SOBRE MIM

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.
JARAMATAIA Clerisvaldo B. Chagas, 30 de outubro de Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.987 Última cidade do sertão ...
JARAMATAIA
Clerisvaldo
B. Chagas, 30 de outubro de
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.987
Última
cidade do sertão para quem se dirige a Arapiraca pela AL-220 e que pode ser a
primeira em sentido contrário. Estar localizada no limiar entre sertão Agreste
e faz parte da Bacia Leiteira de Alagoas. Jaramataia é uma cidade,
relativamente nova que foi emancipada de Batalha em 17 de maio de 1962. A sua
distância à capital, Maceió é de 138 quilômetros. Foi originária de uma fazenda
de gado, onde hoje está o piso urbano e cuja denominação era fazenda
Jaramataia. Jaramataia é uma arvoreta que atinge cinco a seis metros de altura,
além de ser considerada medicinal. Sua população, de acordo com o último censo,
possui quase 5.000 habitantes e fica a 164 metros de altitude. A grande festa
da padroeira, Nossa Senhora da Conceição, acontece no dia 8 de dezembro.
Esta
cidade fica a cerca de 1 km da AL-220, com dois acessos de entrada e saída.
Sendo criador de gado, o município tem nessa atividade o seu forte. As
atividades da Agricultura, são as mesmas de todo o Sertão. Suas imediações são
as mais “agrestadas” da Bacia Leiteira, segundo nossas observações geográficas.
Entretanto, também há muito, observamos vários quilômetros de terras que nos
tempos secos, ultrapassa a temperatura de todas às vizinhanças. Parece se
conectar com uma faixa de terras da BR-316, semelhante, entre a cidade de Dois
Riachos e a Pedra do Padre Cícero. Nunca pude estudar esse fenômeno e nem tive
conhecimento que outra pessoa tivesse feito essa observação. Seus filhos são
denominados jaramataienses.
O
chamado “Açude de Jaramataia”, é um dos maiores de Alagoas e construído pelo
DNOCS. É alimentado pelo “riacho do Sertão” afluente do rio Traipu. Além de ser
a principal atração turística física de Jaramataia, o açude banha também o
povoado São Pedro (antigo Bacurau) e congrega quase 500 famílias de pescadores.
Às vezes, em tempos de estiagem surgem alguns problemas no açude que afetam a
existência de quem dele vive. Porém, a cidade de Jaramataia, prossegue sua lida
entre Batalha e Arapiraca, centros mais pertos para seus intercâmbios sócio
comerciais.
Jaramataia
(Vitex gardneriana Schauer) é uma das poucas encontradas no sertão
nordestino, usada tradicionalmente por suas propriedades anti-inflamatórias e
analgésicas.
JARAMATAIA
(DIVULGAÇÃO/PREFEITURA)
RESPIRAR EM PÃO DE AÇÚCAR Clerisvaldo B. Chagas, 27 de outubro de 2023 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.986 Onte...
RESPIRAR
EM PÃO DE AÇÚCAR
Clerisvaldo
B. Chagas, 27 de outubro de 2023
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.986
Ontem,
Pão de Açúcar, Alagoas, foi notícia no Jornal Nacional. Uma humidade do ar com
apenas 6% do ideal de 60%, fez arrepiar uma tentativa de visita ao “Espelho da
Lua”. Ainda não conversamos com um
pão-de-açucarense sobre como os habitantes do lugar encaram o calor extremo do
semiárido nos períodos que acontecem o fenômeno. Já os de fora, assim com meu
pai, podem me dizer como me foi dito: “Fui conhecer, mas foi um calor tão
grande, que prometi a mim mesmo nunca mais pôr os pés ali novamente”. Não sei
quando meu pai foi a Pão de Açucar, mas morreu com 94 anos e cumpriu o que
disse. Da mesma maneira procedeu com Garanhuns na outra ponta dos extremos.
Mas
por que Pão de Açúcar possui essa fama e seus vizinhos do São Francisco, não?
