quinta-feira, 15 de agosto de 2013

PELAS RUAS DE MACEIÓ



PELAS RUAS DE MACEIÓ
Clerisvaldo B. Chagas, 15 de agosto de 2013.
Crônica Nº1068

Parque Gonçalves Ledo, em agosto de 2013. (Autor).

Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, em agosto de 2013.  (Autor).
Navegando em cima de duas pernas, vamos inspecionando o Comércio da velha Maceió, fundada em 1609 e desmembrada da Vila de Santa Maria Madalena da Alagoa do Sul, em 1815. Sua elevação à condição de cidade, aconteceu em 9 de dezembro de 1839, graças ao movimento do porto de Jaraguá, por onde era exportado açúcar, tabaco e coco. O Comércio pouco mudou em relação ao nosso tempo de estudante, em seu aspecto físico. Podemos dizer que a única novidade relevante foi o calçadão que veio com a finalidade de revitalizar o Centro, após o advento de Shoppings, pelos bairros. O costume da burocracia brasileira de concentrar tudo nas capitais faz-nos peregrinar repartição por repartição para resolver simplesmente uma folha de papel, graça a arrogância de chefinhos de repartições. E vamos aproveitando para rever ruas tão faladas e prédios tão pouco conhecidos. Assim nos deparamos com a Rua do Sol, onde inúmeras vezes passamos na luta pela vida. Beco do Moeda, Rua das Árvores, Ladeira do Brito, denominações emplacadas pelo povo que ainda hoje resistem aos títulos oficias das vias.
Ali está o Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, onde entramos pela primeira vez, como estudante, pagando apenas uma quantia simbólica. Em segunda oportunidade, conversamos muito com o escritor penedense Ernani Otacílio Méro − que muito nos incentivou a migrar para a capital − prefaciador do meu romance “Defunto Perfumado”. Pela terceira vez adentramos aquele prédio para pesquisar sobre ”Lampião em Alagoas”.
O Instituto é uma organização da sociedade civil dedicada ao estudo e à pesquisa nos diversos campos da História, da Geografia e das Ciências Sociais. É um edifício tombado pelo patrimônio estadual e fundado em 2 de dezembro de 1869. Abriga o mais representativo acervo iconográfico e documental sobre a história de Alagoas, além de conjuntos de interesse arqueológico e etnográfico, obras de arte, hemeroteca, fototeca, biblioteca e arquivo.
Mais acima um pouco, do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, o Parque Gonçalves Ledo que muito me impressionava na época. Não perdeu a beleza, porém, com histórias de tarados, drogados e outras coisas mais, anda um pouco deserto pela falta de segurança nos logradouros da cidade. Vamos navegar PELAS RUAS DE MACEIÓ.





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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

PONTE DO URUBU



PONTE DO URUBU
Clerisvaldo B. Chagas, 13/14/15 de agosto de 2013.
Crônica Nº 1067
Águas Negras na foz do riacho Camoxinga. (Autor).

Cochilando no ponto nos dias 13 e 14, estamos tentando recuperar o tempo perdido com um grito bom. É estampada finalmente a notícia do início das obras no chamado “Buraco de Nenoí” ou “Ponte do Urubu”, denominações populares sobre um terreno baldio em pleno centro comercial. O local fica por trás dos muros de parte da Rua Tertuliano Nepomuceno, Rua Barão do Rio Branco, Rua Siqueira Campos e proximidades do Bairro Artur Morais. O terreno tem forma de anfiteatro, é cortado pelo riacho Camoxinga que hoje não passa de uma grande língua negra no trecho urbano que envergonha a cidade. Desmatado e futucado no final da administração 1993-96, com alegações de que seria uma praça multe eventos, o povo duvidava porque não havia tempo hábil. Apenas uma ponte foi construída no terreno desbastado e, a cobertura do riacho nunca saiu do papel. Após cerca de dezessete anos de tanta imundície no centro de Santana, sem que uma única gestão colocasse pelo menos uma pedra na malfadada obra, eis que de repente acontece o inesperado: O anúncio da grande transformação. Com tanto abandono, lixo e águas negras, a população ainda chama o local e suas imediações de “Ponte do Urubu”.
A planta apresentada em um dos sites da cidade, não é muito esclarecedora. Esperamos que tenha sido feita por urbanista, engenheiro ou coisa assim e não por aqueles tipos sabe-tudo que sempre estão pendurados nas prefeituras, tão broncos como antigas paredes de igrejas.  Após dezessete anos de espera, não se pode desejar mais um mostrengo para nos envergonhar mais ainda. O site não diz se vai haver cobertura do riacho Camoxinga naquele trecho. Não fala em saneamento e limpeza completa no núcleo e periferia, pois não queremos, com certeza, uma noiva de luxo com pés de lama. De qualquer maneira, louve-se a atitude do atual prefeito, professor Mário Silva, que apontou diretamente a fístula urbana para uma ansiada cirurgia, onde faltou a coragem e sobrou malícia em quem, podendo fazer não a fez. O prefeito sempre se baseou em Arapiraca, pois essa obra não deverá ser menor em nada em comparativo com as que temos observado e louvado como grandiosas e modernas na antiga Terra do Fumo. Outra obra que deverá coroar o trabalho do professor deverá ser o grande calçadão do comércio da Praça Emílio de Maia ao Mercado de Carne. Acontecerá?
Com a decisão sobre o Largo Cônego Bulhões, o professor Mário Silva dá uma prova que não vai ficar ESCOVANDO O URUBU.

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