quinta-feira, 8 de agosto de 2013

LAMPIÃO E A CRUZ DE TINAN



LAMPIÃO E A CRUZ DE TINAN
Clerisvaldo B. Chagas, 8 de agosto de 2013.
Crônica Nº 1064

06 a 09.1934. Fazenda Marrecas (AL). (Município de Inhapi). Muita gente trabalhava na fazenda Marreca do senhor João Martins, e todos andavam armados. Numa época de colheita (achamos que deve ter sido no período de safra entre julho e setembro de 1934), Lampião começou a rondar a fazenda para tentar pegar alguma pessoa armada.
O caçador Pedro Tinan também estava por ali. Certa manhã o caçador foi tocaiar veados com o companheiro Zeca Alves. Espalharam-se em duas esperas. Zeca Alves ouviu um tiro e pensou que Tinan matara um veado. Tempos depois, foi e viu Tinan, que fora atingido por um tiro de Lampião em cima de árvore. Após a queda, o bandido sangrou-o e abriu seu ventre. Apoderou-se do fuzil do caçador e continuou sua perambulação sinistra (SILVA 117:118).
Contou-me o senhor Antônio, meu fiel empregado, por alguns anos, que morou muito na região da Ribeira do Candunda, pois é originário dali, sobre Tinan. Tempos depois da sua morte, uma mocinha começou a ter problemas e descobriram que era a alma de Tinan que procurava falar com algum encarnado, usando a moça para chamar atenção. Ao deparar-se com um médium, declarou não querer fazer mal a moça. Tudo que queria era apenas que colocassem uma cruz em sua cova, lá num pé de lajeiro onde sepultaram seu corpo, pois sua alma estava sofrendo por falta do símbolo cristão. Providenciada a cruz, tudo voltou à paz de antes. (55).
·         Do livro Lampião em Alagoas, pag. 200.



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terça-feira, 6 de agosto de 2013

AGRIPA VITORIOSA EM REUNIÃO



AGRIPA VITORIOSA EM REUNIÃO
Clerisvaldo B. Chagas, 7 de agosto de 2013.
Crônica Nº 1063

Passagem molhada no rio Ipanema, 1983.
No cair da tarde de ontem (6) a Associação Guardiões do Rio Ipanema – AGRIPA – órgão ainda não oficial, obteve calorosa e importantíssima vitória na reunião do auditório do INSS. Ainda enrijecendo seus primeiros passos, os Guardiões atraíram como reforços para os combates que virão importantes personagens que ocupam cargos relevantes e que poderão fazer a diferença entre o fracasso e o êxito da empreitada. Numa reunião vigorosa com o mínimo de protocolo, todos se sentiram à vontade para uma sessão de depoimentos emocionantes, afirmação de amor ao rio e compromisso até o fim do resgate desse afluente bi estadual do rio São Francisco.
Prestigiando a AGRIPA estava presente o prefeito, professor Mário Silva que por duas vezes, no início e final da reunião, firmou sério compromisso de apoio aos Guardiões. Sua afirmação foi o ponto alto de vitória para os organizadores, ocasião em que o prefeito foi bastante aplaudido pelo seu pronunciamento. Estava à mesa também o presidente da Câmara Municipal Tácio Chagas Duarte, vereador José Vaz, que, agindo igual ao prefeito, participou com alegria do encontro e prometeu apoio daquela casa ao que se propõem os defensores do rio intermitente Ipanema e seus afluentes urbanos como o Salgadinho, Salobinho, Bode e Camoxinga.
Outras pessoas ilustres abrilhantavam o evento como o advogado Cícero Angelim, representante da OAB em Santana; Selma Campo, à frente da Agência local do INSS; Manoel Messias, secretário do meio ambiente; Fernando Valões, diretor de cultura; professora Vilma, ex-diretora da Escola Estadual Profª Helena Braga das Chagas; historiador e escritor Marcello Fausto, diretor da mesma escola; Sérgio Campo, o pai da ideia; Ariselmo, jovem diretor de escola e entusiasta do Panema; Vaneube com o toque amigável do som e do incentivo; Cajueiro e Dona Joaninha, representantes de comunidade que vivem o surrealismo atual do “Pai de Santana”. Contamos ainda com representantes de outras cidades, como Piaçabuçu; professores Paulo César, Paulo Roberto, Lucas e Sueli Campos e ainda outras pessoas, cujos nomes não consegui anotar. O encerramento aconteceu com uma bela poesia recitada pelo poeta Ferreirinha, um dos mais animados defensores do Ipanema.
Nas próximas reuniões da AGRIPA, deverá ocorrer a organização interna como diretoria, nome definitivo, símbolo, estatuto, slogan, dia do rio Ipanema... Uma vez organizada internamente e legalizada a AGRIPA, os guardiões percorrerão todo o trecho urbano do Panema e seus afluentes de perto, em contato com as comunidades, onde deverão fazer um levantamento inteiro dos problemas que afligem a todos. Consequentemente os outros passos serão para a consciência das escolas, comunidades e povo em geral quando os Guardiões partirão para as ações definitivas e mais duras em cima dos laços que ora enforcam o rio Ipanema.
A Imprensa da terra esteve presente, através dos sites que disparam o nome de Santana para o mundo.

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