SOBRE MIM

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.
APRENDENDO OU RECORDANDO Clerisvaldo B. Chagas 5 de junho de 2023 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.898 Os tipos ...
APRENDENDO OU RECORDANDO
Clerisvaldo B. Chagas 5 de junho de 2023
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:
2.898
Os
tipos de relevo terrestre abaixo, vão permitir que você diga em qual deles está
situada a cidade em que você mora. Pense e responda para você mesmo.
No
geral temos 4 tipos de relevo: Montanha, planalto, planície e depressão.
Montanhas
–
São as formas de relevo de maior altitude. Um conjunto de montanhas forma uma
serra e várias serras formam uma cordilheira. No sertão chamamos montanha baixa
de serrote.
Planaltos – São
terras altas, planas, irregulares pelas ações externas: chuvas, ventos, rios,
que ajudam a levar os sedimentos desses desgastes, para regiões mais baixas,
como as planícies e depressões. Os planaltos podem ser formados por chapadas,
morros e serras. Chapadas, formas que imitam degraus (escarpa) e topo
plano. Morros: elevações de formas arredondadas. Serras:
conjuntos de morros fortemente desnivelados.
Planícies – São
formações baixas, mais ou menos planas, aplainadas por longo processo de
erosão. que recebem grande quantidade de
sedimentos das regiões mais altas.
Depressões
–
São superfícies aplainadas por longo processo de erosão. São planas ou
ligeiramente onduladas, baixas em relação ao seu derredor como os planaltos.
É
de se notar que apresentamos apenas as formações gerais e costumeiras do relevo
terrestre. Mas existem os estudos detalhados e específicos de alguns lugares
difíceis de encaixá-los no geral. Essas particularidades precisam sempre de um
bom intérprete que usam até mesmo expressões formadas na hora da interpretação.
Já
o estado de Alagoas, tem como geral, três unidades de relevo: Planície
Litorânea, Planalto e Depressão.
Aqui
vamos encontrar montanhas, cadeias de montanhas, dentro de cada uma dessas
unidades de relevo apresentadas. Todas essas formas são habitadas pelo homem
com maior ou menor intensidade.
Assim
os estudos do relevo tornam-se fascinantes, onde notamos o ganho real do ser
humano usando os recursos naturais do
lugar
escolhido para moradia.
PAISAGEM
DE RELEVO TIPO DEPRESSÃO, MUNICÍPIO DE OLIVENÇA, VISTA DA AL-130. (FOTO; B. CHAGAS).
HOMENS SÁBIOS Clerisvaldo B. Chagas, 2 de junho de 2023 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica; 2897 A Geografia como a c...
HOMENS SÁBIOS
Clerisvaldo B. Chagas, 2 de junho de 2023
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica; 2897
A
Geografia como a conhecemos hoje, teve como base a sabedoria de homens que
viveram na antiguidade. Árabes, egípcios, romanos, gregos, chineses..., mas os
gregos foram os que mais se destacaram. Vejamos recordando nomes que você
talvez tenha visto no seu colégio: Heródoto, Hipócrates, Erastóstenes,
Hiparco e Ptolomeu
Heródoto
– 484
a.C., muito contribuiu para a Geografia e para a História. Pelas suas
observações em viagens, foram produzidos e corrigidos mapas. Para ele o mundo
era dividido em quatro partes: Europa, Ásia, Líbia e Delta do Nilo.
Hipócrates
–
460 a.C., “O Pai da Medicina”, considerado, também contribuiu para conhecimentos
geográficos. Estudou a influência do ambiente sobre os homens. Essa teoria
perdurou até a Geografia do século XIX como determinismo geográfico.
Erastóstenes
– 275
a.C., Além de muitos outros estudos, produziu o primeiro mapa com coordenadas
geográficas. Entre outras coisas, calculou a circunferência da terra. Criou o
termo “Geografia”.
(faz
lembrar o meu saudoso professor de Matemática ginasiano, Genival Copinho,
ensinando o Crivo de Erastóstenes).
Hiparco – 146
a.C., O maior astrônomo da Antiguidade. Inventor do astrolábio, instrumento que
localizava as embarcações através das posições dos astros, inclusive, dava para
marcar latitudes e longitudes. O astrolábio foi usado durante muitos séculos
depois.
