SOBRE MIM

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.
CAROÁ, CROATÁ, CROÁ Clerisvaldo B. Chagas, 17 de novembro de 2023 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.002 Caroá, cr...
CAROÁ, CROATÁ, CROÁ
Clerisvaldo B. Chagas, 17 de novembro de 2023
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.002
Caroá, croatá, crauá ou Croá, “É uma planta
terrestre da família das bromeliáceas, nativa do Nordeste do Brasil. A planta é
uma bromélia nativa do estrato baixo da caatinga brasileira, apresenta folhas
lineares, acuminadas e listradas e flores protegidas por brácteas com coloração
viva e frutos em bagas suculentas. Já teve muita importância na caatinga, antes
do advento do plástico. Dela se fazia cordas, cordões, redes, sacos, tecidos e
roupas. Proporcionou emprego e renda em vários lugares do Sertão nordestino,
gerou indústrias e até originou cidades como Senador Rui Palmeira no alto
Sertão alagoano, cuja origem foi uma “usina” de fazer barbantes de caroá. A
grande riqueza de outrora do Nordeste, o algodão, era ensacado com destino as
bolandeiras ou vapores (máquinas de beneficiamento do algodão) com enormes
sacos de caroá, que tinham aparência de tarrafas nos seus trançados espaçosos e
transportados, geralmente por carros de boi.
O caroá fez ótima circulação de dinheiro no Sertão
e Agreste entre extrativistas rurais, empresários, fábricas, comércio e
usuários. O agave, planta espinhenta da qual se fabricava cordas e outros
produtos semelhantes ao caroá, tinha mais nobreza, pois em muitos lugares do
semiárido, era plantado com vigor. O caroá, apenas era extraído da caatinga. Em
várias regiões apresentava-se abundante e em locais privilegiados, crescia até
dois metros de altura. Como o nome da
planta varia muito em cada região, é possível que ela também seja chamada
gravatá (sítio e poderoso riacho de Santana do Ipanema).
As riquezas antigas dos nossos sertões são pouco
divulgadas e temos certeza de que pouquíssimas pessoas têm esse conhecimento. O
uso da lã de barriguda, a utilidade dos juncos nas fabriquetas de colchões,
representam segredos do Sertão antigo (não tão antigo assim) e que deslumbram
por certo, pesquisadores e fontes dos mais velhos que assim conviveram.
Infelizmente, o advento do plástico, muito útil, prático, leve e barato
substituiu nossos produtos inocentes e passou a poluir o mundo. É pena porque
nem todo nosso passado foi registrado e dão trabalho aos pesquisadores, mais do
que os temas sobre animais pré-históricos.
CAROÁ (AUTOR NÃO IDENTIFICADO).
DOIS RIACHOS Clerisvaldo B. Chagas, 28 de novembro de 2023 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.001 Dois Riachos é u...
DOIS
RIACHOS
Clerisvaldo
B. Chagas, 28 de novembro de 2023
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.001
Dois
Riachos é uma cidade típica sertaneja, cortada pela BR-316, entre Cacimbinhas e
Santana do Ipanema. Cidade pequena – com quase 10.000 habitantes – fica a 187
km da capital, Maceió. Esta cidade tranquila, formou-se de um aglomerado de
pessoas que trabalhava na antiga rodagem Maceió – Delmiro Gouveia que ali
passara. Antes, chamada “Garcia”, pela proximidade de riacho com essa
denominação, cresceu e emancipou-se de Major Izidoro em 7 de junho de 1960. Com
o nome de Dois Riachos, o gentílico do seu povo passou a ser “riachense. No dia
8 de julho comemora a festa do seu Padroeiro, São Sebastião. Dois Riachos está
dentro dos 245 metros de altitude, possui clima semiárido e vegetação de
caatinga e é banhada pelo riacho Dois Riachos, poderoso afluente do rio
Ipanema, pela margem esquerda.
