TÊNIS CLUB SANTANENSE Clerisvaldo B. Chagas, 4 de novembro de 2021 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.606      Fazendo...

 

TÊNIS CLUB SANTANENSE

Clerisvaldo B. Chagas, 4 de novembro de 2021

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.606



     Fazendo parte do quarteto arquitetônico do Monumento, o Tênis Club Santanense, inaugurado em 10.01.1953, preencheu todos os objetivos do passado. Pela transformação inexorável dos tempos, sofre a ausência do fastígio, mas continua de pé como um patrimônio imorredouro de alta magnitude na esquina da Avenida Nossa Senhora de Fátima com a Avenida Adeildo Nepomuceno Marques. Para o transeunte que não conhece sua história, representa apenas um edifício gigante por trás da Escola Estadual Padre Francisco Correia. Construído para divertir a elite da época, foi sendo ampliando pouco a pouco passando por diversas administrações profícuas e soberanas. Foi sempre um status de grandeza da cidade. E sua estrela ainda não caiu.

No início havia uma quadra de vôlei na área descoberta onde nós, ginasianos, treinávamos. A quadra acabou em benefício de reformas e mais reformas até chegar à estrutura atual. O tênis foi palco dos grandes espetáculos dançantes de época quando se dançava valsa, bolero e outros estilos mais. Um desses espetáculos era o próprio traje de gala de mulheres e homens que ocupavam as mesas do salão. Apresentavam-se ali, orquestras de Pão de Açúcar, Palmeira dos Índios, Garanhuns e inúmeras famosas no Brasil inteiro, vindas do Sudeste. Eram os bailes gigantes que repercutiam em Santana do Ipanema e no Sertão inteiro. Vale salientar que era tempo do cinema, do teatro, do folclore, não havia televisão e os bailes eram acontecimentos extraordinários.

Havia também os Carnavais noturnos e as matinês para nós adolescentes. Maravilha! Chegado o tempo da diversão em casa, a queda foi inevitável em todas as outras formas de lazer. O resultado foi cinemas, teatros e clubes fechando com saudosos sangramentos no Brasil inteiro. Como sobrevive hoje o nosso titã sertanejo? Só mesmo com dedicação e muita paciência para se administrar um clube fora de moda. Mas aqui, acolá têm eventos que acontecem no Tênis Club Santanense, apesar de novos espaços para eventos terem surgidos na cidade.

Parabéns aos abnegados que tomam conta deste e de outros patrimônios de Santana do Ipanema.

Parabéns à própria estrutura que bravamente resiste ao seus 68 anos

TÊNIS CLUB SANTANENSE EM 2013 (FOTO: B. CHAGAS/LIVRO 230).

    POÇO PREMIADO Clerisvaldo B. Chagas, 2 de novembro de 2021 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.605 O município de P...

 

 

POÇO PREMIADO

Clerisvaldo B. Chagas, 2 de novembro de 2021

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.605






O município de Poço das Trincheiras, o mais perto de Santana do Ipanema, vai ganhar um presentão. Assim como Dois Riachos que teve asfaltado o povoado Pai Mané à BR-316, Poço vai contar com asfalto até o seu principal povoado, o progressista Quandu, situado às margens do rio Ipanema. E se o trajeto de terra e poeira entre a cidade e o povoado já é belo assim mesmo, imaginem após o asfalto! O citado trecho margeia o rio, além de serras notórias do município. Não confundir Quandu com Guandu. QUANDU é um animal também chamado porco-espinho e ouriço-caixeiro; emprestou o nome ao povoado. GUANDU É UM VEGETAL. Tipo de feijão-fava também chamado ANDU. Portanto, na região proliferava o quandu e nas serras, o guandu ou andu.

