APELO AO PREFEITO E A CÂMARA EM NOME DA HISTÓRIA Clerisvaldo B. Chagas, 27 de maio de 2015. Crônica Nº 1.429 Povoado AREIAS BR...

APELO AO PREFEITO E A CÂMARA EM NOME DA HISTÓRIA



APELO AO PREFEITO E A CÂMARA EM NOME DA HISTÓRIA
Clerisvaldo B. Chagas, 27 de maio de 2015.
Crônica Nº 1.429

Povoado AREIAS BRANCAS. Foto: (Sertão24horas).
Apelamos para o prefeito Mário Silva e a Câmara de Vereadores, para que seja corrigido um erro cometido na gestão passada ou nas gestões passadas. Erro histórico é grave. No livro “O boi, a bota e a batina; história completa de Santana do Ipanema”, contamos também a história completa de todos os povoados do município. A história sobre o povoado Areias Brancas foi exaustivamente pesquisada desde os primeiros moradores aos atuais estudante e jamais encontramos qualquer coisa que chamasse o povoado de “Areia Branca”. Não se admite distorcer a história por simples prazer de alguém que nem se sabe quem seja. Creio que nem a Câmara de Vereadores Tácio Chagas Duarte, tenha aprovado tal aberração sem as mínimas provas de um aventureiro qualquer.
Apelamos, portanto, para que o gestor Mário Silva, corrija a placa indicativa colocada naquele povoado com o nome correto que é “Areias Brancas”, no plural e não no singular, como a Areia da Paraíba. Em Alagoas basta o erro Maribondo, quando o correto e Marimbondo e Girau do Ponciano, quando o certo é Jirau do Ponciano. A quem interessa distorcer o título do povoado Areias Brancas? Além disso, apelamos ao prefeito, que documentos e outros afins que estiverem com a aberração, sejam também corrigidos e que seus moradores voltem a sentir a história e a verdadeira tradição da “Terra do Caju”.
ÓLEO

Já o arraial (chamado povoado Óleo) nasceu de uma brincadeira do vereador e presidente da Câmara (já falecido), Jaime Costa. Tendo passado por ali vindo da sua fazenda, próxima, o vereador, vendo o pessoal trabalhando no terreno de argila, o chamou de turma do óleo; uma alusão aos trabalhadores que militam nos postos de gasolina, trocando óleo dos automóveis. O apelido pegou até hoje, mas seus habitantes não sabem a origem do nome. Possuímos texto contando o episódio, para ser entregue aos moradores daquela comunidade, para complemento da sua história municipal. Não tive ainda ocasião de levá-lo, mas encontra-se à disposição do prefeito Mário Silva e dos vereadores, para apresentarem o texto histórico à comunidade do Óleo.
Esperamos ter feito a nossa parte cultural-histórica, cabendo ao Executivo e Legislativo fazerem a outra parte. Aguardemos.

A IGREJINHA DE SÃO GONÇALO Clerisvaldo B. Chagas, 26 de maio de 2015. Crônica Nº 1. 428 Igrejinha de São Gonçalo. Foto (Alagoas ...

A IGREJINHA DE SÃO GONÇALO



A IGREJINHA DE SÃO GONÇALO
Clerisvaldo B. Chagas, 26 de maio de 2015.
Crônica Nº 1. 428
Igrejinha de São Gonçalo. Foto (Alagoas Memorável; patrimônio arquitetônico).

