domingo, 1 de junho de 2025

 

JUNHO CHEGOU

Clerisvaldo B. Chagas, 2 de junho de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.243

 



Entra o mês de junho com aquela esperança do todos os junhos da tradição junina. Uma esperança forte de que o mês traga boas chuvas e naturalmente, a colheita de milho que se tenta adivinhar. Já se disse que as chuvas chegaram atrasadas para o plantio e por isso não teremos milho no mês de junho e nem julho, isto é, sobre os terrenos normais sob as ordens das chuvas. Tudo nos conformes para o plantio das áreas irrigadas. Aí chega o produto no tempo certo para a canjica, a pamonha os diversos bolos de milho das nossas mães, avós ou mesmo esposas, exímias na cozinha sertaneja. O tal “quentão” não vemos mais que era aquela bebida à base de cachaça e gengibre, feita pelas próprias mulheres para os homens. Olho no céu, olho na terra.

O céu passa o tempo todo nublado, branco como marfim, as chuvas são muito poucas, mas, dizem os especialistas que esse tempero entre Sol e chuva, é muito bom para as plantas. É muito certo que a lavoura agradece e vamos para o próximo inverno num cenário bonito e verdejante no Sertão. Porém, quem cria todo o tipo de gado, não vai gostando muito, não. Diz ele que a água que estar vindo dos céus, não vai dar para encher barreiros e açudes e assim poderá tornar mais difícil a travessia para o próximo inverno. Na verdade, ninguém nunca está satisfeito com o tempo, reclamando de alguma coisa como se Deus não entendesse o que estivesse fazendo. É preciso entender somente o seguinte: tudo tem uma razão de ser.

Podemos dizer, entretanto, que o céu do primeiro dia de junho, foi de um domingo belo, de Sol, de vitalidade e desejos de passear pelos campos. Um domingo para o abrir um mês radiante e feliz. Mas, isso não assegura de forma alguma um bom inverno. Vamos confiar no Divino, olhar para frente e marchar sempre confiante e feliz. E como o mês é de forró junino, nem estou bem-informado, onde é que vai haver forró para você aqui na cidade. Raramente uma bomba estoura por aqui, um foguete ou coisa parecida. Como foi dito, a medida em que o tempo passa, muitas coisas das tradições da gente vai arrefecendo e morre. Fazer o quê? Tudo se transforma e ainda somos felizes em vivermos essa transformação. Lembre-se das pregações de uma Nova era. Vamos com ela.

RUA E CHUVA (FOTO: B. CHAGAS).

 

 

 

 

 

 

 


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quarta-feira, 28 de maio de 2025

 

CAMINHADA

Clerisvaldo B. Chagas, 29 de maio de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.242

 



É incrível a caminhada do santanense no trecho da BR-316, sempre pelas manhãs e no cair da tarde ainda com as luzes do lusco-fusco. Lugar de trânsito movimentado de Santana, sujeito a um acidente de graves proporções. Entretanto, não temos alternativa. Continuamos aguardando alguma iniciativa do Poder Público, como uma pista exclusiva para caminhadas. O trânsito de Santana do Ipanema está de fato feroz. Já o meu roteiro era outro, mas tão perigoso quanto o atual.  Penetrava pela Cohab Velha, saía perto da Barragem, na BR-316, e caminhava rumos a cidade de Poço das Trincheiras. Tinha a ponte estreita no rio Ipanema para enfrentar e uma curva longa além do perímetro urbano. Duas pestes juntas! E cuidado dobrado.

Atenção na estrada e vontade de caminhar, lá ia eu passando pela fazenda de João Ivo, lugar plano, até bem perto de uma baixada onde estava a porteira da fazenda do saudoso Dr. Adelson Isaac de Miranda. Era uma porteira que levava até a margem do rio Ipanema, onde era a sede da fazenda Berra Boi.  Porteira não ficava longe do sítio rural Baixa do Tamanduá. E como sempre, melhor é a volta de tão longa caminhada, até ultrapassar novamente a ponte da barragem. Mas já deveria haver um lugar específico para isso, pois a exigência da vida moderno está por todos os lugares. Quanto ao trajeto longo pela BR-316, nunca tive confiança nos mais diferentes tipos de motoristas que cruzam a estrada. Em relação à paisagem, é sempre melhor na parte da manhã; o hábito  já se espalhou bastante e muita gente também livra a academia.

Mas no trajeto Largo do Maracanã ao DENIT, cerca de 800 metros de estirada é só no lombo da BR-316, numa disputa dos corpos com os carros. As autoridades podiam ter alargado a avenida na época do asfalto, porém, continuam, sempre que possível fazendo tudo dentro da maior economia possível, o que logo, logo compromete o futuro. Mas a Educação Física na rua, não perde a pose. E hoje parece modismo de quem não precisa. É mis a juventude que desfila pelo Maracanã-DENIT, se bem que aparece pessoas maduras na mistura salutar. E enquanto os preços das academias não se adaptam ao preço do bolso, o futuro cliente vai enfrentando o trânsito doido do Maracanã. Reclamar para quê? Haja pé no asfalto e charme no look.

CENTRO DO LARGO MARACANÃ (FOTO: B. CHAGAS).

 

 

   


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