terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

 

TURISMO EM SANTANA

Clerisvaldo B. Chagas, 12 de fevereiro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.186

 



Um roteiro turístico na Rainha do Sertão, bem que poderia ter início com a visita ao Centro da cidade, mostrando-se a Estátua ao jegue, Igreja Sagrada Família, o Quarteto Arquitetônico do Monumento, o quarteto Arquitetônico do Comércio e o Museu.  Na periferia Leste, Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, na periferia Norte, o Mirante do Serrote Pelado e o açude Bode; na periferia Sul, os mirantes serrote do Gonçalinho e do Cruzeiro e o Complexo: Igrejinha das Tocaias, Reserva Tocaia, Represa Isnaldo Bulhões e serra Aguda. Logicamente os guias deverão estar muito bem informados do histórico de cada uma dessas parcelas que podem gerar riquezas para o município. Naturalmente tudo tem que haver planejamento para que o efeito não saia ao contrário.

Quanto a uma tal Rota do Cangaço, ideia minha há muito tempo, não teria muito o que mostrar, porém, poderia iniciar com o Ginásio Santana que era o quartel sede das forças volantes, inclusive das três juntas que mataram Lampião, em Sergipe. Ali foram presos inúmeros cangaceiros e recebeu cabeças decepadas dos bandidos. Ainda poderia se estender com duas visitas, uma no sítio Remetedeira, lugar do cangaceiro Gato Bravo e Povoado Pedra d’Água dos Alexandre, lugar da cangaceira Maria de Pancada (do cangaceiro Pancada). Afora isso, conexão com Pão de Açúcar e Piranhas, foco mais forte de cangaceiros no Sertão. Seria possível a formação do Museu do Cangaço, que muito demoraria para ficar pelo menos 80%.

Poderia ser incluído o turismo de paisagens e de conhecimento, quando a região serrana poderia ser explorada como os contrafortes do Planalto da Borborema com serras famosas tais a do Poço (505 metros de altitude), Pau Ferro, Camonga, Gugi, Caracol e outras. E com o maior acidente geográfico do Sertão, o rio Ipanema. A Rainha do Sertão é riquíssima em Natureza e, bastaria seus mirantes naturais para assegurar com galhardia um turismo doméstico, um turismo regional e um turismo nacional. Toda essa riqueza está dormindo e que para acordá-la é preciso muita habilidade para não matá-la no seu despertar para o mundo. Turismo de verdade é galinha dos ovos de ouro. Como você trataria uma galinha dos ovos de ouro?

SERRA DA CAMONGA (FOTO: B. CHAGAS).

                                                                  


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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

 

MARACANÃ

Clerisvaldo B. Chagas, 11 de fevereiro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.185

 



Você sabe a história do Maracanã, maior entroncamento de Santana do Ipanema? O lugar também é chamado Largo do Maracanã. Conversor e dispersor de sete ruas, inclusive, a BR-316, em duas etapas. Está situado no Bairro Camoxinga, o maior da cidade, sendo o ponto de referência mais falado de Santana do Ipanema. O seu rumo Oeste leva ao Alto Sertão, o seu lado Leste conduz a Maceió. Juntamente com a Rua corredor Pedro Brandão e a Rua Santa Sofia, forma o segundo maior Comércio da cidade. Possui padarias, farmácias, restaurante, bares, lanchonetes, Salões de sinucas, barbearias, e diversos outros serviços que proporcionam ao Bairro Camoxinga, uma das melhores qualidades de vida da urbe.

Raras são as pessoas que conhecem sua origem. Vejamos, segundo o livro O BOI, A BOTA E A BATINA, HISTÓRIA COMPLETA DE SANTANA DO IPANEMA, nossa autoria: O dono de farmácia, Hermínio Tenório Barros, construiu um prédio no lugar exposto acima. Nutrindo admiração pela beleza do estádio carioca, mandou colocar na fachada o nome Maracanã. Isto aconteceu no dia 3 de fevereiro de 1960.Por problemas de apertos financeiros, o prédio foi a leilão, sendo arrematado pelo capitalista José Quirino, na verdade José Gonçalves dos Santos, o comerciante fundador da Rua José Quirino, depois, Prof. Enéas Araújo. José Correia Cabral comprou o prédio a José Quirino e passou para o comerciante Jugurta Nepomuceno. Este, por sua vez, entregou a construção a Francisco Correia Cabral, conhecido por “Neguinho”, filho de José Correia Cabral, coisa de protocolo, seguindo os transmites legais.

Neguinho implantou uma Churrascaria que recebeu o mesmo nome que estava na parede, ficando “Churrascaria Maracanã”. Daquele dia até o presente momento todo o entorno passou a ser chamado “Maracanã”.

À venda por muito tempo, finalmente a churrascaria e dormitório, Maracanã foi vendida há pouco tempo e transformada numa clínica médica. A churrascaria deixou de existir, porém o nome Largo do Maracanã, está profundamente enraizado e virou eterno.

Única informação escrita da história.

Viva Santana!

CLÍNICA MÉDICA NO LUGAR DA CHURRASCARIA MAACANÃ. (FOTO: B. CHAGAS).

 

 


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