HELENA BRAGA NA RESERVA Clerisvaldo B. Chagas, 11 de abril de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano 1.659 Abraço simbólic...

HELENA BRAGA NA RESERVA



HELENA BRAGA NA RESERVA
Clerisvaldo B. Chagas, 11 de abril de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
1.659

Abraço simbólico na Igrejinha das Tocaias. Foto (Clerisvaldo B. Chagas).
Visando entender os biomas de Alagoas, particularmente a Reserva Tocaia com vegetação de caatinga, em Santana do Ipanema, aconteceu uma festa.
Dentro do Projeto Ambiental Reserva Tocaia, os alunos da Escola Estadual Professora Helena Braga das Chagas foram conduzidos de ônibus até o local. Ali fizeram uma visita a chamada Igrejinha das Tocaias ─ vizinha à reserva ─ local onde aconteceu uma emboscada com mortes de inocentes no tempo da escravidão. Houve um abraço simbólico de alunos e professores em torno da igrejinha, cujo santo é São Manoel da Paciência. O episódio da emboscada tornou-se histórico porque aconteceu com a família de um dos netos do fundador da cidade em 1787. Dali os alunos seguiram até o local da emboscada, cem metros adiante, até uma grande pedra de onde partiram os tiros. Na ocasião, professores leram para todos, o Cordel do professor Clerisvaldo, segunda edição exclusiva para a escola e para o Projeto, a “Igrejinha das Tocaias, sua História”. Os alunos acompanhavam a leitura com a explicação do autor e o livreto de cordel na mão. Muitos foram até à pedra e chegaram até o cimo.
Em seguida fomos visitar o interior da igrejinha e fazer as devidas observações. Ainda cedo nesse turno matutino, todos entramos na Reserva Tocaia onde chuvas dos últimos dez dias transformaram a paisagem seca em um verde espetacular. Como o grosso das terras se concentra em área de serrote, fomos subindo a encosta pela trilha rodeada de mata nativa. Não chegamos até o topo dos 250 metros por questões de segurança, mas uma clareira plana nos deu suporte para as investigações da flora e da fauna da Reserva. Os alunos perguntavam e anotavam, discutiam o tema, ouvindo seus professores.
Infelizmente o guardião e dono da RPPN ─ Reserva Particular do Patrimônio Nacional, estava viajando, o que poderia ter ampliado o conhecimento dos visitantes. E nesta agradável manhã de temperatura amena e céu ameaçando chuva, os que fazem a Escola Helena Braga, após cumprida a missão, iniciaram a descida do Serrote Pintado. Conhecimento e festa para todos. Muito antes do meio-dia estava encerrada a visita que alcançou enorme sucesso entre professores e adolescentes.
A Escola continuará o projeto em sala de aula e, ao término, uma exposição fotográfica será exposta e apresentada por estudantes em vários lugares particulares e públicos sobre o “Pulmão Verde” preservado de Santana do Ipanema.


                                                                                      

O RIO AMAZONAS Clerisvaldo B. Chagas, 7 de abril de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.658 Imagem (governamenta...

O RIO AMAZONAS



O RIO AMAZONAS
Clerisvaldo B. Chagas, 7 de abril de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.658
Imagem (governamental)

