ESQUINAS DA VIDA Clerisvaldo B. Chagas, 19 de dezembro de 2012. Crônica Nº 932 Recente pesquisa, divulgada em sites do Brasil,...

ESQUINAS DA VIDA



ESQUINAS DA VIDA
Clerisvaldo B. Chagas, 19 de dezembro de 2012.
Crônica Nº 932

Recente pesquisa, divulgada em sites do Brasil, dá a região Nordeste como a mais feliz de todas. Veja você, compadre, ganhamos da seca, do atraso, da pobreza, do analfabetismo e estamos felizes sim senhor. Mas o que será mesmo a felicidade perseguida? Conheço, como o amigo conhece, pessoas ricas que não entram em restaurante, bares, lanchonetes... Não têm coragem de dá uma esmola, vestir-se melhor, viajar para conhecer lugares ou pagar um café pequeno para ninguém. Será que esse tipo de gente é feliz à moda Tio Patinhas, cuja diversão era contar dinheiro? E o homem pobre, honrado, sacrificado na vida com um salário miserável e que vive sorrindo e brincando com todos, fazendo o que gosta, na medida do possível, é feliz? O cabra que tem duas ou três mulheres e ganha razoavelmente, é feliz mais do que os outros machos? O que é ser feliz para as mulheres? A multidão que assiste a um espetáculo de artista famoso é feliz?  Parece que essas perguntas não possuem respostas fáceis, mas se a pesquisa diz que o Nordeste é a região mais feliz, calculamos que existam especialistas no assunto.
Bode: Imagem Wikipédia.
Tenho alguns amigos que cismaram em viajar, recentemente, bateram pernas de Alagoas para Pernambuco e foram bater em Exu. Falaram dos espetáculos de homenagens ao Rei do Baião, dos museus que visitaram e do tanto de bode assado que comeram pelo sertão daquele estado. Um deles disse que comeu tanto bode que quase fica doente. Será que para esse a felicidade consiste em comer bode assado no sertão? Companheiros ainda falaram que após Exu, puxaram para Juazeiro do Norte, visitando lugares importantes e fazendo promessas ao padre Cícero. Quinhentos e tantos quilômetros de rodovia pela aridez nordestina, entre cidades com suas apresentações folclóricas, deixaram entusiasmados e saudosos os nossos amigos. Calculo que esses trouxeram a felicidade no embornal alagoano.  
O leitor pode contar que ainda está à procura do êxtase? Ser feliz é se sentir bem em determinado momento ou estado permanente em que o indivíduo não precisa mais nada nessa vida? Diz a nova expressão popular que “é complicado”. Mas se você souber mesmo onde mora a felicidade pode nos dizer que andamos a sua procura em todas as ESQUINAS DA VIDA.

CONCURSO PÚBLICO DE SANTANA Clerisvaldo B. Chagas, 18 de dezembro de 2012. Crônica Nº 931 CAPA: SANTANA ANTIGA. Para o con...

CONCURSO PÚBLICO DE SANTANA



CONCURSO PÚBLICO DE SANTANA
Clerisvaldo B. Chagas, 18 de dezembro de 2012.
Crônica Nº 931

