SOBRE MIM

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.
NOSSO CONTINENTE Clerisvaldo B, Chagas, 16 de junho de 2023 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.907 O nosso contine...
NOSSO
CONTINENTE
Clerisvaldo
B, Chagas, 16 de junho de 2023
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.907
O
nosso continente americano compreende três porções: América do Norte, América
do Sul e América Central. Pode ser dividido de duas formas: pela parte física e
pelas origens dos povos. Pela parte física é o que temos acima: América do
Norte, América do Sul e América Central. Pela origem dos povos, temos: América
Anglo-saxônica e América Latina.
A) Pela
parte física: América do Norte. Compreende 3 países: Canadá, Estados Unidos e
México.
B) Pela
parte física: América do Sul. Compreende 12 países mais um departamento
(estado) da França: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador,
Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. Mais o departamento da
França (Guiana Francesa).
C) Pela
parte física: América Central: Compreende 20 países: 1. Antígua e Barbuda, 2. Bahamas,
3. Barbados,4. Belize,5. Costa Rica, 6. Cuba, 7. Dominica, 8. El Salvador, 9. Granada,
10. Guatemala, 11. Haiti, 12. Honduras, 13. Jamaica, 14. Nicarágua, 15. Panamá,
16. República Dominicana, 17. Santa
Lúcia, 18. São Cristóvão e Nevis, 19. São Vicente e Granadinas, 20. Trinidad e
Tobago.
DIVISÃO do Continente Americano pelas
origens dos povos: Pode ser em América-Saxônica (povos Anglos e saxões): Canadá
e Estados Unidos.
América
Latina (povos de origens latinas): Do México até o Chile.
Existem
vários detalhes se você quiser saber. Pesquise diante de um mapa político das
Américas. Exemplo: a América Central estar dividida em ilhas (Insular) e no
continente (continental). Exemplo 2. Existem, mesmo assim, na América Central,
países que falam línguas não latinas. Também a região tem outros nomes locais
de classificação, mas o grosso é o que foi apresentado.
Obs. O
Brasil é o único país do Continente inteiro que fala Português, pois foi
colonizado pelos portugueses. O grosso da América Latina, fala o espanhol, pois
foi colonizada pelos espanhóis. Ambas as línguas têm suas raízes no Latim, daí
a denominação. E, finalmente, as nações europeias: França, Itália e Espanha,
são também de origens latinas.
CORCOVADO,
NA PAISAGEM MAIS FAMOSA DA AMÉRICA LATINA (GETTY IMAGI).
O CALUNGA Clerisvaldo B. Chagas, 15 de junho de 2023. Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.906 Em torno dos anos 60,...
O
CALUNGA
Clerisvaldo
B. Chagas, 15 de junho de 2023.
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.906
Em
torno dos anos 60, o caminhão ainda era em nossos sertões, uma novidade boa e
agradável. É certo que ele veio desde o início do século XX e fazia muito
sucesso por onde chegava. Fazendo serviços básicos para o sertão era uma
espécie de substituto dos almocreves (tropeiros) e suas maravilhosas tropas de
burros. O escritor santanense Oscar Silva já falava do caminhão em seu romance
“Água do Panema”, com base nos anos 20 e 30. As estradas dos antigos carros de
boi iam se alargando dando passagem ao veículo motorizado que transportava
diversos tipos de mercadorias entre as regiões do estado. Nos anos 30, os
caminhões levaram nordestinos para a Revolução Paulista, trouxeram de Piranhas
as cabeças de Lampião, Maria Bonita e nove sequazes, foram essenciais para as
indústrias e comércio geral da época.
Portanto,
nos anos 60 o motorista de caminhão (não o dono), tinha bastante prestígio
popular. Cada caminhão, além do motorista, tinha um empregado fixo encarregado
da carga e descarga do veículo, além de ser o encarregado de colocar o “cepo”,
por trás do pneu, para maior segurança dos estacionamentos em aclives e
declives. Esse subalterno não tinha tanto prestígio assim, mas tinha muita
amizade e conhecimento no meio em que vivia. Era denominado por todos de
“calunga”, “calunga de caminhão”. (Na língua banto significa lugar
sagrado). O calunga se encarregava do
cepo, da cobertura da caga com a lona, dos cuidados grosseiros do caminhão.
