DEODORO (Clerisvaldo B. Chagas, 15 de novembro de 2010) Manoel Deodoro da Fonseca nasceu na cidade velha de Alagoas (hoje Marechal Deodoro...

DEODORO

DEODORO
(Clerisvaldo B. Chagas, 15 de novembro de 2010)

Manoel Deodoro da Fonseca nasceu na cidade velha de Alagoas (hoje Marechal Deodoro) a 5 de agosto de 1827. Ingressou no Exército em 1845. Participou de vários embates e foi promovido ao posto de marechal-de-campo. Na guerra do Paraguai assombrou a todos pela bravura. Era considerado líder da sua classe, onde desfrutava de extraordinário prestígio.
Muitos setores da sociedade estavam contra a monarquia. O governo, vendo-se isolado, tentou fazer uma reforma através da Câmara de Deputados. Não houve tempo porque o Marechal Deodoro da Fonseca, no dia 15 de novembro de 1889, assumiu o comando das tropas revoltadas e ocupou o quartel-general no Rio de Janeiro.  Foi durante a noite desse mesmo dia que foi constituído o Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil. Nessa ocasião, o Imperador D. Pedro II estava em Petrópolis, recebendo um respeitoso documento pedindo que ele se retirasse do país com sua família. Com esse início de governo provisório, algumas providências foram tomadas como: Federalismo – as províncias foram transformadas em estados autônimos e também foi criado o Distrito Federal. Separação da Igreja do Estado – o estado deixou de controlar a Igreja Católica. Foram criados o registro de casamento civil e o casamento civil. O catolicismo deixou de ser a religião oficial do Estado. Três Poderes – os poderes executivo, Legislativo e Judiciário dariam sustentação à República que deveriam atuar independentes e harmônicos.  Naturalização – quem fosse estrangeiro e quisesse poderia se naturalizar oficialmente brasileiro. Bandeira – Foi criada uma nova bandeira com o lema “Ordem e Progresso”, baseado no positivismo do filósofo francês Comte. Constituinte – foi convocada uma Assembleia Constituinte para elaborar a primeira constituição da República.
No Governo Provisório surgiram  vários problemas. Um deles foi chamado “Encilhamento”, executado pelo ministro da fazenda Rui Barbosa. Foi um fracasso que gerou um caos econômico e demissão do ministro.  A primeira constituição foi promulgada em 1891, adotando o presidencialismo e o direito ao voto para os 21 anos, exceto para mulheres, mendigos, soldados, religiosos. A Assembleia Constituinte virou Congresso, cabendo-lhe eleger presidente e vice-presidente. Deodoro venceu as eleições, pressionando. Depois, sem maioria para governar, invadiu e fechou o Congresso. Houve greve dos trabalhadores da Estrada de Ferro Central do Brasil. O almirante Custódio José de Melo ameaçou bombardear o Rio de Janeiro, passando esse episódio a se chamar na história, “Primeira Revolta da Armada”. Com tantas confusões e ameaças de uma guerra civil, Deodoro resolveu renunciar no dia 23 de novembro de 1891. Quem assumiu foi o vice-presidente eleito pela chapa opositora, Floriano Peixoto, também alagoano e marechal. Floriano foi chamado depois “Marechal de Ferro” e seu governo aconteceu no período 1891-1994. Em resumo, foi essa a saga de DEODORO.

BESTAS E CAVALOS (Clerisvaldo B. Chagas, 12 de novembro de 2010) Os ônibus sempre foram os mandatários desde os tempos em que recebiam ...

BESTAS E CAVALOS


BESTAS E CAVALOS
(Clerisvaldo B. Chagas, 12 de novembro de 2010)

Os ônibus sempre foram os mandatários desde os tempos em que recebiam apelidos de “sopas” ou “jardineiras”. Bagageiro no teto da carroceria, esse meio de transporte começava a humanizar o ramo, antes ocupado por veículos de carga tal o caminhão. Fazendo parte de carregamentos de sal, cocos, açúcar, feijão, couros e muitos outros tipos de mercadorias, o passageiro “mais ou menos” se acomodava a boleia. Os mais fracos sociáveis se sentavam sobre os objetos grosseiros da carroceria, enfrentando sol, chuva, vento e poeira nas estradas cheias de catabis. Considerava-se ainda um favor quase impagável ao motorista desse rude meio de transporte que muito colaborou com o progresso do Brasil. O ônibus apareceu, evoluiu nas aparências e engrenagens, mas as mentes de muitos empresários não passaram e nem passam dos roncos dos antigos caminhões. Não foi somente por essa causa egoísta a Tio Patinhas, porém, essa foi uma das razões do enchimento do denominado Transporte Alternativo no mercado. Primeiro a Kombi, agora, com as Vans ou Bestas, estas continuam dando lições as grandes empresas de viação. Referimo-nos as péssimas empresas que não dividem lucro com resolução de problemas de transportes. A parte da resolução é trocada somente pela ganância dos lucros fazendo com que os serviços sejam de qualidade inferior.  No lugar onde cabem três carros, colocam um, gerando superlotação com total desconforto ao usuário. E esses, da mentalidade mesquinha, ainda brigam contra o Transporte Alternativo.
Esse novo sistema usado pelos taxistas na capital em que sai colhendo vários passageiros ao mesmo tempo é outra desgraça que surgiu, graças ao mesmo motivo acima. Taxistas caras de pau, mal-humorados, mal-educados e quase malucos, concorrem com as empresas de ônibus. A mentalidade tacanha não permite o desenvolvimento eficiente do transporte coletivo. Enquanto isso, novas modalidades de negócios vão surgindo, formando interesses escusos que alimentam uma rede corrupta que envolve particular e servidores com a famigerada “bola”. A propina diária e constante parece sem solução no País. Entra na parte cultural e tudo fica fazendo parte da rotina.
Quem quiser colocar transporte alternativo, além de receber pressão das empresas de ônibus e das autoridades, para se alimentar, vai ter que alimentar também a rede de propina que antes era dita “debaixo do pano”, mas que agora o pano acha-se rasgado. Sendo, então, os maus serviços prestados por companhias parte importante das causas dos transportes pequenos, é de se fazer comparativo entre animais de verdade e os pensamentos desnaturados do lucro fácil. De qualquer maneira, o “salve-se quem puder” no turbilhão de transporte na capital e interior tem muito a ver nos sentidos de BESTAS E CAVALOS.

