SOBRE MIM

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.
O INCÊNDIO DE CACIMBINHAS Clerisvaldo B. Chagas, 22 de outubro de 2020 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.343 ...
O INCÊNDIO DE
CACIMBINHAS
Clerisvaldo B. Chagas,
22 de outubro de 2020
Escritor Símbolo do
Sertão Alagoano
Crônica: 2.343
Pois
bem, o incêndio dessa semana ocorrido em Cacimbinhas chamou a atenção de todo o
estado das Alagoas. Cacimbinhas é cidade sertaneja entre Santana do Ipanema e
Palmeira dos Índios, sendo satélite desta última. É terra de gado e vaquejada,
possui mais de 10 mil habitantes e já foi parada obrigatória de quem saía do
Sertão e Alto Sertão rumo a Maceió. Foi preciso acionar o Corpo de Bombeiros de
Santana do Ipanema e de Palmeira dos índios que passaram 4 horas seguidas para
o final do sinistro e que teve início com um pequeno fogo para queimar penas de
galinhas, descartadas às margens da BR-316.
O fogo atravessou a pista e o vento o levou para uma fazenda a cerca de
1 km do centro da cidade. Depois de muito fogo e bastante fumaça o incêndio foi
dominado à noite, para alívio do próprio povo cacimbiense.
Isso
faz lembrar a necessidade da presença do Corpo de Bombeiros em todas as cidades
polos. Eles, os bombeiros, não só combatem incêndios, mas socorrem a população
em inúmeras outras ocorrências como enchentes, quedas de barreiras,
afogamentos, invasões de residência por abelhas e muito mais. O ideal é que
todas as cidades possuíssem pessoas treinadas e equipadas para esses
imprevistos, mas “o brasileiro só se previne depois de roubado”, afirma o
ditado popular. A priori, O Corpo de Bombeiros de Santana do Ipanema tem como
sede o Bairro São José, vizinho a Escola Professora Helena Braga das Chagas, na
Avenida Castelo Branco, a principal do bairro.
Eles
nunca irão deixar de ser heróis do povo brasileiro.
SANTANA: SUBINDO A COLINA Clerisvaldo B. Chagas, 21 de outubro de 2020 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.402 FINAL DO B...
SANTANA: SUBINDO A COLINA
Clerisvaldo B. Chagas, 21 de outubro de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.402
De
construção vimos apenas alguma coisa parecida com um marco, e um prédio onde
seria uma escola de enfermagem. Não temos certeza, apenas boatos. Como boatos
também se fala de uma faculdade de direito no terreno. Entretanto, boatos ou
verdade, é grande a solidão ali encontrada. Talvez tenha sido a pandemia que
não pode deixar prosseguir as construções. Quanto ao terreno, é muito bom,
enxuto, apropriado a novos e bons empreendimento que opta por duas
entradas/saídas: pela estrada até o Centro via-hospital e descendo até
encontrar a BR-316 no Bairro Barragem. Um pouco mais adiante, vamos encontrar o
lombo da serra da Remetedeira, porém podemos quase afirmar que esse novo
loteamento já faz parte do início da serra.
Santana
ganhará maior expansão por aquelas bandas, surgindo novo bairro desdobrado do
Bairro Floresta que poderá seguir dois destinos: continuar crescendo em direção
ao lombo da serra da Remetedeira e descer ao longo do asfalto até se encontrar
com a BR-316, num futuro não tão longe assim. É tempo em que chegam bares,
farmácias, mercadinhos, postos de gasolina, restaurantes que irão moldando as
feições do loteamento e seus arredores, surgindo um bairro novo cheio de
oportunidades. O local nos faz lembrar os arredores de Garanhuns e Caruaru, no
estado de Pernambuco.
Esperamos
êxito no futuro do loteamento e na expansão de Santana pelo Oeste, outrora
completamente esquecido e agora cheio de esperanças para o porvir.
A CRAIBEIRA DA SAUDADE Clerisvaldo B. Chagas, 20 de outubro de 2020 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.401 CRAIBEIRA FLO...
A CRAIBEIRA DA SAUDADE
Clerisvaldo B. Chagas, 20 de outubro de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.401
Do
serrote do Cruzeiro percebe-se a intensidade arbórea nos quintais de Santana do
Ipanema. A arborização das ruas parece se esconder diante do jardim que se
forma visto do alto. E fomos buscar de longe a florada representativa da
craibeira da Escola Professora Helena Braga das Chagas. Árvore símbolo de
Alagoas, a craibeira já começou a se ornamentar para o período natalino. Sua madeira
de lei produz cachos de flores amarelas que muito combinam com o belo verde da
folhagem. E aquela imponente árvore de vinte metros de altura sabe muito bem
ornamentar a nossa cidade como rainha do bairro São José. No final do ano
despeja suas sementes nos arredores que vêm em invólucro semelhante ao fármaco band-aid.
Sua madeira faz a base do carro de boi dos nossos sertões.
Antes
da construção da escola Helena Braga, havia uma craibeira centenária no local,
testemunha da estrada construída pelo coronel Delmiro Gouveia, ao passar por
aquele trecho. A craibeira atual que chama atenção de longe da Avenida Castelo
Branco, foi germinada já com a escola funcionando há mais de trinta anos.
Descobrimos que foi plantada pelo senhor conhecido como João Boêmio, esposo de
professora da própria unidade. Chegamos a planejar uma festa para homenagear
seu semeador: placa na árvore com nome popular e científico, corpo discente e
docente reunidos, autoridades e cantos para deflagrarmos no dia da árvore. Mas
como sempre surgem os imprevistos, a citada escola voltou à pertencer ao
município como era antes.
Direção
e professores foram designados para outras escolas e até a biblioteca
organizada com muito sacrifício e amor, teve seu acervo removido para a Escola
Estadual Prof. Mileno Ferreira. O projeto da homenagem se desfez, tanto para a
rainha da flora quanto para quem a plantou. Seria uma surpresa para o senhor
João Boêmio e que agora pedimos desculpas pela frustração. Muito rara a
lembrança de quem fez o benefício após 30 anos, com a nova geração.
Não
sabemos até quando viverá a nossa querida craibeira, ou morrerá de velhice ou
vítima de novo machado como foi a sua antecedente centenária. Continuamos
agradecendo ao senhor João Boêmio pelo presente que orna o nosso Bairro.
Matamos a saudade da escola em horas contemplativas por cima dos quintais.
Craibeira
florida ao fundo da imagem. (Foto: B. Chagas).

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.