Viajando entre Maceió e Santana do Ipanema, avistamos uma casa em ruínas, isolada, no campo. O comentário foi inevitável: “Nada mais triste e feio do que uma construção em ruínas”.
Quantas e quantas histórias perdem-se no tempo sobre essas construções residências, igrejas, casarões silenciosos.
Uma dessas residências em ruínas encontrada em nossas pesquisas no sítio Olho d’Água da Cruz, falava de tragédia e horror. As cenas contadas, por antigos moradores dão a impressão de que ninguém passa por ali sozinho, à noite principalmente.
Muitos outros edifícios, ainda não em ruínas, marcam também seus tipos de história, triste, gloriosa ou melancólica como a igrejinha patrimônio arquitetônico de Alagoas, de São Gonçalo do Amarante (assunto já abordado em outra crônica).
Situada no Alto da Jacutinga, atual Bairro do Farol, o prédio chama atenção pela sua humildade ao lado de poderoso mirante e edifícios modernos e imponentes. Pois aquela igrejinha, quase sempre fechada, representava antigamente um armazém de munição; paiol de pólvora guardado por sentinelas que vigiavam o porto auxiliado pelo farol. Era chamado Morro do Paiol ou Morro da Pólvora.
O referido prédio foi desativado em 1888, recebendo modificações como ganho de torre de sino e outras que lhes deram o aspecto de igreja, conservando a sua simplicidade exterior e interior. Ali, São Gonçalo do Amarante foi entronado padroeiro.
Nas solenidades que acontecem naquela igrejinha, o silêncio em torno e a humildade, reconfortam o interior, desarmando o estresse cotidiano, numa forte harmonia com Jesus.
Visitar a igrejinha de São Gonçalo é sentir uma atmosfera que deixa a nossa alma leve como algodão-seda, chorosa como a Virgem e humilde como a própria igreja.

CULTURA, ARTE E HISTÓRIA DE ALAGOAS Clerisvaldo B. Chagas, 25 de maio de 2015 Crônica Nº 1.427 Prédio da Associação. Foto: (A...

CULTURA, ARTE E HISTÓRIA DE ALAGOAS



CULTURA, ARTE E HISTÓRIA DE ALAGOAS
Clerisvaldo B. Chagas, 25 de maio de 2015
Crônica Nº 1.427


Prédio da Associação. Foto: (Alagoas Memorável).
Diante do imponente prédio da Associação Comercial de Maceió e dos antigos trapiches do Bairro Jaraguá, navegamos na Arte e na História caeté.
Recorrendo ao 10º fascículo dos dez publicados pela Organização Arnon de Mello, com o título “Alagoas; patrimônio arquitetônico”, sem data, página 268, encontramos que o referido prédio foi iniciado em 1923 e teve sua inauguração em 1928. A pomposa construção marcou o auge do movimento econômico naquele bairro portuário. Na íntegra, diz o texto: “Seu porte elegante revela-se na alta escadaria de mármore, nas colunas de capitéis jônicos e coríntios, nas portas e janelas de inspiração neoclássica e no destacado frontão triangular, trazendo no tímpano o escudo da entidade” (...).
“O salão nobre conserva a pintura original executada por José Paulino Albuquerque Lins, com barra superior e medalhões representando cenas campestres de Alagoas. Abriga em seu interior a escultura do deus Mercúrio, originário da antiga Praça Euclides Malta”.
“Destaca-se ainda o acervo mobiliário de seus primórdios e de peças vinculadas às atividades comerciais”.
Outro ângulo do prédio da Associação. Foto: (Alagoas Memorável).
Outros patrimônios arquitetônicos são revelados entre textos e imagens neste mesmo fascículo como trapiches (armazéns), hoje revitalizados e com outras finalidades, fundação Chalita, Museu da Imagem e do Som, Memorial Teotônio Vilela, Museu Théo Brandão, Casa Jorge de Lima, Catedral, Igreja dos Martírios, Igreja de São Gonçalo, ex-Palácio Floriano Peixoto, Teatro Deodoro, Tribunal de Justiça, Biblioteca Pública e Casarão José Lopes.
Os casarões antigos e museus, tombados pelo patrimônio histórico, atraem significativa parcela do turismo global em todos os países do mundo, gerando emprego e renda.
Pesquisadores de áreas afins fazem desse tipo de roteiro uma verdadeira devoção. Procuram seus objetivos tanto nas grandes metrópoles quanto em média e pequenas cidades, perdidos povoados e até mesmo em campos isolados.
Alagoas é riquíssima nas artes e na história.