AMOR AO PRÓXIMO E À NATUREZA Clerisvaldo B. Chagas, 22 de agosto de 2018 Escritor Símbolo do sertão Alagoano Crônica: 1.969 [F...

AMOR AO PRÓXIMO E À NATUREZA


AMOR AO PRÓXIMO E À NATUREZA
Clerisvaldo B. Chagas, 22 de agosto de 2018
Escritor Símbolo do sertão Alagoano
Crônica: 1.969

[FICOU ADIADO O NOSSO ENCONTRO DE HOJE NA ESCOLA HELENA BRAGA, PARA O DIA 30 AS 8.30 NA SEXTA GERE].

SÃO FRANCISCO DE ASSIS. (DIVULGAÇÃO).
Mesmo diante de tempos agitados, pensamos que não existem mais pessoas boas, servidoras, sem interesse e iluminadas. Mas quando Deus espalhou as sementes no mundo deixou que elas germinassem sem distinção e nem épocas determinadas. Certo que os homens se misturam na filosofia, umas trazidas dos antigos, outras elaboradas no concreto das metrópoles, nos picos dos montes naturais, à beira de gigantescos oceanos ou mesmo nos corações de florestas palpitantes. Uns querem roubar eternamente, outros querem doar amor e bens, outros ainda procuram aumentar a fortuna e muitos, nem sempre percebidos, procuram se doar ao próximo numa caridade iluminada pelo Divino Espírito Santo.
Eles estão mesmo até invisíveis nas multidões, nos hospitais, na periferia, no campo ou na cidade, fazendo o bem sem saber a quem. Mas vejamos abaixo um pequeno texto sobre uma pessoa incomum. O texto pode não mudar sua vida, mas com certeza deixará a sua pessoa mais observadora. Encontrado no livro BOULOS, de História:
“Filho de um rico comerciante de tecidos, Francisco nasceu em 1.182, em uma pequena cidade da Itália chamada Assis.
Quando jovem, ficou gravemente enfermo e, refletindo sobre sua vida, decidiu que, ao se restabelecer, se dedicaria aos pobres, aos leprosos e a todos que dele necessitassem. E foi o que de fato fez. Com 27 anos, escreveu para os seus seguidores uma regra com dois princípios: pobreza e humildade. Era o início da Ordem dos Franciscanos. Essa ordem logo foi aprovada pelo Papa e, em pouco tempo, tinha milhares de membros espalhados por toda a Europa.
De acordo com as pessoas que o conheceram, o amor de Francisco não conhecia limites: doentes ou sadios, cristãos, muçulmanos ou judeus, ricos ou pobres, peixes e aves, Lua, Sol, todos eram considerados por ele como seus irmãos.
Francisco morreu em 1.226 e foi enterrado na igreja que tem o seu nome. Sua vida continua inspirando gestos de amor ao próximo e de respeito à natureza”.






A FELICIDADE E O REI Clerisvaldo B. Chagas, 21 de agosto de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 1.968 ILUSTRAÇÃO: ...

A FELICIDADE E O REI


A FELICIDADE E O REI
Clerisvaldo B. Chagas, 21 de agosto de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.968
ILUSTRAÇÃO: (ANA WALLS).

