SOBRE MIM

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.
CANAPI Clerisvaldo B. Chagas, 19 de junho de 2023 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.908 Canapi é uma pequena e bo...
CANAPI
Clerisvaldo
B. Chagas, 19 de junho de 2023
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.908
Canapi
é uma pequena e bonita cidade típica sertaneja, situada no Alto Sertão
Alagoano. Sua planura impressiona quando observada da BR-316 que corta a urbe
na avenida principal no sentido Leste-Oeste. Fica no seu município o mais
importante entroncamento do Nordeste (dizem), onde existe um moderno e
permanente Posto Rodoviário Federal, na localidade Carié. Carié virou povoado e
ostenta uma das mais belas formações rochosas de Alagoas: o “serrote do Carié”,
monte em forma de lagarta e avistado de longe no relevo de depressão da
caatinga. O seu rio Canapi é um belo afluente do rio Capiá, o mais importante
do alto sertão do estado. O seu padroeiro é São José com os festejos no dia 19
de março e, o município já teve grande destaque no Governo Collor. Sua Emancipação
se deu em 22 de agosto de 1962.
Sendo
um típico município sertanejo, sua economia se baseia na agricultura
tradicional de região, feijão, milho, mandioca, macaxeira, melancia... E o
criatório bovino que vai ganhando corpo, principalmente na produção leiteira.
Canapi tem grande intercâmbio com sua vizinhança como Inhapi, Mata Grande e
Ouro Branco. Recentemente foi inaugurado o trecho asfáltico da BR-316, sentido
Santana do Ipanema – Inajá (PE) e que corta a cidade, facilitando o acesso aos
principais núcleos da sua região. Canapi é uma cidade de pouco movimento
urbano, sendo lugar ótimo para descanso e pesquisas, tanto na zona urbana
quanto na zona rural. Sua literatura já
registra alguns fatos atribuídos ao chefe cangaceiro Lampião e forças volantes
que atuavam naquelas planuras e no Maciço de Mata Grande.
No
município também estar localizado o famoso povoado Capiá da Igrejinha, cheio de
histórias de frades e igreja, mas também de muitos episódios do cangaço e
volantes. Banhado pelo rio Capiá, se
desenvolveu muito nas últimas décadas. Foi ali onde Lampião foi filmado pela
primeira vez, filme que correu mundo inteiro.
A
região tendo a cidade de Canapi como centro, é área excelente para os
estudiosos de Geologia e Geografia se quiserem apreciar ou pesquisar a paisagem
daquelas planuras onduladas que caracterizam a BR-316. Também de planuras sem
ondulações, o trecho Delmiro Gouveia – Olho d´Água do Casado, é paisagem
interessante e atraente. Canapi possui uma população de pouco mais de 17 mil
habitantes e foi emancipada em 22 de agosto de 1962, como dissemos acima.
Canapi, palavra indígena que significa “buraco na pedra”, também tem outra
versão.
Caso
dê certo, apresentaremos uma cidade sertaneja semanalmente.
CANAPI
E SUA PLANURA.
NOSSO CONTINENTE Clerisvaldo B, Chagas, 16 de junho de 2023 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.907 O nosso contine...
NOSSO
CONTINENTE
Clerisvaldo
B, Chagas, 16 de junho de 2023
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.907
O
nosso continente americano compreende três porções: América do Norte, América
do Sul e América Central. Pode ser dividido de duas formas: pela parte física e
pelas origens dos povos. Pela parte física é o que temos acima: América do
Norte, América do Sul e América Central. Pela origem dos povos, temos: América
Anglo-saxônica e América Latina.
A) Pela
parte física: América do Norte. Compreende 3 países: Canadá, Estados Unidos e
México.
B) Pela
parte física: América do Sul. Compreende 12 países mais um departamento
(estado) da França: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador,
Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. Mais o departamento da
França (Guiana Francesa).
C) Pela
parte física: América Central: Compreende 20 países: 1. Antígua e Barbuda, 2. Bahamas,
3. Barbados,4. Belize,5. Costa Rica, 6. Cuba, 7. Dominica, 8. El Salvador, 9. Granada,
10. Guatemala, 11. Haiti, 12. Honduras, 13. Jamaica, 14. Nicarágua, 15. Panamá,
16. República Dominicana, 17. Santa
Lúcia, 18. São Cristóvão e Nevis, 19. São Vicente e Granadinas, 20. Trinidad e
Tobago.
