MACHADO NAS TRADIÇÕES Clerisvaldo B. Chagas, 6 de março de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.855 CENTRO DE SANTAN...

MACHADO NAS TRADIÇÕES


MACHADO NAS TRADIÇÕES
Clerisvaldo B. Chagas, 6 de março de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.855
CENTRO DE SANTANA. Foto: (Clerisvaldo B. Chagas).

Todo o nosso país tem suas histórias e tradições que – verdade seja dita – nem sempre consegue preservá-las. A ansiedade pelo futuro é uma boca enorme que vai engolindo os vestígios por onde passa. O nosso Sertão de Alagoas não foge às regras da dinâmica. Especificamente em nossa cidade, Santana do Ipanema, conservam-se as denominações Maracanã, Camoxinga, Alto dos Negros, Cachimbo Eterno, Lajeiro Grande, Barragem, Floresta, Maniçoba, Bebedouro e outras mais, explicadas com detalhes cada uma delas no livro inédito “O Boi, a Bota e a Batina; História Completa de Santana do Ipanema”. Veja na crônica de ontem como demos detalhes da fundação do Colégio Estadual, hoje ponto de referência daquele complexo educacional e das cercanias. A foto apresentada do Colégio foi transformada em “Esponja de Aquarela”, efeito artístico por computador.
Nem sempre, porém, as provas de origem permanecem através do tempo. O lugar denominado “As Cajaranas” – nas imediações dos fundos do IFAL, possuía pelo menos três cajaranas altas e que foram cortadas, ficando apenas os tocos, há alguns anos atrás. O local com o nome de “Cipó” tinha uma santa cruz de beira de estrada. Fica a poucos metros do Posto Lemos, boca de caminho para o sítio Sementeira. Hoje o lugar da cruz acha-se ocupado por uma fileira de casebres. As Olarias foram tragadas pelo casario do Conjunto Eduardo Rita, região do Ipanema chamada Minuíno. Assim desapareceram as referências: Minuíno, Olarias, Cajaranas e Cipó. O serrote do Gonçalinho passou a ser chamado do Cristo e depois, de Micro Ondas; O morro da Goiabeira virou serrote do Cruzeiro; o serrote do Pelado transformou-se em Alto da Fé. E, lá perto do Alto dos Negros, o Conjunto Cajarana tem esse nome porque existe ali uma grande e frondosa cajarana que recebeu o ensaio de fogo no tronco. O símbolo do lugar não vai resistir por muito tempo, desaparecendo a prova do seu batismo.
Após o lançamento do livro “230”, vamos formar novo mutirão para que a história de Santana venha a lume. Se Santana ficar aguardando às autoridades, jamais terá sua verdadeira história contada.
Vem comigo!



CINQUENTA ANOS DE COLÉGIO ESTADUAL Clerisvaldo B. Chagas, 5 de março de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1854 C...

CINQUENTA ANOS DE COLÉGIO ESTADUAL


CINQUENTA ANOS DE COLÉGIO ESTADUAL
Clerisvaldo B. Chagas, 5 de março de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1854

COLÉGIO ESTADUAL EM  ESPONJA DE AQUARELA (B. CHAGAS).
     Vamos caminhando para os 54 anos de fundação do antigo Colégio Estadual Deraldo Campos, em Santana do Ipanema, Alagoas. Esta unidade de ensino foi a primeira escola pública de Santana do Ipanema e, talvez, de todo o Sertão alagoano, a funcionar com o Segundo Grau, atualmente chamado de Ensino Médio. Muitos filhos do semiárido, após terminarem o Curso Ginasial (8a Série) na Escola Cenecista Ginásio Santana, tinham três opções: continuar estudando ali mesmo com o Curso de Contabilidade, migrar para Maceió ou Recife ou parar de estudar. Foi quando o Exército Brasileiro comprou a fazenda do ex-interventor Frederico Rocha e implantou uma unidade militar em Santana. Com a desistência, o Exército foi embora, ficando o enorme prédio do quartel, ocioso. Foi, então, implantado o colégio de Segundo Grau, que recebeu o nome do secretário de Educação da época, Deraldo Campos, em 26.03.1964. (O Boi, a Bota e a Batina; História Completa de Santana do Ipanema).
     O primeiro diretor do Deraldo foi o professor Mileno Ferreira da Silva, ligado ao militarismo da ditadura no País. Passou cerca de 20 anos na direção da Escola. Nós também demos a nossa contribuição como professor de Biologia, Sociologia, Filosofia, História e Geografia, durante a escassez de mestres. Também contribuímos como Diretor, o primeiro eleito pelo voto direto. Com o falecimento de Mileno Ferreira, um bruxo da floresta riscou o nome da homenagem ao benfeitor Deraldo Campos, mudando-o para o diretor falecido. O mesmo erro da Praça Emílio de Maia. Os homenageados de Santana são cassados de acordo com a conveniência de brutos, maliciosos e desqualificados. 
     Apesar das suas crises cíclicas, o antigo Colégio Estadual Deraldo Campos, continua sua missão inicial de conduzir a juventude estudiosa para projeções futuras. Hoje a direção da unidade encontra-se na mão da ex-diretora da Escola Estadual Professora Helena Braga das Chagas, Maria Aparecida Silva, doce e educada criatura dedicada à sua nobre missão. A priori, Cida é filha de Dona Maria e do soldado Manoel Joaquim, vizinhos e personagens da rua da nossa infância, Antônio Tavares. Excelentes criaturas.
Colégio Estadual, estabelecimento altamente histórico e REI.

