SOBRE MIM

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.
DE QUEIXO CAÍDO Clerisvaldo B. Chagas, 17 de maio de 2023 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.886 A Biblioteca Públic...
DE QUEIXO CAÍDO
Clerisvaldo B. Chagas, 17 de maio de 2023
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.886
A
Biblioteca Pública de Santana do Ipanema funcionou por um longo período no
Centro Comercial, precisamente no 10 andar do “prédio do deus mercúrio”.
No andar térreo funcionava a loja de tecidos do comerciante Benedito V.
Nepomuceno, assim como estava escrito na fachada da loja. O acesso à biblioteca
era pela lateral da loja que podia adentrar à residência aos fundos ou à casa
dos livros através de uma escadaria. Era sim, em nossa opinião, um prédio de
luxo construído ainda no tempo de vila pelo Cel. Manoel Rodrigues da Rocha. E
como quase tudo do coronel vinha da Europa, calculamos que o corrimão da
escadaria e os vidros coloridos das portas/janelas do 10 andar,
tenham vindo do outro lado do Atlântico. Frequentar aquele ambiente tão simples
e ao mesmo tempo tão sofisticado era quase um privilégio divino.
Compêndios
nas prateleiras envidraçadas e no verniz; livros cuidadosamente assentados,
catalogados e numerados; instrução como retirá-los e recolocá-los e amplos catálogos
à disposição; Um silêncio civilizado protegendo a leitura dos usuários e
consultas em voz baixa à bibliotecária; direito a empréstimo de um livro para
quinze dias; cartão/ficha para renovação infinita da concessão. A imensa
variedade de Literatura nos transportava para autores russos, franceses,
americanos e famosos da Brasil, principalmente. A novela, o romance, o conto a
poesia, a história, enciclopédias e dicionários famosos nos deslumbravam e
agiam às mil maravilhas nas mentalidades em formação.
E
por questões diversas vamos observando esse fenômeno de abandono das mansões e
sobrados antigos com amostras, praticamente em todas as cidades e capitais
brasileiras. Em nossa terra não poderia ser diferente. É a transformação
inexorável do planeta erguendo novos pilares da história física no mundo. Assim
são montanhas que se transformam em vales, ilhas que desaparecem, cachoeiras
que se somem e rios que não choram mais. Ficamos apenas com receio de que as
antigas grandes obras da cidade, por falta de manutenção, não causem tragédias nos
seus prováveis desabamentos. Mesmo assim, ainda hoje, ao passarmos pelo casarão
do “deus Mercúrio”, os olhos não conseguem fugir da estátua que ornamentou a
Biblioteca Pública. Um momento, um passo ronceiro, uma saudade e um queixo
caído.
CASARÃO
DO DEUS MERCÚRIO, EM 2013 (FOTO: B. CHAGAS/LIVRO 230).
AS SURPRESAS Clerisvaldo B. Chagas, 16 de maio de 2023 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.885 “Pesquisadores encon...
AS SURPRESAS
Clerisvaldo B. Chagas, 16 de maio de 2023
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.885
“Pesquisadores encontraram as ruínas de uma estrada da Idade da Pedra submersa no Mar Mediterrâneo. A descoberta foi feita no sítio arqueológico de Soline, localizado na costa da ilha de Korčula, na Croácia. Estima-se que a construção tenha cerca de sete mil anos. De acordo com os arqueólogos, a antiga passagem tem vários metros de largura feita de lajes de pedra. Além disso, os pesquisadores encontraram paredes de um antigo assentamento. Acredita-se que o local tenha sido construído pela cultura neolítica. que ocupava o leste do Adriático. A estrada está situada a cerca de cinco metros abaixo do Mar Adriático, no Mediterrâneo. Os cientistas identificaram ela ao examinar imagens de satélite das águas ao redor de Korčula. Depois, eles confirmaram a descoberta ao fazer mergulhos exploratórios na região. Pesquisadores também anunciaram a descoberta de um outro assentamento similar durante inspeções na Baía de Gradina, no lado oposto de Korčula. Lá, os arqueólogos encontraram artefatos como lâminas e machados. Além disso, evidências de sacrifícios foram identificadas no local”. FONTE: DOL.