DIVISÃO do Continente Americano pelas
origens dos povos: Pode ser em América-Saxônica (povos Anglos e saxões): Canadá
e Estados Unidos.
América
Latina (povos de origens latinas): Do México até o Chile.
Existem
vários detalhes se você quiser saber. Pesquise diante de um mapa político das
Américas. Exemplo: a América Central estar dividida em ilhas (Insular) e no
continente (continental). Exemplo 2. Existem, mesmo assim, na América Central,
países que falam línguas não latinas. Também a região tem outros nomes locais
de classificação, mas o grosso é o que foi apresentado.
Obs. O
Brasil é o único país do Continente inteiro que fala Português, pois foi
colonizado pelos portugueses. O grosso da América Latina, fala o espanhol, pois
foi colonizada pelos espanhóis. Ambas as línguas têm suas raízes no Latim, daí
a denominação. E, finalmente, as nações europeias: França, Itália e Espanha,
são também de origens latinas.
CORCOVADO,
NA PAISAGEM MAIS FAMOSA DA AMÉRICA LATINA (GETTY IMAGI).
O CALUNGA Clerisvaldo B. Chagas, 15 de junho de 2023. Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.906 Em torno dos anos 60,...
O
CALUNGA
Clerisvaldo
B. Chagas, 15 de junho de 2023.
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.906
Em
torno dos anos 60, o caminhão ainda era em nossos sertões, uma novidade boa e
agradável. É certo que ele veio desde o início do século XX e fazia muito
sucesso por onde chegava. Fazendo serviços básicos para o sertão era uma
espécie de substituto dos almocreves (tropeiros) e suas maravilhosas tropas de
burros. O escritor santanense Oscar Silva já falava do caminhão em seu romance
“Água do Panema”, com base nos anos 20 e 30. As estradas dos antigos carros de
boi iam se alargando dando passagem ao veículo motorizado que transportava
diversos tipos de mercadorias entre as regiões do estado. Nos anos 30, os
caminhões levaram nordestinos para a Revolução Paulista, trouxeram de Piranhas
as cabeças de Lampião, Maria Bonita e nove sequazes, foram essenciais para as
indústrias e comércio geral da época.
Portanto,
nos anos 60 o motorista de caminhão (não o dono), tinha bastante prestígio
popular. Cada caminhão, além do motorista, tinha um empregado fixo encarregado
da carga e descarga do veículo, além de ser o encarregado de colocar o “cepo”,
por trás do pneu, para maior segurança dos estacionamentos em aclives e
declives. Esse subalterno não tinha tanto prestígio assim, mas tinha muita
amizade e conhecimento no meio em que vivia. Era denominado por todos de
“calunga”, “calunga de caminhão”. (Na língua banto significa lugar
sagrado). O calunga se encarregava do
cepo, da cobertura da caga com a lona, dos cuidados grosseiros do caminhão.
Geralmente era alto, preto e forte, mas também havia o tipo caboclo.
Vem
à lembrança ainda de caminhoneiros conhecidíssimos na década de 60 como José Cirilo e Plinio,
irmão de Eduardo Rita. Seu Plinio como era conhecido, gostava de narrar suas
aventuras com o caminhão marca Chevrolet, Narrações perfeitas que imitavam o
caminhão carregado, chorando nas subidas e as marchas usadas, como a “prise”.
Quanto ao calunga, por si só já era uma denominação engraçada. Atualmente o
caminhão não é mais novidade, mas ainda encanta muitos pretensos motorista
tanto no Brasil quanto na América Latina. Falar nisso, depois explicaremos as
diferenças entre América do Sul, América Latina, América do Norte e América
Central.
Hoje
os caminhões são verdadeiras máquinas de avanço tecnológico, não existe mais
auxiliar, profissão extinta.
Quem
viu CALUNGA, viu, quem não viu, não mais verá.
CAMINHÃO
CHEVROLET 1959 (PINTEREST).

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.