SOBRE MIM

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.
FOTO DA SAUDADE Clerisvaldo B. Chagas, 21 de fevereiro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.194 Mais uma ve...
FOTO
DA SAUDADE
Clerisvaldo B. Chagas, 21 de fevereiro de 2025
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.194
Mais uma vez convocando os santanenses ausentes
há muito, para recordarmos Santana do Ipanema, antes da ponte sobre o rio, no
Comércio, isto é, antes de 1969. Santana a cerca de 60 anos. Quer detalhes da
foto para as suas pesquisas saudosas? Vamos lá: Vê-se foto parcial do Comércio de Santana do Ipanema, anos 60. Primeiro
plano, casas comercias. Segundo plano: rio Ipanema (parte mais branca).
Terceiro plano: margem direita do rio, ainda com raras e esporádica habitações.
Voltando aos detalhes do primeiro plano: da esquerda para a direita, isto é,
descendo a ladeira: pedaço da barbearia Salão Moderno, dos Pichita; Beco São
Sebastião: igreja de São Sebastião (esquina de baixo); casa de primeiro andar
de dona Hermínia florista e seus filho malucos, Agissé, Poni; Farrnácia
Confiança de Hermínio Tenório (Moreninho) com duas cruzes nas portas;
Bar e
casa suspeita de José Vieira; casarão, antiga morada do Cel. Manoel Rodrigues
da Rocha, servindo como hotel e restaurante de Elias e Branca; Alfaiataria Nova
Aurora do senhor Walter Alcântara. Ultimo prédio à direita, não completamente
identificado. Parece ser fábrica de cachaça de Antônio Bulhões. Defronte aos
edifícios, uma pequena árvore solitária da praça invisível.
Todo o vazio da margem direita do rio Ipanema,
hoje está representado por vários bairros que se desenvolveram após a ponte
General Batista Tubino, no Comércio, em 1969. São eles: Domingos Acácio, Paulo
Ferreira (antigo Floresta), Isnaldo Bulhões (antigo Colorado), Santo Antônio.
O vazio da foto, margem direita, mostra apenas
as áreas que formaram os Bairros Domingos Acácio e Paulo Ferreira. Este onde
estar localizado o Hospital Dr. Clodolfo Rodrigue de Melo. Apesar da não
definição da fotografia com clareza, o rio Ipanema acha-se representado.por
pedregulhos e pouca água. E se quer saber sobre os prédios da foto, apenas
continuam parecidos, mas não originais
a igreja de São Sebastião e o casarão do
coronel, este, transformado em
Galeria/shopping. Vamos ver se dá certo,
apresentações de foto antigas com interpretações, às sextas.
E se os amigos querem saber, estaremos, se Deus
quiser, dia15 de março lançando livros em Santana. Já no dia 17 de março, no
serrote Gonçalinho (Cristo, Micro-ondas) ministrando aulas vivas de Geografia e
História com grupo de alunos do povoado Areias Brancas, entrevistado e filmado.
Projeto do jovem Samuel. Vamos?
PARCIAL DO COMÉRCIO DE SANTANA (FOTO: DOMÍNIO
PÚBLICO, LIVRO 230/ACERVO DO AUTOR)..
eira
CIÇO DOIDO Clerisvaldo B. Chagas, 20 de fevereiro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.193 Com a aproximação do ...
CIÇO
DOIDO
Clerisvaldo B. Chagas, 20 de fevereiro de 2025
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.193
Com a aproximação do Carnaval, que não mais
existe em Santana, pelas próprias mudanças dos tempos, cabe aqui registrar o
que já foi registrado. O Carnaval santanense, que ia do sábado de Zé Pereira à
terça, apresentava os blocos de rua na parte da manhã. Raramente alguns
passavam para a parte da tarde. Aqui acolá havia bandos de caretas (bobo ou
papa-angu) outras cidades e estados. Aqui acolá bandos de caretas acompanhava
um bloco, de repente e, de repente também, deixavam-no de lado. Eu, entrando na adolescência ainda não havia
estreado em bandos de caretas. No quintal da casa do senhor José Urbano e dona
Florzinha, fazíamos as máscaras. Para isso pegávamos barro de telha e tijolo da
olaria do Sr. Eduardo Rita, moldávamos em forma de cachorro, de cão, de gente,
de porco...
