SOBRE MIM
Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.
ONDE VOCÊ MORA? Clerisvaldo B. Chagas, 1 0 de setembro de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.759 Onde vo...
ONDE VOCÊ MORA?
Clerisvaldo B. Chagas,
10 de setembro de 2022
Escritor Símbolo do
Sertão Alagoano
Crônica: 2.759
Costumamos classificar
o relevo em Montanhas, Planaltos, Planícies e Depressões.
Quando a montanha
aparece isolada, chama-se morro, monte, serrote... Quando a montanha se
apresenta unida a várias outras, recebe a denominação de serra. Várias serras,
formam um maciço (maciço de Santana do Ipanema, maciço de Mata grande). Quando
as serras estão dispostas numa sequência, denomina-se Cordilheira. A
pujança da serra depende do tempo da sua formação.
O planalto constitui
extenso terreno tabular, sem nenhuma reentrância ou saliência. Geralmente está
em altitude superior a 200 metros. Pode ser de levantamento ou de erosão. O
primeiro é originário de um soerguimento da área, o segundo do desgaste dos
picos das montanhas.
As planícies correspondem
a áreas relativamente baixas, geralmente formadas pelo processo de
sedimentação.
As depressões são
relevos mais baixos em relação às superfícies próximas a que chamamos depressão
relativa. E também pode ser em relação ao nível do mar, a que chamamos
depressão absoluta.
Na verdade, as pessoas
comuns nem se dão conta em que tipo de relevo procura fazer sua morada. O rico
escolhe o lugar onde fazer sua casa, o pobre não tem escolha, mora onde surgir
a oportunidade. Assim os humanos vão habitando o morro, a chapada, o planalto,
o litoral, o terreno pantanoso, a colina e até o leito de rios e riachos secos.
Os lugares mais
procurados para moradia são as planícies, onde o homem procura e pratica os
tipos de trabalho para sua sobrevivência. Mas não faltam a busca pelo trabalho
e mesmo pela morada no cimo e nas faldas das montanhas, porque em todos os
lugares da Terra tem alguma coisa para ser explorada pelo terráqueo; desde as
minas subterrâneas de minérios, à exploração de madeira de lei em regiões
montanhosas. Quantos turistas procuram lugares de relevos diferentes dos que
vivem para deleite dos olhares no conjunto harmonioso que Deus fez!
Estudar é conhecer. O
conhecimento liberta!
CIDADE DE RELEVO PLANO:
PÃO DE AÇÚCAR (FOTO: DIVULGAÇÃO/PREFEITURA).
DIA GRANDE Clerisvaldo B. Chagas, 26 de agosto de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.758 Encerrei minhas atividad...
DIA GRANDE
Clerisvaldo B. Chagas, 26 de agosto de 2022
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:
2.758
Encerrei
minhas atividades do Magistério, justamente na Escola Estadual Prof. Aloisio
Ernande Brandão, quando me tornei jubilado, com muita honra. Esta unidade de
ensino, antes de se tornar escola, pertencia ao Colégio Estadual Deraldo
Campos, em Santana do Ipanema. Um pouco
separada do prédio, funcionava uma carpintaria como uma espécie de departamento
de artes, da mesma escola. Depois esse “departamento” ficou independente, virou
mais uma unidade de Ensino e passou a ser conhecido popularmente por “Cepinha”,
numa referência ao CEPA de Maceió. Ao falecer o primeiro diretor da
Escola Estadual Deraldo Campos, Mileno Ferreiro da Silva, esta escola passou a
utilizar outro título com o nome desse primeiro diretor que ali comandara
durante 20 anos. E ao falecer o prof. Ernande Brandão (meu professor e depois
colega de trabalho) o “Cepinha”, passou a ser chamado oficialmente Escola Estadual
Prof. Aloísio Ernande Brandão.
