SOBRE MIM

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.
O TEMPO Clerisvaldo B. Chagas, 20 de janeiro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.171 As últimas chuvadas, p...
O
TEMPO
Clerisvaldo B. Chagas, 20 de janeiro de 2025
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.171
As
últimas chuvadas, poucas e mansas, já fizeram o efeito que se esperava. Os
montes que estavam crestados, já estão esverdeados, exibindo uma nova paisagem
no Sertão. É o verde inicial que retira os vegetais da UTI. Depois, esperamos
uma trovoada ou coisa parecida, para esse verde inicial robustecer as matize
com vigor. Mas está muito difícil agora fazer previsões apenas olhando o
comportamento de plantas e animais. Os climas da terra sofreram mudanças tão radicais
que o homem fica perdido, tanto na cidade, quanto no campo. Em pleno janeiro,
dias quentes de Sol forte, mostram, entretanto, muita umidade no ar e de
repente fica nublado total ou parcialmente, deixando as noites com temperaturas
de inverno e, de repente, altas. É deixar acontecer e pronto, porque tentar
entender os novos tempos é coisa para muito malabarismo.
Hoje, domingo, por exemplo, o espaço está
parcialmente nublado, fazendo calor, mas intensamente úmido. E se você quer
saber é dia bonito para passeios a pé, a carro, a cavalo... Não é dia para
fazer como estou fazendo neste momento, “croneando”, neste computador, por
falta de opção por motivos pessoais e particulares. E aqui em Santana do
Ipanema, sem praia, movimenta os habitantes da seguinte maneira: Quem possui,
vai para sua fazenda, sua chácara. Alguns procuram o rio São Francisco para o
lazer em Pão de Açúcar ou Piranhas, geralmente, embora esse movimento
domingueiro tenha caído muito. Outros procuram a represa do João Gomes, muito
mais perto. Ainda têm os que gostam de uma cervejinha gelada e procuram os
pontos espalhados da cidade onde vendem o álcool.
E complementando que fazer neste domingo tão
bonito em Santana do Ipanema, é movimentar a churrasqueira em casa mesmo e
convidar os mais aproximados. Não tem futebol, não tem corrida, não tem
espetáculo algum. Fica a cargo de você mesmo criar alguma coisa. A monotonia
toma conta das ruas, mas devemos reagir ao marasmo.
Vamos movimentar os elétrons.
Vamos ajudar a virar o mundo.
Bom
domingo.
ENTROU A SEMENTEIRA Clerisvaldo B. Chagas, 17 de janeiro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.170 A anti...
ENTROU
A SEMENTEIRA
Clerisvaldo B. Chagas, 17 de janeiro de 2025
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.170
A
antiga Estação Experimental Sementeira, da década 1920 e que, segundo conversas,
foi transformada em Reserva Ecológica, revolucionou a Agricultura alagoana na
época. Tendo como dirigente o agrônomo Otávio Cabral, formado nos Estado Unidos,
ali foi implantado o algodão, mostrado novas técnica da Agricultura, a implantação
do arado de aiveca, cercas com estacas e arame farpado e tantas e tantas
novidades para a época que cerca de 200 cavaleiros do campo, vieram do estado
vizinho, município de Águas Belas para uma apreciação formal dessas novidades
que influenciaram a Agricultura de todo o Nordeste. Essas informações iniciais
vieram a lume pelos escritos do santanense Tadeu Rocha que era filho do coronel Manoel Rodrigues da Rocha.
