LONDRES 2012
Clerisvaldo B. Chagas, 30 de julho de 2012.
Crônica Nº 830
Abertura dos jogos olímpicos. (Fonte: smn). |
Enquanto
muitos
indivíduos vão levando seus países às guerras, surgem grandiosos exemplos de
amizade entre as nações. Os sentimentos egoístas, mesquinhos e animalescos de
cérebros doentios, parecem não enxergarem os belos matizes que ornamentam a
paz. É como se as próprias forças do mal penetrassem no couro desses atrasados
que agem como bestas sub-humanas nesse mundo ainda infelizmente tão primitivo.
Apesar das inúmeras advertências do quase número total de religiões do mundo,
muitos animais de duas pernas continuam se apoderando descaradamente de tudo
que podem, esquecidos ou duvidando de que ninguém leva nada para o além.
Quando não é a ambição do possuir, à custa de muito sofrimento alheio, é o
rato que rói por dentro pelas rédeas de espinhos do poder. O que faz um homem
entrar num cinema e matar os espectadores para ele desconhecidos? Por que o
dirigente da Síria teima em matar seus compatriotas? Assim outros estão agindo
no planeta. Com guerra ou sem guerra não querem largar o poder que possui a
doçura da ilusão de mandar em outras criaturas e o uso da verba pública que não
sacia nunca a voracidade da avareza.
Felizmente
surgem
na marcação do calendário eventos importantíssimos para a humanidade como as
Olimpíadas que oferecem o fantástico poder da amizade entre os povos. Londres
teve a capacidade de levar para o seu território nada menos de que 204 nações.
Todos os países estão ali representados, cada um com sua numerosa ou minúscula
delegação, mas sentindo o prazer que não existe preço do abraço fraternal que o
planeta Terra oferece aos seus habitantes. Calculamos que todos os países juntos
comemorando o encontro seja o máximo a que a humanidade pode alcançar. E se
esse titânico encontro fosse em comemoração à última guerra, ao último
miserável, à última discriminação de cor do Globo, seria aplaudido até pelos
que fazem os mundos superiores. Mas, dentro do que se pode fazer, está aí à
festa bonita em meio a uma crise financeira que se arrasta pelos continentes
ante a choradeira de quase todos. E como dissemos no início, o exemplo de
fraternidade entre os homens não comovem os constantes troar de canhões em
território Sírio e em outros lugares.
Aproveitemos, então, a parte boa e
torçamos pelos nossos atletas que conduzem a bandeira da esperança. Pelos menos
são essas lágrimas diferentes; surgidas das derrotas, passam como o vento; se
brotam das vitórias, são dádivas para o Ego. Aplausos a LONDRES 2012.
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