O povoado Quandu cresceu tanto que já ouvimos dizer a cerca de 6 anos atrás: Tá maior do que o Poço. Fica bem pertinho da fronteira com Pernambuco. A última vez que estivemos ali, foi para filmar com a TV Gazeta, a entrada do rio Ipanema em Alagoas, o que acontece um pouco mais acima, no povoado Tapera. Poço das Trincheiras é ´considerado como um dos mais organizados municípios do Sertão alagoano. Dizem seus visitantes: “Ali tudo funciona”. Um surto de desenvolvimento tomou conta da cidade que a cada dia se moderniza e se embeleza. Quandu que também tem vereadores nativos, procura seguir os passos da sede, o que faz com grande brilhantismo. Portanto o asfalto chega bem com merecimento e tudo. Ah!... Até Santana do Ipanema ganha com isso.

É comum se asfaltar trechos na capital. Mas, qualquer pedaço de chão asfaltado em terras sertanejas, constitui troféus e mais troféus extras para um torrão por tanto tempo esquecido. O asfalto representa algo impagável para o desenvolvimento de um lugar. Os imensos benefícios que virão após, atingirão todas as áreas físicas e sociais. Inclusive, vários professores de Santana do Ipanema trabalharam ou trabalham no Quandu, indo e voltando todos os santos Dias. Para se chegar ao povoado, deixa-se Santana do Ipanema pela BR-316 e logo se chega ao acesso a Poço das Trincheiras, atravessa-se a cidade, penetra-se na estrada de terra após rodar sobre ponte molhada no rio Ipanema. Quandu está à espera.

Parabéns prefeito Valmiro Gomes, parabéns ao município.

POVOADO QUANDU (IMAGEM: PREFEITURA).

 

 

  ASFALTO NO BARROSO Clerisvaldo B, Chagas, 2 de novembro de 2021 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.604 Nesses momentos...

 

ASFALTO NO BARROSO

Clerisvaldo B, Chagas, 2 de novembro de 2021

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.604



Nesses momentos em que se aproxima o Dia de Finado, a Prefeitura de Santana do Ipanema, inicia a pavimentação asfáltica que dá acesso ao Sítio Barroso. Foi ainda nos tempos do então, prefeito Nenoí Pinto que foi construído no apontado sítio, região plana e de chácaras que fica a cerca de 5 km do Centro da cidade, o chamado Cemitério São José que ficou conhecido popularmente como Cemitério do Barroso. Este campo santo veio para aliviar a lotação do antigo Cemitério e único Santa Sofia. O seu trajeto, porém, continuou até agora com a mesma estrada tortuosa e de terra que dificultavam os féretros até ali, principalmente nos deslocamentos a pé.

Agora a prefeita Christiane Bulhões em parcerias com projetos estaduais e federais, começou a beneficiar não somente o acesso ao Cemitério São José, mas ao mesmo tempo à toda à região que abrange o sítio mais conhecido como Camoxinga dos Teodósio. É o Barroso quem abre os acessos para os sítios Água Fria, Poço Salgado, Tigre, Camoxinga, Pé da Serra, Troca Topa, Pinhãozeiro e Malembá. A região do sítio Barroso é plana e alta e o seu tipo de solo atesta o seu nome. Antigamente ali eram realizadas as corridas de cavalos de Santana do Ipanema, lazer interrompido após acidente entre o cidadão de Santana, Jacinto Vilela e um desses cavalos.  O óbito selou o local como pista de corridas.

O asfalto que inicia na estrada que passa pelo Bairro Lajeiro Grande, facilitará o trânsito dos cortejos fúnebres, proporcionando maior facilidade para as famílias visitarem e cuidarem dos seus entes queridos ali no Barroso sepultados. Portanto, o Dia de Finados promete um grande movimento em ambos os cemitérios como sempre acontece nessas ocasiões. Celebrações de missas e um comércio intenso improvisado de velas e flores que tem início às primeiras horas do Dia de Finados.

O asfalto, sem dúvida, encurta distâncias e traz benefícios sem conta!

Parabéns a todos os envolvidos nesse projeto em execução!!!

CEMITÉRIO SÃO JOSÉ em 2013. (FOTO B. CHAGAS/LIVRO 230).