A história sendo recontada. Bem
que se diz tudo que estiver oculto nesse mundo, será revelado. Contamos toda
uma história e, lá à frente, descobertas desmancham tudo que você ensinou. Isso
praticamente ocorre em todas as áreas de conhecimentos. Vimos, então, pela
narrativa acima que o mar Mediterrâneo não teve sempre o mesmo nível e que essa
região era enxuta a ponto de ganhar uma estrada. Posteriormente o mar se
expandiu e inundou a parte em estudo. Assim são muitas regiões que eram antes
fundos de mar e hoje aparecem como desertos, vales, montanhas e mais outras
formas de relevo.
Mas essas ciências sobre rochas,
escavações e afins, parecem não interessarem à grande quantidade de pessoas:
Geografia, Geodésica, Arqueologia, Paleontologia, contam com poucos
estudantes seguidores, porém, formam profissionais altamente apaixonados pelo
respectivo trabalho. São atrações da vida à parte se se pode dizer assim.
Tantos músicos no mundo, mas bem poucos atraídos pela música clássica. É coisa
mais ou menos semelhante no pendor das ciências.
Aplaudamos a quem merece.
MAR MEDITERRÂNEO (FOTO: STOCK).
O COLÉGIO ESTADUAL Clerisvaldo B. Chagas, 15 de maio de 2023 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.884 O riacho Camox...
O COLÉGIO ESTADUAL
Clerisvaldo B. Chagas, 15 de maio de 2023
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:
2.884
O riacho Camoxinga, há milhares de ano entulhou as imediações da sua foz, recuou o seu leito procurando novo caminho para chegar e despejar no rio Ipanema. Escorre atualmente por trás do casario das ruas, Prof. Aloísio Ernande Brandão e Gilmar Pereira de Queiroz, novo roteiro para chegar ao desaguadouro. Na área entulhada, foi implantada a sede da fazenda do antigo intendente, Frederico Rocha. O exército comprou a área e construiu ali o seu quartel. Meses depois, a unidade foi embora, deixando o enorme prédio ocioso. O prédio foi aproveitado para a implantação da primeira escola pública com Curso Médio, em Santana, recebendo o nome de Colégio Estadual Deraldo Campos. Depois foram construídas mais duas grandes escolas na mesma área entulhada do riacho Camoxinga, abandonada pelo exército.
Em uma chuvarada, caiu parte do muro de trás
que cercava a área das três escolas. Anos e anos se passaram com o enorme rombo
da murada. Pois bem, com uma grande investida do riacho Camoxinga no início do
ano, as águas invadiram tudo e mais extensões da murada foram abaixo. Não faz
tanto tempo do alerta que demos aqui sobre esse tema. Agora o estado está
recuperando a murada que segundo informações de professores, será uma
recuperação total. Pude sim, apreciar o bom trabalho que está sendo realizado,
diferente de murada “meia-sola” acontecida numa outra unidade cujo trabalho foi
feito por empreiteira. Mas isso já passou e a escola do estado voltou a ser
municipal. Tudo isso para não perdermos o fio da meada.
Ficamos felizes pela recuperação da murada
completa do Complexo Educacional do estado em Santana do Ipanema. Boa proteção
ao patrimônio público físico e a integridade dos que fazem educação nos três
colégios. E por falar nisso, estaremos no próximo dia 18 ministrando palestra na
Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva, onde parte da história de
Santana será contada com testemunho de fotos de época. Atualmente a unidade encontra-se sob a
direção do professor e escritor Fábio Campos.
Velha estrada do Estadual! Caminho dos
primeiros povoadores da serra do Poço. Lugar de produção das frutas doces e de
qualidade como a laranja, a jaca, a banana e ainda o feijão e café andu.
Serra do Poço, serra do Poço, onde foram parar
os seus pomares?!
PONTE DO ESTADUAL (FOTO; B. CHAGAS/LIVRO 230).

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.