SOBRE MIM

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.
PREFEITO MARCA TRÊS EFES E OS CORREIOS Clerisvaldo B. Chagas, 2 de setembro de 2020 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.3...
PREFEITO
MARCA TRÊS EFES E OS CORREIOS
Clerisvaldo
B. Chagas, 2 de setembro de 2020
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.377
CORREIOS EM 1953 (FOTO: LIVRO 230/DOMÍNIO PÚBLICO
Eram
dele as terras onde estão situadas as repartições EMATER, Posto de
Puericultura, Caixa Econômica, AABB, serrote Pelado (Alto da Fé), o lado
esquerdo do serrote, circundando até a fazenda Baixio. Cedia a fazenda para os
atiradores do Tiro de Guerra praticarem a pontaria; abastecia as casas dos
jogadores do Ipanema de leite como forma de estimular o Club. Foi um governo
profícuo de grandes realizações em apenas oito meses de mandato, sendo
substituído pelo prefeito eleito coronel José Lucena Albuquerque Maranhão, que
também foi deputado e prefeito de Maceió.
Os
correios funcionavam em nosso município desde 1869 durante a fase povoado
freguesia. Não sabemos se havia uma sede. Em 1947, Firmino Falcão, como
interventor, fez doação de terreno para o governo federal construir no Bairro
Monumento, o edifício padrão dos Correios. Desde então, não houve nenhuma
mudança significativa em sua aparência externa.
Nozinho
era brincalhão e folião solitário dos nosso Carnavais. Certa feita, um viajante
fingindo estar zangado, disse na sua cara: “Você é um prefeito marca três
efes!”. E Seu Nozinho, assustado, ouviu a conclusão: “Marca três efes: Firmino
Falcão Filho”. O prefeito alegrou-se e dali em diante gostava de ser chamado
“PREFEITO MARCA TRÊS EFES”.
CÂMARA DE VEREADORES E A LUZ Clerisvaldo B, Chagas, 2 de setembro de 2020 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.3 EM 31 DE ...
CÂMARA DE VEREADORES E A LUZ
Clerisvaldo B, Chagas, 2 de setembro de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.3
Do
prédio referido acima, a empresa mudou-se para um edifício novo à Avenida Nossa
Senhora de Fátima entre 1951 e 1955, (hoje Câmara Municipal de Santana do
Ipanema). Ficou o prédio dividido em três partes: o grande salão, onde hoje é a
plenária, funcionava o motor e seus inúmeros painéis encostados à parede do
lado direito de quem entrava. E abaixo,
onde hoje são os gabinetes dos vereadores, ficava o caixa onde pagávamos as
mensalidades da energia consumida. Ainda lembro do Sr. Valdemar Lins, recebendo
os pagamentos. Os Lins faziam parte da empresa.
Do lado de baixo, última parte, era o lugar onde três enormes tanques armazenavam
uma água verde, talvez do Ipanema, para refrigerar o motor. Tomava conta dos
tanques, o Sr. Antônio da Empresa, assim conhecido. E do motor, o Sr. Agenor,
inteligente, artista e inventor, verdadeiro cientista. Na fachada do prédio
estava escrito: “Empresa Municipal de Força e Luz”.
Em
1959, na gestão Hélio da Rocha Cabral de Vasconcelos, o motor entrou em
exaustão. A cidade passou quatro no escuro e somente após grande movimento
liderados por jovens como Eraldo Bulhões e Adelson Miranda, fundadores da rádio
clandestina Candeeiro e muitas passeatas pela cidade, finalmente chegou à
energia de Paulo Afonso, em 1963. O prédio ocioso passou a funcionar como fórum
e, hoje: Câmara Municipal de Vereadores Tácio Chagas Duarte.
·
Nunca colocaram o nome do patrono na fachada. Absurdo!!!
(Fotos: livro 230)
ACONTECEU EM SANTANA Clerisvaldo B. Chagas, 31 de agosto de 2020 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.375 PROCISSÃO EM SAN...
ACONTECEU EM SANTANA
Clerisvaldo B. Chagas, 31 de agosto de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.375
Fato humorístico se deu durante uma festa de Senhora Santana, já apresentada aqui há muito tempo. Durante os festejos à padroeira, Santana do Ipanema ficava repleta de bazares, bancas de lanches, parque de diversão e um sem número de bancas de jogo. Jogos de todos os tipos, principalmente de bozós (dados) com estampas de seis bichos. Era a parte profana da novena ocupando toda a extensão defronte à Matriz, o Largo da Feira e a Rua Tertuliano Nepomuceno onde ficavam as bancas de jantares, os forrós e as cantorias de viola. Por trás do “sobrado do meio da rua” nos fundos das casas comerciais de Manoel Constantino, Arquimedes e Abílio Pereira, onda, curre (carrossel) e balões coloridos se equilibravam na saída, ganhando os céus. Banda de música, foguetório e ‘carro de fogo” animavam o orgulho santanense.
Ao
iniciar a missa as atividades profanas paravam e aguardavam o término da
solenidade para, então, reiniciar o furdunço que não tinha hora para acabar. Inúmeras atividades amanheciam o dia, entre
elas, músicas e mensagens de amor transmitidas pelo alto falante do parque
entre o ronronar da roda gigante.
Como
o padre Bulhões estava doente, fora substituído por um vigário de Viçosa
fanático por jogo. Em uma daquelas noites, passava da hora de iniciar a missa e
a igreja lotada. O sacristão também era viciado em bebida e jogo, chamado
Caiçara (que foi volante e matou o pai do futuro Lampião sob o comando de
Lucena). Caiçara foi chamar o padre que estava numa banca de jogo. O padre
dizia: “Vou já Caiçara, vá tapeando o povo”. Após três viagens para chamar o
sacerdote: “Padre, o povo está agoniado, pensa até que o senhor também adoeceu.
Já passa de meia hora de atraso”. E o padre de Viçosa, abusado com a insistência
do sacristão, disse para ele: “Caiçara, se o povo de Santana do Ipanema
soubesse o quanto vale a missa celebrada por mim e auxiliada por você, não
ficava um só fiel dentro daquela igreja!”.
·
O
caso do padre foi repassado pelo saudoso mestre de obras, conhecido como Mané
de Toinho.

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.