Gostaria sim de ouvir uma explicação de um especialista e, se esse especialista
fosse da própria cidade, melhor ainda. E como disse acima, o fenômeno
geográfico tem a sua época de acontecer. E claro que não estamos incluindo esse
alvoroço climático que está no Planeta agora, pois a “torradeira” é velha
conhecida dessa literatura. Pão de Açúcar é cidade turística por excelência e
talvez essa particularidade possa lhe beneficiar devido a curiosidade das
pessoas perante o inusitado. Bela, típica e histórica, Jaciobá é um destino
fantástico para o turista estudioso.
Enquanto
não aparece uma explicação para a quentura excessiva de Pão de Açúcar, em
determinadas épocas, vamos relacionando suas atrações onde está embutida sua
história de desbravamento, sesmarias, navegação e Pedro II. Mas também para
quem gosta de histórias cangaceiras, vai saber que na penúltima semana de vida
de Lampião, ele estava no município. E estava exatamente na serra de São
Francisco, de onde desceu para a região de Piranhas, atravessou o rio e foi se
recolher nas Grotas de Angicos, para descansar, recolher-se na semana de morte
do padre Cícero e pensar em deixar o cangaço.
Pão
de Açúcar, quente ou frio é lugar de permanente beleza.
PARCIAL
DE PÃO DE AÇÚCAR( FOTO/DIVULGAÇÃO)
IFAL É NOTÍCIA Clerisvaldo B. Chagas, 26 de outubro de 2023 Escrito Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.985 Coisa bonita é o...
IFAL É NOTÍCIA
Clerisvaldo B. Chagas, 26 de outubro de
2023
Escrito Símbolo do Sertão
Alagoano
Crônica:
2.985
Coisa bonita é o esqueleto de uma obra em
construção. Coisa horrível é o esqueleto de uma obra abandonada. E quando esse
esqueleto de obra abandonada, situa-se em ponto relevante de uma cidade, é mais
tenebroso ainda. Embora seja a feiura da paisagem, em geral, pode representar a
fotografia viva do paraíso para fumadores de maconha, drogados, ladrões e
bandidos diverso que procuram esconderijos seguros. Portanto, não ficou bem na
cópia o esqueleto de construção do IFAL em Santana do Ipanema, condenado e insistente
durante anos na entrada da cidade. Daquilo que seria o orgulho social, virou
fantasma da zona urbana do Bairro Lagoa do Junco. Bairro esse que da pobreza
extrema não deixa de se modernizar.
Assim, a notícia que circula no estado, é que
haverá a construção definitiva do Campus do IFAL, em Santana do Ipanema.
Demolição, marcação de terreno, terraplanagem e tudo mais. Enquanto isso, o
Instituto funciona em prédio alugado, em outra saída de cidade. E pelos detalhes publicados, poderemos acreditar
que de fato vai acontecer essa reviravolta de uma situação constrangedora para
todos. O que aconteceu ou deixou de acontecer durante todo esse tempo do início
de esperança até hoje, não cabe nesse trabalho, entretanto renova-se essa
esperança para que a nova obra, seja de fato pujante e à altura do povo
santanense. Na atualidade estão muito ligadas o valor social representante e a
beleza física arquitetônica de um edifício público ou não.
Afinal de contas não é a primeira vez que uma
obra pública é embargada pelos mais diferentes motivos. Esperamos, como filho
da terra, que a Lagoa do Junco continue o seu brilho de expansão com tantos
empreendimentos importantes e receptivos aos turistas no primeiro lance de
olhos sobre a “Rainha do Sertão”. Mas, independente do futuro prédio do IFAL, a
entrada mais importante de Santana do Ipanema, bem que merece toque robusto de
engenharia, planejamento urbano e paisagismo para sepultarem o cenário sofrido
atual e remanescente, para uma estrada criativa, moderna, atraente e bela,
igual a tantas outras que se mostram em diversas regiões brasileiras.
Tudo por Santana!
PARCIAL DE SANTANA. PRAÇA ALBERTO NEPOMUCENO
AGRA 9PRAÇA DO TOCO (FOTO B. CHAGAS).

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.