Quem não conhece uma das versões sobre a felicidade e o rei? Para se falar em felicidade existem bilhões de filósofos no mundo, é somente perguntar a um deles o que é aquilo e a resposta logo vem. Talvez seja como as histórias do lobisomem que todos acreditam, mas nunca viram. Gregos, egípcios, romanos, chineses, indianos e tibetanos falam de tudo e cada qual vê a felicidade à sua maneira. Para tirar a prova, certo rei que o povo inventa, resolveu estipular um grande prêmio para qualquer pessoa da terra que provasse ser feliz. E não é que apareceram mesmo vários indivíduos seguros que a danada morava com eles. Danada é força de expressão, mas será que a felicidade dormia no mesmo travesseiro?
Pois bem, dizem que inúmeros candidatos apareceram, mas diante das perguntas maliciosas do rei, os pretendentes iam se retirando sem conseguir mostrar o diploma dado pela tal Felicidade. E lá para as tantas a esperança estava com o último candidato. O rei então indagou ao cidadão que estava muito confiante: “E então, meu amigo, o senhor é mesmo feliz?”. E o cabra, mais animado do que pinto no lixo, começou a desenrolar o carretel guardado: “Sou formado, bem casado, tenho filhos maravilhosos, ganho bem, nunca tive necessidade de ir a um médico, como do melhor, durmo relaxado e até os sonhos são belíssimos. Tenho minha casa própria, bastantes animais na fazenda, saio e volto quando quero e nem uma coisa do mundo me perturba. Posso dizer ao meu rei, que sou um homem feliz”.
O monarca ainda lhe fez algumas perguntas, mas o homem continuava defendendo a maravilha em que vivia. A multidão mesmo aplaudia aquele estranho, dando como certa a entrega do prêmio prometido. Quando o interrogatório estava terminando, o candidato estendeu a mão ao rei pedindo a recompensa. “Que recompensa?” Indagou o rei. Se o senhor fosse de fato um homem feliz, não viria atrás do meu dinheiro. A ambição lhe dominou e, um indivíduo ambicioso não pode ser feliz.
O homem se remexeu, pensou rápido e deu razão ao rei.
E você, o que pensa da felicidade?

SANTANA – ÁGUAS BELAS Clerisvaldo B. Chagas, 20 de agosto de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 1.967 ÁGUAS BELAS...

SANTANA - ÁGUAS BELAS


SANTANA – ÁGUAS BELAS
Clerisvaldo B. Chagas, 20 de agosto de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.967
ÁGUAS BELAS. (FOTO: DIVULGAÇÃO).

Em 1938 o progresso andava de gatinhas.  No dia 28 de julho, Santana do Ipanema recebia o senhor Pedro Gaia, proveniente de Palmeira dos Índios, como novo interventor. Havia muito pouca gente na festa, segundo o saudoso escritor, Oscar Silva. Mas, por coincidência, foi naquele mesmo dia que chegou de Piranhas um telegrama dando conta da morte de Lampião, Maria Bonita e mais nove sequazes. A festa que estava morna reanimou-se e passou a ser o maior evento nacional. De repente chegou a Imprensa de quase todo o país com seus repórteres e fotógrafos e mais multidão vinda da própria Alagoas e de estados limítrofes.  E assim começava a administração do senhor Pedro Gaia com o pé direito e prenúncio de bom governo.
Mesmo com as dificuldades da época, o interventor fez a primeira reforma da prefeitura e abriu a estrada para Águas Belas, cidade vizinha do lado pernambucano. Saiu rasgando caminho pela região serrana de Santana até a terra dos índios Fulni-ô ou Carnijós, primeiros habitantes da região. Pedro Gaia reconheceu a importância do intercâmbio entre as duas cidades amigas e bicentenárias. As visitas mútuas entre seus habitantes passaram a ser mais frequentes e refletiam nas feiras semanais de ambas. Quando o time do Ipanema foi criado na década de 50, sempre jogava em Águas Belas, aumentando a amizade entre as duas, a ponto de o torcedor santanense ter todas as despesas pagas pela população daquele lugar.
E se os tempos de Pedro Gaia eram difíceis, não podemos dizer a mesma coisa neste século XXI. Precisamos repensar a nossa política ultrapassada e beneficiar as regiões dos nossos povoados com o asfalto benfeitor. Pedra d’Água dos Alexandre, São Félix e São Raimundo precisam urgente desse benefício. No caso São Félix, o asfalto seria prorrogado até a nossa coirmã Águas Belas que fica apenas a um pulo de Santana do Ipanema. Essas regiões hoje esquecidas abraçariam de vez o progresso e passariam a contribuir muitas vezes mais com os impostos para o município, trazendo melhor qualidade de vida aos seus cidadãos.
Por que Pedro Gaia pode e o século XXI não pode?
Gestores... Pensem na proposta.