Colocávamos a forma a secar ao Sol. Depois de
seca, íamos colando papel de jornal e um papel liso por último. Após secar tudo
ao Sol, pintávamos a máscara, colocávamos os buracos para o elástico segurar a
máscara à cabeça e pronto. Depois era trajar roupas diversas, esconder o
restante da cabeça, arranjar um relho com ponteira e ganhar as ruas arrulhando:
Rrrrrr.... Rrrrr.... e dando carreira em menino estalando o relho.
A primeira vez, saímos pelo portão que dava para a Rua de Zé Quirino, devidamente
trajados, quando avistamos outros caretas pela rua, inclusive um careta enorme
e que nos assustou. Mas ele se aproximou de nós e indagou baixinho: Quem são
vocês? Respondemos. Indagamos de volta quem era ele. O careta muito alto
respondeu: Ciço, Ciço que o povo chama de
Ciço Doido!
Pronto! Estávamos aliviados e garantidos pelo
tamanho do careta do outro bando. Quem iria mexer conosco, com um caretão
daquele por perto com relho na mão? Ciço Doido era o filho mais velho do senhor
Manezinho de Melo, morador da Rua São Pedro. Era irmão de “Barata”, Manoel e
outros. Todas, pessoas excelentes, porém, faltando certo ajuste na cabeça de
cada um deles.
E para não ficar devendo, o Carnaval santanense
tinha corso pela tarde (passeios de automóveis rua acima, rua abaixo) frevo
entre os prédios do meio da rua às 16 horas e matinê no Tênis Clube à mesma
hora e, à noite para adultos, regado a lança-perfume, confetes e serpentinas.
No clube “Sede dos Artistas”, também.
Mas nunca esqueci da primeira experiência como
careta e nem de CIÇO DOIDO.
LAGOA DO JUNCO Clerisvaldo B. Chagas, 19 de fevereiro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.192 Lagoa do Junc...
LAGOA
DO JUNCO
Clerisvaldo B. Chagas, 19 de fevereiro de 2025
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.192
Lagoa do Junco era um antigo bairro de Santana
do Ipanema, de uma pobreza de fazer dó. Também era conhecido pelo bairro dos Quebradores de Pedra, tendo em vista a
atividade única de pessoas que quebravam pedra para transformá-las em
paralelepípedos a serem vendido, notadamente às prefeituras da região. Depois
que o cidadão Marcos Davi, loteou grande partes daquelas terras, construções e
mais construções foram surgindo a ponto do bairro, hoje, achar-se vestido a
rigor. Situado na entrada Leste da cidade, é o primeiro bairro a ser avistado
para quem chega de Maceió. Hoje a Lagoa
do Junco, antes o primo pobre, dispõe de escola modelo, Complexo da Justiça,
UNEAL, brevemente o IFAL, CISP 3 e logo, logo a feira semanal dos sábados
estará se mudado do Comércio para lá. A estrutura já foi preparada. O antigo
Açude do Bode, construído na era 50 pelo DNOCS, continua sendo a mais antiga
atração turística do bairro transformado.
O importante mesmo é que o Bairro Lagoa do
Junco, está virando vitrina, cheio de edifícios modernos e condizentes com as
novas arquiteturas, mudando radicalmente o aspecto do passado para um lugar
incrivelmente futurista. A tendência do bairro agora, é crescer, crescer e
crescer sem parar, pois, empreendimentos atraem empreendimentos e, apesar de
local acidentado pela metade, sua geografia voltada para a saída à capital e a
presença da BR-316 cortando a sua área em duas, ajuda no impulsionamento
planejado ou espontâneo.
O novo Bairro Lagoa do Junco, poderá se
expandir em três direções seguintes: Para o Sul, com limitações até o lugar
Maniçoba/Bebedouro, margem do rio Ipanema. Em direção Norte, seguindo para as
imediações do Açude Bode ou em rumo Leste, procurando o povoado Areias Brancas,
quando 12 quilômetros de terras poderiam ser ocupados. (Tudo zona rural). A
vizinhança Oeste já está completamente ocupada com o Bairro São Vicente que se
expandiu formidavelmente e com o Corredor pela BR-316, ligação com o Bairro
Monumento. Vale salientar, entretanto,
que todos os bairros entrada-saida, de Santana, nos Quatro Pontos Cardeais, se
expandiram. Exemplo recente também é a ligação da AL120 com a BR-310, que
estará formando novos bairros. Está a ligação, sendo trabalhada.
ESSER (UNEAL) EM 2013. LAGOA DO JUNCO. FOTO: B.
CHAGAS/LIVRO 230).

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.