Ptolomeu – 100
a.C., escreveu uma obra chamada Geografia, composta por oito volumes.
Ali estavam conhecimentos geográficos de maior antiguidade, inclusive,
latitudes e longitudes de lugares importantes da época.
A
Geo foi sendo aperfeiçoada com o tempo, inclusive com os seus princípios como
Ciência, por estudiosos franceses do século XIX.
No
Brasil tivemos grandes mestres que se destacaram como: Milton Santos, Josué de
Castro, Aziz Ab’ Saber (meu predileto), Carlos Minc, Manoel Maurício de Albuquerque
e Agnello Bittencourt.
Amar
a Geografia é possuir uma ótima noção do mundo em que vivemos. E sem sair de
casa.
UMA
PAISAGEM DO MUNDO: SERRA DA CAIÇARA, ENTRE POÇO DAS TRINCHEIRAS E MARAVILHA
(FOTO: LIVRO INÉDITO REPENSANDO A GEOGRAFIA DE ALAGOAS/B. CHAGAS).
OS SE DO SERTÃO Clerisvaldo B. Chagas, 1 de junho de 2023 Escritor símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.896 Se o galo cantar ...
OS SE DO SERTÃO
Clerisvaldo B. Chagas, 1 de junho de 2023
Escritor símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.896
Se
o galo cantar fora de hora, é moça fugindo de casa. Se a sombra do sol estiver
abaixo da barriga do cavalo, é meio-dia. Se o jumento ornejar, é hora redonda.
Se a acauã cantar, vem tempo seco. Se o Vem-Vem cantar perto de casa, vai
chegar à pessoa do seu pensamento. Se a ema gemer e a seriema cantar, coisa
ruim vai acontecer. Se a coruja rasga-mortalha passar rasgando, vai morrer
pessoa conhecida. Se a rãzinha rapa-rapa cantar rapando, vai chover em 24
horas. Se o João-de-barro fizer a porta da casa contrária ao vento, vai chegar
muita chuva. Se a garrincha fizer ninho na sua biqueira, é sinal de casa
abençoada. Se a neblina estiver nas
baixadas, o tempo será seco. Se o boi estiver cavando o chão, a chuva está
próxima. Se formigas se arrancham nas baixadas, vem tempo seco.
Ora,
muita gente fala em superstição. Mas se um fato é sempre repetido, como pode
ser superstição? Poderiam argumentar: “Quando a ciência comprova o fato não é
mais superstição. Beleza! Nesse caso pode se afirmar com mais segurança ainda o
acontecimento. Aí se diz: “O povo estava certo”. Mas quando a ciência não
estuda o caso e se estuda não sabe dar explicações... Continua o fato sendo
superstição, invenção do povo? E onde fica a experimentação popular, a
experiencia? Então um milagre acontecido e que a ciência não consegue explicar,
é superstição? Os mistérios da Natureza somente são mistérios para os que não
conseguem compreender nem estudar esses tais mistérios. Será que Deus só
proporcionou sabedoria aos homens da ciência e a mais nenhuma outra pessoa?
E
ainda tem os ditados populares que se perdem em quantidade. Muitos trazem uma
sentença antecipada. E vários deles tanto foram aproveitados no romance “Curral
Novo”, de Adalberon Cavalcanti Lins quanto nos meus: “Ribeira do Panema”,
“Defunto Perfumado”. “Deuses de Mandacaru”, “Fazenda Lajeado”
e “Papo-Amarelo”, todos do ciclo do cangaço. Vejamos alguns: Parente é
carne nos dentes; filhos criados, cuidados dobrados; quando Deus tira os dentes
enlarguece a goela; quem dá valor a “cachorro” fica com o rabo na mão; homem
que jura, mulher que não jura e cavalo pedrês, desconfiar dos três; Boa romaria
faz quem em casa jaz. Formiga quando quer se perder cria asa.
Ainda
é pouco para se meditar muito.
SERTÃO,
TERRA DA FILOSOFIA POPULAR (FOTO: B. CHAGAS).

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.