AS FERAS DO VÔLEI
(Clerisvaldo B. Chagas, 11 de novembro de 2010)
Você, dos escritores da Ribeira do Panema, é o mais prolífero e o mais eclético, pois debaixo de sua pena já passaram centenas de assuntos e, em muitos casos, alguns assuntos foram abordados sob mais de um ângulo. E olhe que não conheço todas as suas páginas.Um tríplice abraço. (Antonio Sobrinho)
Valeu à pena comer pipoca varando as madrugadas com olhos grudados no vôlei feminino brasileiro. Tantas outras notícias tomaram conta dos jornais, que as causas de vitórias do Brasil, ocuparam um espaço mínimo nas manchetes impressas e mesmo no mundo virtual. Diante de tantos fatos negativos, o esporte, como a natação, o vôlei e mesmo o time de Falcão, tem alegrado o íntimo dos que procuram notícias amenas e alegres. Que satisfação maior em vê o Brasil mandando fazer fila com as nossas adversárias? O duelo com a ilha cubana foi um verdadeiro colírio que se traduz como um clássico no futebol Brasil e Argentina. A rivalidade que se tornou tradição fez virar um clássico também nos embates Brasil x Cuba, principalmente pelas provocações das cubanas. Quando o Brasil resolveu de fato investir no esporte, já havia no mundo nações que sempre assim fizeram e eram destaques como Alemanha, Cuba, China, Estados Unidos e alguns países do leste europeu. Agora que o nosso país vem ocupando todos os espaços possíveis, é lógico que incomoda as potências mais sólidas como Cuba, que vai perdendo sua hegemonia na América Latina. Por isso foi um gosto gostoso ter eliminado a ilha em uma dessas compridas madrugadas. Inacreditável ─, mas apenas como expressão ─ foi ver as meninas enfrentando as parrudas alemãs, metidas às donas da bola. O poderio dos Estados Unidos também caiu ao chão na madrugada de terça para quarta, surpreendendo a quem não acreditava em mais uma vitória brasileira.
Os erros do Brasil nessa última partida não foi o suficiente para um triunfo americano. E constantemente a calma externa do técnico José Roberto Guimarães, revestida de uma dureza disfarçada, mostrou ser uma arma poderosa no ânimo das meninas do Brasil. Certo que levamos um susto danado ao perdermos o segundo set, mas a equipe americana não é uma equipe qualquer. O Brasil fazia o que sabe fazer em todos os esportes, atacar e atacar. Louve-se a boa defesa dos Estados Unidos que tentavam a todo custo desconcentrar a equipe de Guimarães. Mas a mão na cabeça e os cochichos explicativos de José Roberto corrigiam as posturas, entrando no cérebro acanhado de quem era advertida. E foi assim que o Brasil conseguiu ferrar o outrora temível adversário, em 3 x 1.
Vamos deixando Nagoya com a deliciosa sensação do dever cumprido. E se a Rússia ganhou do Japão, também poderemos fazê-lo. Agora é a marcha rumo a Tóquio para uma partida difícil e sensacional em uma terra apaixonada por esse esporte coletivo. Pelo desempenho apresentado até o momento, a esperança existe em trazer o caneco do mundial para o Brasil. Não importa se nunca conseguimos esse título, mas vai sempre existir a primeira vez, por que não? Na hora certa José Roberto estudará a fundo as táticas usadas pelas japonesas. Vamos apostar então na garra que tem caracterizado a sequência de jogos invictos, confiar na equipe que não é fácil enfrentar as brasileiras, AS FERAS DO VÔLEI.
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