SOBRE MIM

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.
NO NORTE DO BRASIL Clerisvaldo B. Chagas, 7 de julho de 2023 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.922 Nesse mome...
NO NORTE DO BRASIL
Clerisvaldo B. Chagas, 7 de julho de 2023
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.922
Nesse
momento em que se fala tanto em preservar a Amazônia, um amigo diz que não
entende bem termos parecidos que falam sobre a região. Sim, claro que o centro
da conversa de preservação ao Meio Ambiente no mundo, é a Amazônia. Mas, todos
os biomas, do Planeta, já desmatados ou não, exercem influências no clima, no
tempo, na qualidade de vida das pessoas. Todavia, como a Amazônia é evidência
global: vamos esclarecer alguns termos usados:
1. O Amazonas – Pode
ser referência ao rio Amazonas.
2. O
Amazonas – Pode ser uma referência ao estado do Amazonas.
3. Amazônia ou Floresta
Amazônica ou Região Amazônica internacional – Floresta
equatorial que abrange o Norte do Brasil, e se estende até a Colômbia, ao Peru,
a Bolívia, ao Equador, a Venezuela, a Guiana, a Guiana Francesa e ao Suriname
(9 países).
1. Região
Amazônica do Brasil ou Amazônia Brasileira – Compreende os estados:
Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará, Maranhão, Amapá, Tocantins e Mato
Grosso.
2. Amazônia
Azul – É a parte do mar (Oceano Atlântico) da região Amazônica
brasileira que vai desde o litoral até o limite externo da Plataforma
Continental Brasileira.
3. Amazônia
legal – É área geográfica delimitada pela atuação da SUDAM para
promover o desenvolvimento da região.
Sempre para avançar nesse aprendizado, é
fundamental estendermos diante dos nossos olhos, os mapas políticos e físicos
do Brasil e da América do Sul. Não dizem que uma imagem vale por mil palavras!
Quando a Floresta Amazônica. ou Floresta
Equatorial, vai descendo pelos estados brasileiros da Região Norte, encontra-se
com outros biomas que se tornam seus vizinhos. É o caso do Pantanal no Mato Grosso do Sul, do Cerrado e de parte
da Floresta Tropical ou Atlântica do Maranhão que, como estado faz parte do Nordeste.
A vegetação intermediária entre um bioma e
outro, na fronteira desses biomas, geralmente têm nomes geográficos ou
populares de cada uma dessas localidades. E se sair puxando o fio é grande. É
melhor pararmos por aqui.
FLORESTA EQUATORIAL OU FLORESTA AMZÔNICA
(PIXABAY).
PINDOBA GRANDE Clerisvaldo B. Chagas, 6 de julho de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.921 Censo de 2022, para ...
PINDOBA
GRANDE
Clerisvaldo
B. Chagas, 6 de julho de 2022
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.921
Censo de 2022, para uns sem surpresas em Alagoas, para outros, um susto. Mas nada de grandes novidades em se tratando da população de cada uma das cidades, para mais ou para menos. Para nós o que chamou atenção mesmo foi Maceió, Delmiro e Gouveia e Satuba. Explicaremos mais abaixo. Pindoba foi a cidade pesquisada pelo IBGE como a de menor população: 2.731 habitantes. Pindoba já foi chamada Pindoba Grande e estar situada em lugar alto imediações de Viçosa, Cajueiro... E se vê muito bem o seu acesso ao trafegarmos pela BR-316, entre Atalaia e Maribondo. Foi originária de uma igrejinha motivo de promessa e seu nome provém de uma espécie de palmeira chamada Pindoba, cujos frutos, em cachos, parecem coquinhos e são comestíveis. Seu óleo se presta a combustível para iluminação.
Maceió
que havíamos colocado por fontes seguras em nosso livro “Repensando a Geografia
de Alagoas” e que teria passado de um milhão de habitantes (cidade milionária)
não chegou nem a um milhão, segundo o IBGE, apenas 957.916 habitantes. Temos
que corrigir o erro. Delmiro Gouveia, conseguiu sair com mais de 3.000
habitantes à frente de Santana do Ipanema e, Satuba, a cidade alagoana que mais
cresceu no estado. Aliás, desde que foi construída a usina hidrelétrica de
Xingó, que Delmiro começou a crescer como cidade-dormitório que abrigou
milhares de construtores da magnífica obra. Após, ganhou asfalto pela face até
Piranhas para ligação com a capital, enquanto, na época, a BR-316 que passa em
Santana estava péssima.