Geralmente era alto, preto e forte, mas também havia o tipo caboclo.
Vem
à lembrança ainda de caminhoneiros conhecidíssimos na década de 60 como José Cirilo e Plinio,
irmão de Eduardo Rita. Seu Plinio como era conhecido, gostava de narrar suas
aventuras com o caminhão marca Chevrolet, Narrações perfeitas que imitavam o
caminhão carregado, chorando nas subidas e as marchas usadas, como a “prise”.
Quanto ao calunga, por si só já era uma denominação engraçada. Atualmente o
caminhão não é mais novidade, mas ainda encanta muitos pretensos motorista
tanto no Brasil quanto na América Latina. Falar nisso, depois explicaremos as
diferenças entre América do Sul, América Latina, América do Norte e América
Central.
Hoje
os caminhões são verdadeiras máquinas de avanço tecnológico, não existe mais
auxiliar, profissão extinta.
Quem
viu CALUNGA, viu, quem não viu, não mais verá.
CAMINHÃO
CHEVROLET 1959 (PINTEREST).
SÓ SE FAZ O QUE SE PODE Clerisvaldo B. Chagas, 14 de junho de 2023 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.905 Sempre fui a...
SÓ SE
FAZ O QUE SE PODE
Clerisvaldo
B. Chagas, 14 de junho de 2023
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.905
Sempre
fui atraído pelos nomes das cidades Colônia Leopoldina e Porto Real de Colégio.
Ambas nos extremos de Alagoas, uma no Norte e outra no Sul. Bem que tentei uma pesquisa em Colônia que
fica na região do rio Jacuípe, um dos pontos extremos de Alagoas, fronteira com
Pernambuco. Queria aproveitar para conhecer a antiga Colônia Militar que
recebeu a visita de D. Pedro II e da princesa Leopoldina e hoje tem esse
simpático nome de Colônia Leopoldina. Ao mesmo tempo queria fotografar a famosa
Curva Sul do rio Jacuípe. Não me foi possível apesar de tantos esforços
individuais. Nem comunicação com a cidade de Jacuípe, consegui, na época.
Contudo, consegui levar um grupo de alunos para conhecermos juntos o “ciclo do
peixe”, na cidade de Porto Real de Colégio, Alagoas e Propriá, Sergipe.
Porto
Real, cidade ribeirinha do Baixo São Francisco, foi ponta de trilhos e possui a
ponte que liga o Nordeste ao Sudeste e Sul. Coisa que Penedo nunca conseguiu.
No século XVII era habitada pelos índios: Tupinambás, Carapotas, Aconãs e
Cariris. Com a chegada de catequistas jesuítas vindos da Bahia, houve um
apaziguamento entre as tribos. Foi construída uma capelinha e, defronte, um
convento e um Colégio com o nome de “Real”.
Daí a origem do nome Porto Real de Colégio e que bem poderia ter sido
Porto do Colégio Real. A capelinha hoje é a Matriz de Nossa Senhora da
Conceição. Mas voltando ao tema principal, vimos uma cidade simpática, limpa e
ensolarada com cerca de 17 a 20.000 habitantes.
Não
tive como pesquisar outras coisas em tempo curto. Fomos para o Vale do Marituba
onde apreciamos com os criadores de peixe, o ciclo total desde o alevino ao
“touro” adulto (machos enormes desenvolvidos unicamente para reprodução). Após, partimos para a cidade de Propriá em
solo sergipano, onde também a experiência do criatório em capinzal de arroz e
do ciclo do peixe, compensou conhecermos hábitos e paisagens de outras regiões.
Além de aula de campo – fruto de uma revolução geográfica que implantei no
Sertão e quiçá em Alagoas – consegui conhecer a cidade do nome que me atraía.
Chegamos à noite no retorno à Santana, com muito alunos dormindo cansados com
as aventuras da aula e da viagem.
Quanto
a Colônia Leopoldina, só se faz o que se pode.
IGREJA
DA IMACULADA, PORTO REAL DE COLÉGIO (FOTO: FLICKR)

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.