SENHORA SANTANA
Clerisvaldo B. Chagas, 27 de julho de 2012.
Crônica Nº 829
Senhora Santana |
Foi encerrada a maior
festa religiosa do Sertão alagoano, na cidade de Santana do Ipanema. Daqui de
Maceió imagino a grandiosidade do encerramento desse tradicional novenário católico
que atrai multidões. Tudo tem início no dia 17 de julho na fase mais exuberante
do inverno regional. É um festejo realizado geralmente sob chuva e frio intenso
que caracterizam a época. Infelizmente a data não pode ser mudada porque ela
faz parte do calendário mundial dessa homenagem. Todos os lugares, cuja padroeira é Ana,
comemoram no dia em todas as partes do globo. Como os santanenses pegaram o
tempo de chuva e frio, nada podem fazer por esse lado, mas compensam esquentando
com a fé e a presença os movimentos da Igreja. Pessoas dedicadas ornamentam a
Matriz que, também bastante iluminada externamente, até à torre, torna-se duas
vezes o cartão postal da cidade. O relevo acidentado de Santana permite
belíssimos cenários vistos dos arredores mais altos e distantes, tanto pelo
dia, quanto pela noite quando as luzes da torre formam bonito chamariz.
As
promessas pagas
à Padroeira ocorrem em qualquer um dos dias do novenário. Chegam pessoas até de
estados mais distantes, como do Centro-Oeste, por exemplo, para agradecimento
de uma graça alcançada. Mas, são vistos vários fiéis, principalmente mulheres
andando sem calçados, na imensa procissão que ocorre no dia de encerramento. É
muito emocionante a participação no meio do povaréu piedoso dos sertões. O principal
cântico de louvor à avó de Jesus, chamada carinhosamente de Senhora Santana,
possui letra e melodia de muito bom gosto, que vai penetrando na alma de cada
ser que acompanha com fé essa extraordinária louvação. O cortejo é feito
percorrendo ruas, avenidas e bairros da cidade, diferente do início quando a
imagem vem dos sítios mais distantes para a sua Matriz. Muitas e muitas vezes
Senhora Santana parece intervir no tempo, fornecendo confortador estio durante
o percurso da procissão. Feriado na cidade, uma tarde divina sob os céus de
Santana do Ipanema, para tirar o enfado do trabalho costumeiro.
A Festa de Senhora Santana é
marco importantíssimo do povo católico da minha terra. Uma injeção forte de
ânimo para a continuação do labor diário. A tristeza da festa cheia de tantas
atrações, só aparece quando alguém por algum motivo não pode de maneira nenhuma
está presente ao evento. Parabéns a “Rainha do Sertão”, parabéns à SENHORA
SANTANA.
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