Na última quarta-feira (24) estive fazendo uma
rápida visita ao antigo CEPINHA, quando fui surpreendido por uma recepção
emocionante diante de tantos professores novos, alguns chegado de estado
vizinho e querendo me conhecer. Apresentado pelo professor Marcello Fausto, coordenador,
à plêiade que estava na hora da merenda, deixou-me com lágrimas nos olhos diante
de tanto carinho e reconhecimento tanto como ex-professor de Geografia quanto
pelo currículo de escritor. Fiquei de retornar com tempo maior para uma
palestra mais apurada naquela auspiciosa unidade, onde será lançado o livro “Canoeiros
do Ipanema”, como primeira escola.
No
mesmo dia recebo em casa meu futuro editor de um clássico do cangaço,
com características acadêmicas: “Maria Bonita, A Deusa das
Caatingas”, inédito e, que segundo meu editor, será lançado, além de Santana
do Ipanema, no próximo encontro do movimento “Cariri Cangaço”. De quebra ainda
coletei dois milagres do padre Cícero, reproduzi, acrescentei fotos e numerei no
futuro livro: “100 Milagres Inéditos do Padre Cícero”.
Por
tudo isso não poderia dizer ao contrário. Foi de fato um dia grande, proveitoso
e evolutivo para a nossa Cultura sertaneja e alagoana.
Quem
caminha com o Mestre dos Mestres, não caminha sozinho.
ESCOLA
ESTADUAL PROF. ALOISIO ERNANDE BRANDÃO (FOTO: B. CHAGAS/LIVRO 230).
MACONHA PASSADO E PRESENTE Clerisvaldo B. Chagas, 25 de agosto de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.757 Os p...
MACONHA
PASSADO E PRESENTE
Clerisvaldo
B. Chagas, 25 de agosto de 2022
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.757
Os
principais órgãos noticiosos do estado, colocaram a “página de trás” dos
jornais impressos nas manchetes da primeira. Em um site alagoano, por exemplo,
a que eu chamo “site da miséria”, não publica uma só notícia boa. Estupros,
assaltos, roubos, afogamento, acidente de trânsito e crimes de morte, são a
rotina desse site. Uma apreensão de maconha no Sertão é motivo de manchete,
foto extraordinária e matéria de dois dedos. Nem sabemos mais se maconha tem
tanto sucesso assim como chamariz nas redes sociais. As drogas pesadas passaram
à frente da maconha e esta, pelo visto, passou a ser “fichinha” e se banalizou.
Durante
os anos 60, maconha causava reboliço nos quadrantes das Alagoas. Grandes
reportagens da época motivavam enorme interesse nos leitores que procuravam
imediatamente os nomes dos envolvidos no tráfico e nos plantios sertanejos
apreendidos. A POLINTER agia com grande estardalhaço da imprensa e todo o
produto apreendido nas “badaladas” diligências era exposto na porta da
delegacia, ensacado, seco pronto para uso ou verde aos montes. Nessas ocasiões
o público se dirigia até o Aterro, onde ficava a delegacia, para conhecer o que
era maconha, suas diversas etapas e os grandes plantadores presos. Geralmente a
maconha vinha de plantações de focos tradicionais conhecidos: povoado São
Félix, povoado Pedra d’Água dos Alexandres, grotas da serra da Caiçara, em
Maravilha ou da região de Mata Grande.
As
pessoas tinham medo do fumador de maconha, considerado marginal e perigoso. Os
cigarros eram consumidos em lugares mais distante dos casarios: serrote do
Cruzeiro e Campo de Aviação, tinham a preferência desse pessoal, segundo
conversas de cochichos nas ruas. O alto traficante e o plantador da erva,
também eram temidos, porque eram bem de vida, viviam na sociedade onde gozavam
de bastante prestígio, até à descoberta oficial da polícia e os escândalos causados
pelos reboliços das prisões.
Portanto,
hoje com tanto pedido de legalização da maconha, essas manchetes sensacionalistas,
parecem andar contra o vento. E um site que não procura notícias proveitosas
para a sociedade, onde só prolifera o horror e suas fontes negativas, estar
servindo a que tipo de força espiritual?
MACONHA
VERDE (CRÉDITO: DEPOSIT FHOTO)
Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.