Sua
Economia é baseada na Agropecuária, nos Serviços e no Comércio urbano. Entre
suas atrações fortíssimas, estão o açude do povoado Pai Mané, um dos maiores de
Alagoas; A Pedra do Padre Cícero, na BR-316 que se tornou a maior romaria do
estado; a Feira de Gado, semanal, considerada a maior do Nordeste; e as cheias
do riacho Dois Riachos, quando acontecem. A sua filha ilustre é a jogadora de
futebol Marta, motivo de orgulho da cidade e chamariz nacional que até ganhou
faixa permanente na entrada da urbe (ver foto). Todo seu grande intercâmbio
como cidade satélite é com Santana do Ipanema, facilitado pela rodovia BR-316
com disponibilidade de transporte à toda hora.
Dois
Riachos fica bem perto do povoado santanense Areias Brancas e possui culinária
sertaneja das melhores da região. Tanto que inúmeros santanenses deixavam sua
cidade para degustar novos pratos na Terra de Marta. A história da antiga
rodagem Maceió – Delmiro Gouveia tem muitos capítulos interessantes na história
dos transportes de Alagoas e Dois Riachos, praticamente filho desse movimento,
tem muita coisa a contar para a nova geração de riachenses. De vez em quando
acontecem as vaquejadas de final de ano, que anima a região da melhor feira de
gado nordestina. Dois Riachos se irmana
com Santana do Ipanema, principalmente nos movimentos educacionais, de serviços
e comerciais. Por que não conhecer a terra da Pedra do padre Cícero?
DOIS
RIACHOS (FOTO: DIVULGAÇÃO).
3.000 MIL CRÔNICAS Clerisvaldo B. Chagas, 27 de novembro de 2023 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.000 Para se ch...
3.000 MIL CRÔNICAS
Clerisvaldo B. Chagas, 27 de novembro de 2023
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:
3.000
Para
se chegar a essas 3.000 crônicas, foi preciso debulhar semanas, meses... Anos;
rindo, chorando, emocionado, alegre e tristonho. E a chegada ao pico, só foi
alcançada por causa da presença constante e fiel do meu Divino parceiro, o
Espírito Santo, Espírito de Deus Vivo que nunca falhou em um só dos meus
pedidos e em nenhuma dessas peças literárias. Sua presença me soprava ao ouvido,
acalmava o perispírito e enxugava-me as lágrimas para continuar servindo aos
meus “leitores de Alagoas, do Brasil, da Europa, da América do Norte, da Ásia,
presente na Rússia, no Novíssimo continente através da Austrália e em alguns países
africanos. Na Terra, importante demais foi a compreensão de leitores,
principalmente os mais conscientes e os sertanejos que deixaram a terrinha há
muito e que vivem em outras paragens precisando alimentação
cultural/informativa da “Rainha do Sertão”.
Para
isso, deixei em segundo plano os temas globais, percebendo as necessidades dos
conterrâneos que deixaram o sertão logo cedo e muitos nem puderam mais visitar
o semiárido. Passei a alimentar suas almas e a minha de Sertão, Sertão, Sertão,
em leitura simples, sadia, direta e nutricional do ego, da autoestima, do
orgulho de ser um sertanejo ou uma sertaneja nordestina. Saindo da linguagem
dos meus romances (por sinal estou terminando mais um: O Ouro das Abelhas) tive
que me adaptar à escrita da crônica, o texto mais curto da literatura, para
poder me comunicar mais facilmente com leitores e seguidores. O romance é cheio
de subterfúgios linguísticos, coloridos, frases de efeito... A crônica é mais
simples e objetiva, quase sempre dizendo do cotidiano.
Os
estímulos são feitos através de curtições e compartilhamentos. E se as
curtições forem abaixo de trinta, o autor fica desestimulado e sem vontade de
continuar. De qualquer maneira
estamos
voltando, mas ainda capenga com o equipamento que está dando problema. A
qualquer hora poderemos parar até que seja tudo consertado, coisa que não é tão
fácil no interior. Agradeço a todos os parceiros que nos estimularam direta ou
indiretamente, tal o amigo Sebastião Malta, que muito antes profetizou as 3.000
crônicas. Vale dizer que nunca ganhei um computador, uma impressora... Um
patrocínio e sequer um carnê de Internet. São 3.000 crônicas banhadas de suor,
lágrimas enxugadas e coração cheio de amor aos meus leitores. Daqui em diante
só Deus sabe!
Obrigado
a todos, abraços e beijos.

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.