LAMPIÃO EM ALAGOAS E AUTORES SANTANENSES NA TV EDUCATIVA Clerisvaldo B. Chagas, 2 de fevereiro de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Al...

LAMPIÃO EM ALAGOAS E AUTORES SANTANENSES NA TV EDUCATIVA


LAMPIÃO EM ALAGOAS E AUTORES SANTANENSES NA TV EDUCATIVA
Clerisvaldo B. Chagas, 2 de fevereiro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.853

ESCRITORES CLERISVALDO, JOÃO MARCOS E MARCELLO FAUSTO. Foto: (Zezinho).
     Representando a 60 GERE, os escritores Clerisvaldo B. Chagas e Marcello Fausto, da Escola Estadual Profa. Helena Braga das Chagas estiveram na quarta-feira passada, em Maceió, em visita à TV Educativa. É que entre todos os títulos sobre o famoso cangaceiro Virgolino Ferreira da Silva, o livro “Lampião em Alagoas”, dos autores santanenses, foi o escolhido para um documentário sobre os 80 anos da morte de Lampião.
     Os preparativos para as filmagens do Último Dia de Lampião, quando o bandido foi surpreendido e morto na Grota dos Angicos, Sergipe, em 28 de julho de 1938, já estão em andamento.
     Sob comando do insigne João Marcos, jornalista, escritor, cineasta e diretor da TV Educativa, o documentário abordará o episódio em que três volantes alagoanas, saindo da Pedra de Delmiro (hoje cidade de Delmiro Gouveia) chegaram a Piranhas, desceram pelo rio São Francisco, durante a noite e, surpreenderam o bando acampado, no amanhecer do dia 28 de julho. A TV Educativa, por sugestões dos escritores santanenses, também filmará documentário simultâneo da movimentação da Última Viagem de Lampião e o encontro do combate na Grota.
     A convite do diretor João Marcos, com intuito de dirimir as últimas dúvidas da filmagem, Clerisvaldo e Marcello conversaram mais de duas horas com o cineasta. Muitas histórias sobre o cangaço foram contadas entre a dúvida, a lógica e às gargalhadas de fatos narrados pelo trio. Além da parceria firmada para Lampião em Alagoas, romances do ciclo do cangaço de Clerisvaldo B. Chagas como “Ribeira do Panema”, “Defunto Perfumado” e os inéditos “Deuses de Mandacaru”, “Fazenda Lajeado” e “Papo-Amarelo”, poderão fazer, futuramente, novas parcerias para longa-metragem.
     Satisfeitos com os resultados, os autores santanenses vislumbram nova dimensão para a obra, “Lampião em Alagoas” e vibram pelo nome de Santana do Ipanema no cenário nacional.
     Santana sediou o Batalhão que originou as forças volantes na caça aos cangaceiros em território alagoano. A atual Escola Cenecista, antes foi a sede do Batalhão e, nos degraus da Igrejinha de Nossa Senhora Assunção, foram expostas as cabeças de Lampião, Maria Bonita e mais noves asseclas.
Aguardemos a filmagem no sertão alagoano.