cair na mesma cumbuca do povo, no palavreado das decepções.
Certa feita, um professor discutia com alguns alunos, a possibilidade de haver vida em Marte: “Quem sabe, pessoas parecidas conosco. Mulheres maravilhosas!” Nesse momento um aluno mais afoito disse: “Professor, meu amigo Antônio falou que existem mulheres no planeta vermelho. São iguaizinhas às nossas. A única diferença é que elas têm os seios nas costas”. Todos ficaram em suspense. Foi aí quando o Joãozinho, muito tímido ainda, falou com voz sumida: “Hem!... Hem!... professor, como seria bom para a gente dançar!”.
Vamos nós, o povo brasileiro, observando e resmungando pelas esquinas, sobre a facilidade de enriquecimento ilícito.  No dizer do sertão, “chega-se puxando a cachorrinha” e se sai milionário. Verba para enxoval, verba para viagens, mão de gato e outras manobras incríveis e espetaculares, denunciadas constantemente pela mídia, fazem esquecer os horrores das torturas e sumiços durante o militarismo, ao se desejar um governo radical de limpeza na corrupção.
Um prefeito recente, do Ceará, indagado sobre o que achava em ser prefeito respondeu que “era como ganhar na loto de dez em dez dias”. Outro falou que “não sabia que era tão bom ser rico”. E assim, o monstro dos crápulas continua solto na mesma terra onde “Deus nasceu”. Que existe um lento sistema de depuração existe, contudo, ninguém sabe quando a fonte será de fato cristalina.
Na verdade, se existir mesmo mulheres com seios nas costas, os cientistas logo descobrirão. Mas, o amigo nem se adiante para o baile, por que após a descoberta os políticos chegarão primeiro. Carrapatos das tetas governamentais, assim procederão com AS MULHERES DO PLANETA VERMELHO.



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