AS FERAS DO VÔLEI (Clerisvaldo B. Chagas, 11 de novembro de 2010) Você, dos escritores da Ribeira do Panema, é o mais prolífero e o mais ecl...

AS FERAS DO VÔLEI

AS FERAS DO VÔLEI
(Clerisvaldo B. Chagas, 11 de novembro de 2010)
Você, dos escritores da Ribeira do Panema, é o mais prolífero e o mais eclético, pois debaixo de sua pena já passaram centenas de assuntos e, em muitos casos, alguns assuntos foram abordados sob mais de um ângulo. E olhe que não conheço todas as suas páginas.
Um tríplice abraço. (Antonio Sobrinho)
     Valeu à pena comer pipoca varando as madrugadas com olhos grudados no vôlei feminino brasileiro. Tantas outras notícias tomaram conta dos jornais, que as causas de vitórias do Brasil, ocuparam um espaço mínimo nas manchetes impressas e mesmo no mundo virtual. Diante de tantos fatos negativos, o esporte, como a natação, o vôlei e mesmo o time de Falcão, tem alegrado o íntimo dos que procuram notícias amenas e alegres. Que satisfação maior em vê o Brasil mandando fazer fila com as nossas adversárias? O duelo com a ilha cubana foi um verdadeiro colírio que se traduz como um clássico no futebol Brasil e Argentina. A rivalidade que se tornou tradição fez virar um clássico também nos embates Brasil x Cuba, principalmente pelas provocações das cubanas. Quando o Brasil resolveu de fato investir no esporte, já havia no mundo nações que sempre assim fizeram e eram destaques como Alemanha, Cuba, China, Estados Unidos e alguns países do leste europeu. Agora que o nosso país vem ocupando todos os espaços possíveis, é lógico que incomoda as potências mais sólidas como Cuba, que vai perdendo sua hegemonia na América Latina. Por isso foi um gosto gostoso ter eliminado a ilha em uma dessas compridas madrugadas. Inacreditável ─, mas apenas como expressão ─ foi ver as meninas enfrentando as parrudas alemãs, metidas às donas da bola. O poderio dos Estados Unidos também caiu ao chão na madrugada de terça para quarta, surpreendendo a quem não acreditava em mais uma vitória brasileira.
     Os erros do Brasil nessa última partida não foi o suficiente para um triunfo americano. E constantemente a calma externa do técnico José Roberto Guimarães, revestida de uma dureza disfarçada, mostrou ser uma arma poderosa no ânimo das meninas do Brasil. Certo que levamos um susto danado ao perdermos o segundo set, mas a equipe americana não é uma equipe qualquer. O Brasil fazia o que sabe fazer em todos os esportes, atacar e atacar. Louve-se a boa defesa dos Estados Unidos que tentavam a todo custo desconcentrar a equipe de Guimarães. Mas a mão na cabeça e os cochichos explicativos de José Roberto corrigiam as posturas, entrando no cérebro acanhado de quem era advertida. E foi assim que o Brasil conseguiu ferrar o outrora temível adversário, em 3 x 1.
     Vamos deixando Nagoya com a deliciosa sensação do dever cumprido. E se a Rússia ganhou do Japão, também poderemos fazê-lo. Agora é a marcha rumo a Tóquio para uma partida difícil e sensacional em uma terra apaixonada por esse esporte coletivo. Pelo desempenho apresentado até o momento, a esperança existe em trazer o caneco do mundial para o Brasil. Não importa se nunca conseguimos esse título, mas vai sempre existir a primeira vez, por que não? Na hora certa José Roberto estudará a fundo as táticas usadas pelas japonesas. Vamos apostar então na garra que tem caracterizado a sequência de jogos invictos, confiar na equipe que não é fácil enfrentar as brasileiras, AS FERAS DO VÔLEI.