Mas também
havia ali modos de melhorar a raça cavalar da região. A Estação Sementeira foi
implantada no sítio Rural Curral do Meio II, no município de Santana do
Ipanema, mas ficou tão famosa que passou ser geograficamente chamada pelos
campesinos como se fosse um sítio rural independente, e tomou na sua área nome
do Curral do Meio. Pois, declaramos ao povo santanense que a Sementeira foi
incorporada por nós no mais novo romance deste autor: AREIA GROSSA e é
resgatada entre a realidade e a ficção. No mesmo conjunto foram resgatadas
outras repartições, inclusive, também como ilustração através de fotos como: O
Fomento Agrícola, da Rua São Pedro, a escola Batista Acioly, o famoso Bacurau,
também na Rua São Pedro, a igrejinha de São Pedro e a fábrica de calçados do
senhor Elias, tudo na Rua São Pedro, além da Perfuratriz que ficava no final da
Rua/Rodagem São Paulo.
Portanto,
quando você for degustar o romance social AREIA GROSSA, vai ser transportado no
tempo para o período santanense entre 1956-1976. E peças humanas, o autor resgatou
mais de 60 pessoas que viveram na região vizinha à Rua de José Quirino, hoje,
Prof. Enéas. Os personagens protagonistas e o seu entorno, têm cerca de vintes
figuras fictícias. O romance e a novela se confundem muito, porém não escrevo
novelas, só romances. E só quem escreve conhece bem a diferença entre os dois
gêneros.
No
mais, tudo com antes no mar de Abrantes.
Terra
redonda e céu de brigadeiro.
IGREJINHA
DE SÃO PEDRO (FOTO: B. CHAGAS).
QUIXABEIRA Clerisvaldo B. Chagas, 16 de janeiro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.169 Uma das árvores mai...
QUIXABEIRA
Clerisvaldo B. Chagas, 16 de janeiro de 2025
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.169
Uma das árvores mais respeitadas do Sertão é a
Quixabeira. Ela é querida por uma porção de benefícios ao homem. Pode crescer
até 15 metros de altura, porém, gosta muito de se esgalhar para as laterais.
Isso faz com que sua copa, repleta de garranchos – sobretudo na estiagem –
forme lugar para abrigo de pessoas e de animais. Produz frutos pequenos de
forma grosseiramente oval, adocicados e leitosos. Verdes, arroxeados e pretinhos,
são bastante apreciados pelos caprinos. Esses frutos são chamados de quixabas, comestíveis e enjoativos. Em nossa aventura a pé das
nascentes à foz do rio Ipanema – o que gerou o livro IPANEMA UM RIO MACHO – e existe uma foto com a equipe acampada sob
uma quixabeira, lugar onde foi preparado um almoço.
Sua casca é usada para dores em geral. Ulcera
duodenal, gastrite, azia, inflamação crônica, lesão genital, inflamação
ovariana, anexite, cólica, problemas renais, problemas cardíacos, diabetes, cicatrização
e como expectorante. Essas são informações encontradas em fonte de redes
sociais, confirmadas pelos matutos do Sertão que convivem com a árvore. Sempre
ouvimos os mais velhos repetirem que quando os soldados, na cadeia, batiam
muito nos presos, procuravam depois esconder as marcas das torturas com o uso
de jurubeba e cascas de quixabeira. Como falamos no primeiro parágrafo, faz
gosto o amigo, a amiga, se deparar com um rebanho de bovinos ou caprinos descansando
à sombra da Quixabeira. Parecem um idoso numa cadeira de balança no alpendre de
casa.
E para quem não sabe, a vara-de-ferrão, usada pelo
carreiro – condutor do carro de boi – é feita de quixabeira, sapecada no fogo.
Certamente o caso de “Quixabeira Amargosa”, nome antigo do atual povoado São Félix,
município de Santana do Ipanema, tenha sido de alguma anomalia da Natureza, em
que os frutos da árvore referência tenham nascidos amargos. Informamos ainda que
sua madeira é usada em carpintaria e confecções artesanais. E como você viu, pode
ser até que a Quixabeira não seja tão famosa quanto o Mandacaru, quanto o
Juazeiro, imortalizados por diversas canções e literaturas nordestinas, mas é
mesmo uma das mais queridas árvores da flora da caatinga.
Ainda duvida?
QUIXABEIRA

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.