CAPA: SANTANA ANTIGA.
Para o concurso público municipal de Santana do Ipanema, pesará muito os conhecimentos gerais do município. A pedido da gestão atual, elaboramos o pequeno livro de 28 páginas com o seguinte título: “Santana do Ipanema (Alagoas); conhecimentos gerais do município”. Este livro, também chamado apostila, foi elaborado para provas a todos os cargos do concurso. Ele fala sobre a cidade em geral, Relevo, Clima, Solo, Hidrografia, Geologia, Vegetação e Localização. Fala ainda, essa apostila oficial do concurso, dos aspectos históricos importantes, fatos proeminentes em ordem cronológica, aspectos econômicos, educacionais, culturais, Saúde, divisão política e outros assuntos interessantes retirados do livro “O Boi, a Bota e a Batina; história completa de Santana do Ipanema”, ainda não entregue ao público. O seguinte livro ou apostila, como queira o leitor, foi confeccionado pela Grafmarques e já se encontra na COPEVE. Em Santana, apenas três pontos de venda bem distribuídos, estão autorizados pelo autor. Você poderá encontrar essa importante apostila nas mãos do conhecidíssimo professor Marcello Fausto e no Maracanã, na casa de Xerox do senhor Hugo. Hoje divulgaremos na Rádio Milênio um terceiro ponto.
Para cooperar mais ainda com os candidatos, resolvemos marcar um preço simbólico por esse valioso documento cultural, entendendo a situação de muitos estudantes ─, pois também já passamos por essa fase ─ em apenas 10,00 (dez reais).  
Aproveitando o ensejo, no assunto cultura, logo após o Natal também estaremos enviando convites aos nossos leitores, para o lançamento dos dois tão esperados livros, “Negros em Santana” e “Lampião em Alagoas” que estar sendo cobrado em todo o Nordeste. Aguarde o seu convite e compareça para uma noite agradável com os autores de “Lampião em Alagoas”, Clerisvaldo B. Chagas e Marcello Fausto e “Negros em Santana” escrito a seis mãos: Clerisvaldo, Marcello e Pedro Vieira Pacífico Neto.
Voltando, porém, ao primeiro tema, agradecemos à prefeita, Renilde Bulhões, pela escolha e encomenda do nosso trabalho exclusivo para o concurso público em evidência e ao mesmo tempo desejamos boa sorte aos candidatos. Iremos escolher um local para dirimir dúvidas a quem chegar com a nossa apostila nas mãos. Esperamos que tudo ocorra em ordem no CONCURSO PÚBLICO DE SANTANA.

QUE COISA! Clerisvaldo B. Chagas, 17 de dezembro de 2012. Crônica Nº 930 POÇO DAS TRINCHEIRAS Domingo sem graça nas página...

QUE COISA!



QUE COISA!
Clerisvaldo B. Chagas, 17 de dezembro de 2012.
Crônica Nº 930

POÇO DAS TRINCHEIRAS
Domingo sem graça nas páginas do sertão ressequido. Um passeio pela cidade de Santana do Ipanema  (AL) deserta mostra a diferença entre a monotonia do fim de semana e a agitação incrível dos dias úteis. Subindo e descendo ladeiras, reavaliamos o crescimento físico da cidade em sua periferia, aonde máquinas vão rasgando os antigos cercados, sítios, chácaras e fazendas, cedendo espaço para a expansão do casario. Para todos os lados, a urbe parece querer engolir o tempo perdido na etapa amarrada, intransigente e ignorante dos que não a deixaram crescer. No norte, sul, leste e oeste, a raspagem da terra abre caminho para novos pontos de serviços como postos de gasolina, escolas, depósitos gigantescos e mesmo conjuntos residenciais importantes. Os olhos vão se abrindo para as vantagens dos negócios e surgem investimentos aproveitando a boa fase da classe média, ávida por mais consumo. A cidade polo do Sertão alagoano, muda para melhor suas feições e os projetos vão se consolidando e atraindo mais casas comercias de vários municípios até do Agreste e do Litoral. Reformas e mais reformas, prédios elegantes vão surgindo, fazendo a segunda cidade mais florescente do interior e a primeira do Sertão, tomar ares de pequena capital. Mas o marasmo do domingo é só tristeza, sem gente pelas ruas iluminadas por um sol forte e poderoso.
Resolvemos, então, visitar a vizinha cidade de Poço das Trincheiras e fomos contemplando pela BR-316, a seca que assola a região. Além do dia insípido domingueiro, fazia pena a paisagem sertaneja castigada pela estiagem com o mato cinzento e esquelético. Entre belas casas de chácaras, o gado deitado sob copas de árvores peladas, cujas sombras surgiam apenas dos garranchos e emaranhados dos galhos retorcidos. Riachos secos e mato amarelado mostravam que o tempo não está para brincadeira. Não sabemos até quando essa situação do clima vai continuar, mas é penoso contemplar o sertão dessa maneira.
Retornamos a casa lembrando às antigas procissões que o povo religioso fazia para pedir chuva aos céus. Com certeza passear pelas estradas do Sertão do jeito como vai o tempo, é de mexer bastante na sensibilidade. Só Deus e mais ninguém. QUE COISA!