DEUS SALVE A AMÉRICA
(Clerisvaldo B. Chagas, 5 de novembro de 2010)
Deu pena vê pela televisão o gestor mais poderoso do mundo. Apenas o corpo esbelto e os modos a John Fitzgerald Kennedy, mas os fios brancos dos cabelos e o sorriso amarelo mostravam um homem abatido. Coisa rara um presidente pacifista no que eles chamam de América e que encantou o mundo durante o período de campanha. Além de pacifista, de estilo diferente, suas origens uniam as torcidas a seu favor em todas as nações de todos os lugares. E o homem que prometeu um país muito melhor, conseguiu algumas façanhas importantes, mas não contava com a crise forte que ameaçava o planeta. Sempre nos perguntávamos como um país tão rico, tão poderoso, fazia com o dinheiro que parecia não acabar jamais. Nem os americanos sabem quanto já gastaram em várias guerras pelo mundo, inclusivas a do Iraque e do Afeganistão. Contam-se as despesas em trilhões de dólares. E de onde vinha essa verba de um país que tudo que consome chega do exterior. As compras que movimentam o mundo e o dinheiro gasto com as guerras contínuas são provenientes de que tipo de olho d’água que não seca nunca? Infelizmente a bomba estouraria em alguma parte do futuro e o futuro foi às mãos de Barack Obama. Sim, é uma honra sem igual ser presidente da maior potência bélica que existe, mas a responsabilidade parece ser ainda maior, principalmente quando as coisas não estão indo bem. Os conflitos sem nexo em que os dirigentes anteriores meteram a nação do norte, com ênfase para o sanguinário Bush, viraram às costas para os problemas internos. Surgiram os males que antes pareciam somente da América Latina. Muitos mendigos as ruas, gente sem casa e sem emprego vagando como fantasmas. E o senhor Bush, foi o último que deu às costas à sua população em momentos cruciais americanos. Somadas as insanidades anteriores que esfacelaram os Estados Unidos, surgiu à crise econômica para complementar os estragos. É nesse momento tão duro que desponta uma liderança negra que pela primeira vez chega à cadeira máxima.
E como se não bastassem esse dois fatores profundos, agora o homem da paz, Obama, recebe a terceira herança maldita: a derrota de aliados nas urnas. Sendo a oposição de um radicalismo quase fanático, as circunstâncias acabam de encurralar o jovem presidente. Como esse homem poderia apresentar-se à televisão? Sim, foi elegante como sempre, mas o sorriso amarelo revelava uma vontade danada de sumir, desaparecer que é assim que pensamos quando não encontramos saídas. Mas a Providência por certo ouvirá as suas preces nas provações que faz aos bem-intencionados. Vamos observar o comportamento desse país que nunca aceitou a modéstia à dianteira. Um desconhecido capítulo vai redesenhando o xadrez mundial. As grandes potências irão precisar muito dos emergentes. E como eles costumam dizer: DEUS SALVE A AMÉRICA.
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