Entre os montes que circundam a minha cidade, avulta-se a serra do Poço. Com mais de 500 metros de altitude, é assim chamada porque se divide também com o município de Poço das Trincheiras. Faz parte do Maciço de Santana do Ipanema, é a mais alta do maciço e já foi celeiro de frutas e referência de produtos agrícolas de qualidade. No sopé já foram encontrados fósseis, cujas escavações não progrediram.
Como todo povo brasileiro, a criatividade também impera no povo sertanejo. Ainda hoje quando alguém quer se referir à longevidade de pessoas, exclama: Fulano é mais velho do que a serra do Poço. E assim aquele monte absorveu mais essa função social do humorismo caboclo.
Mas não só a idade da serra do Poço interessa aos estudiosos e habitantes do lugar. Distante dali grupo de pesquisadores da Universidade de Brasília, juntamente com cientistas europeus deu mais um passo importante nos mistérios da Região Norte. Descobriu que o rio Amazonas tem 8 milhões de anos, ampliando pesquisas anteriores que davam ao maior rio do mundo apenas 1 a 1,5 milhão de existência.
A constatação atualizada teve como base os estudos dos sedimentos, a maioria de formação da Cordilheira dos Andes que vai de 10 a 5 milhões de anos atrás.
O rio existia pequeno e como lago. Sua nova idade é contada a partir da sua expansão até o Oceano Atlântico. Quando se ergueu a Cordilheira, esta empurrou rio lago e tudo para a vertente do Atlântico, o rio se expandiu chegando até o que conhecemos atualmente.
Várias secas estão ocorrendo no Amazonas e também períodos de chuvas em tempos não previstos. E como dissemos antes, somente a continuação dos estudos mostrarão novas luzes sobre a influência do rio, Floresta Equatorial e a Natureza com sua biodiversidade. Por isso saber o passado é importante para se compreender o que fazer no futuro.
Além de tudo o que já foi descoberto, sabe-se que a umidade que sai da região amazônica, vai para o Pacífico, mas é impedida pelas alturas dos Andes que manda a umidade de volta e faz chover no Distrito Federal, Brasília e Centro-Oeste.
E para encerrar, apesar de seus 8 milhões de anos, o rio Amazonas ainda é considerado jovem.
Nesse caso, você escolhe em dizer que aquela pessoa que você não aprecia é velha que só a serra do Poço ou novinho igual ao rio Amazonas.




HOMENS INTELIGENTES E SUAS PESQUISAS MARAVILHOSAS Clerisvaldo B. Chagas, 3 de abril de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano C...

HOMENS INTELIGENTES E SUAS PESQUISAS MARAVILHOSAS



HOMENS INTELIGENTES E SUAS PESQUISAS MARAVILHOSAS
Clerisvaldo B. Chagas, 3 de abril de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.567

ILUSTRAÇÃO (Wagner Cerqueira e Francisco).
À margem da política, da cachorrada, da safadeza, salva o lado tenebroso, a inteligência de hábeis e determinados pesquisadores. E diante da desertificação séria e tantas vezes denunciada ao mundo, seguem-se períodos de fome e miséria em regiões do globo onde não mais se produz nada da terra.
Desvendar os mistérios que envolvem o Saara ─ maior deserto quente do mundo ─ a nós parece um feito extraordinário de homens que se dedicam às ciências. Sempre tivemos a impressão de que a região saariana tivesse sido uma coisa diferente no passado, mas não dentro das revelações dos últimos estudos a respeito. São surpreendentes as deduções de pesquisadores da Universidade de Estocolmo (Suécia) e da Universidade de Columbia e do Arizona, fora outra vertente debruçada no mesmo tema.
Parece mesmo ficção científica apontar o deserto como atualmente se conhece com uma precipitação entre 35 e 100 milímetros e dizer que ali já teve 20 vezes mais chuvas no passado. Os estudos mostram que aquelas areias de tanto calor pelo dia e tanto frio durante a noite, eram antes savanas e pradarias que podem ser chamadas de Saara Verde ou Saara Úmido, sustentadas pelas chuvas de moções.  Um cenário deslumbrante entre cinco e dez mil anos atrás. Região onde havia peixes, crocodilos, elefantes e hipopótamos, paisagem mesmo de savana e pradaria.
"O Saara se tornou verde quando saímos do período glacial. O Sol do verão se tornou mais forte há uns 9 mil anos e isso trouxe uma série de consequências", explica um dos pesquisadores.
Esta pesquisa data o deserto em 2,7 mil anos, mas estima que os seres humanos tenham abandonado as áreas que estavam se tornando desérticas muito antes, à medida que o clima mudava.
Outra versão diz: O período do Saara Verde não ocorreu apenas entre 5 mil e 10 mil anos, mas também há 125 mil anos, como fenômeno cíclico e natural. E se o fenômeno é cíclico, daqui a milhares de anos o ciclo se repetirá. o Saara poderá voltar a ser o que era antes, savana e pradaria, dependendo também das forças antropogênicas.
Sua extensão é maior que a de alguns países, como o Brasil, Índia e a Austrália.