E
voltando a Pindoba, surgiu em Santana um fiscal de renda vindo daquela cidade,
gente boa e que logo se entrosou com a sociedade local. Zé Mendes, se não nos
trai a memória, chegou a lecionar no “Ginásio Santana”. Não cansava de falar
sobre sua terra. Certo dia convidou uns camaradas para uma visita à sua
propriedade, em Pindoba. No meio estava o saudoso Juca Alfaiate que nos contou
que foram surpreendidos na porteira da fazenda por um capanga armado, cara feia
e exigindo a senha de entrada. Mas era tudo encenação, a senha era tomar um
gole de cachaça para a passagem livre. Descoberta a brincadeira, muitas
gargalhadas dos santanenses visitantes.
Era
uma fase de ouro da nossa “Rainha do Sertão”.
PINDOBA
(AGRO DO BRASIL).
A LUTA DO RIACHO Clerisvaldo B. Chagas, 5 de julho de 2023 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.920 Grande prazer te...
A LUTA DO RIACHO
Clerisvaldo B. Chagas, 5 de julho de 2023
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:
2.920
Grande
prazer temos quando vaguemos pela praia e passamos a pé pelas águas límpidas da
foz de pequeno rio... De um riacho. Além de bela paisagem, um banho salgado e
um banho doce após, fazem esquecer todos os problemas que nos afligem no dia a
dia. Infelizmente não tivemos (nós todos do mundo) uma educação num passado
distante que pudéssemos estar desfrutando no presente os seus sagrados pomos.
Esse despertar recente em cuidar da Natureza, vem como um grito de socorro
tardio a São Bento, após a picada de cobra peçonhenta. Não somente governantes
do mundo têm culpa, como o próprio povo da roça, do povoado, da cidade... Da
capital. O desrespeito ao meio ambiente é uma praga do extinto destruidor que
tomou conta da espécie humana.
É
que revendo foto de tarde fagueira em Maceió, estamos no último trecho do
riacho Salgadinho cheio, árvores ao longo das margens curvas, pesquisando e
fotografando a hidrografia da capital, para o trabalho de fôlego: “Repensando a
Geografia de Alagoas”. O vendedor de coco verde, o ambulante de bolo e café,
dão um toque especial ao cenário, aparentemente limpo e turístico. Tudo é belo,
maIs uma imagem usurpadora da verdade dura e crua desse intenso poluidor da
praia da Avenida da Paz. Outrora a praia mais frequentada de Maceió, perdeu o
posto para os milhões e milhões do embelezamento da Pajuçara, Jatiúca, Ponta
Verde... Cruz das Almas. A “língua negra” do Salgadinho espantou turistas e
nativos desse lugar e ninguém sabe ainda se para sempre ou para breve, após os
gastos de milhões em obras despoluidoras do riacho.
Opiniões
as mais diversas, falam sobre o riacho Salgadinho. Dizem que ele já está morto.
Que sua recuperação duraria 200 anos e que apenas a preocupação atual não é
salvar mais o riacho e sim, evitar a poluição na praia da Avenida. Muito já foi
feito, mas parece tudo em vão. Além da poluição o fedor. E como é difícil tirar
o fedor do fedor. Antigamente o riacho era chamado “riacho Maceió” e hoje
´Reginaldo até chegar à antiga rodoviária. Dali em dia, é chamado Salgadinho
por causa da sua salinidade. E se as gerações passadas nos entregaram assim o
Salgadinho, como iremos entregar para as gerações futuras o riacho Camoxinga, o
rio São Francisco, o rio Paraíba do Meio... O rio Ipanema?
Refletir
à Natureza, é refletir sobre VOCÊ.
FOZ
DO RIACHO SALGADINHO (FOTO: TRIBUNA).

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.