O REENCONTRO Clerisvaldo B. Chagas, 2 de janeiro de 2016 Crônica Nº 1.493 Lembrando o velho casarão da antiga Praça da Bandeira, ...

O REENCONTRO

O REENCONTRO
Clerisvaldo B. Chagas, 2 de janeiro de 2016
Crônica Nº 1.493

Lembrando o velho casarão da antiga Praça da Bandeira, em Santana do Ipanema, veio ao empresário Juarez Delfino, a ideia de um reencontro com os colegas concluintes de 1966. O primeiro reencontro foi mesmo entre a minha pessoa e Delfino, de modo inusitado. Colega de Ginásio e de república de estudantes, cada qual seguiu seu rumo e há cerca de 30 anos não nos víamos, até que um almoço em sua residência matou saudades e formalizou um pedido: “Clero, pelo amor de Deus, organize em Santana um reencontro com os nossos ex-colegas concluintes de 1966 aqui na minha residência ou em Santana”. Prometi na hora que tentaria.
Iniciamos na antiga 5ª Série com 52 estudantes e encerramos a 8ª com 45. Fomos conhecer a novidade da época: a adutora de Belo Monte que traria água para Santana. Participamos de grêmio estudantil e conseguimos verba através das nossas promoções para um passeio a Paulo Afonso e outro a Fortaleza/Mossoró/ Juazeiro do Norte.
Depois, somente saudades da turma e do casarão que nos abrigara por tantos anos. Cada um procurou seguir o seu rumo e muitos nem sabemos por onde andam.
Pelo menos, na foto oficial da turma, tem um ex-colega falecido.
Vamos assanhando os que conhecemos, com os primeiros contatos sobre o assunto. Iremos tentar juntar o maior número possível dos antigos companheiros de escola, inclusive com aqueles que deverão comparecer com familiares e com surpresas. Temos a impressão de que José Pinto Araújo, ex-diretor do Ginásio Santana e o professor Antônio Dias, aceitarão comemorar conosco a era de ouro do Ginásio. Outros ex-professores também.
Nada está decidido. Entre fevereiro e março deveremos marcar os primeiros encontros de organização. Prazo longo para o evento, chefe, que a missão é árdua, mas saborosa.
Nada como um dia atrás do outro.

FÉRIAS DO BLOGUEIRO ATÉ O DIA 20.

FÉRIAS

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OS EXTERTORES DAS TRADIÇÕES Clerisvaldo B. Chagas, 3 de novembro de 2015 Crônica Nº 1.492 Repentistas: Clerisvaldo e Zé  de Al...

OS EXTERTORES DAS TRADIÇÕES



OS EXTERTORES DAS TRADIÇÕES
Clerisvaldo B. Chagas, 3 de novembro de 2015
Crônica Nº 1.492

Repentistas: Clerisvaldo e Zé  de Almeida na Matriz de Senhora Santana.
 Foto: (Clerisvaldo/Arquivo).
Vamos seguindo feira adentro; olhos perscrutadores nas bancas, no quadro, no povo. Não encontramos folhetos, emboladores, violeiros, vendedores de óleos estranhos para todo tipo de doença. Tudo parece mais escasso e pobre. Vão-se as tradições e surge o novo na continuação da vida, em ciclos de novidades cada vez mais curtos.
Não aparece diante das feiras de Senador Rui Palmeira, Olho d’Água das Flores, Santana do Ipanema, Carneiros, Canapi... Um vate popular que imite, ainda de longe, o cego pedinte e repentista do sítio Travessão, Zequinha Quelé, o gênio das feiras interioranas do sertão alagoano. “Perdoe ceguinho”:

“A bacia do perdoe
Eu deixei no Travessão
Sou homem
Não sou menino
Todo ser é assassino
Só meu padre Ciço não.”

Nem mesmo se encontra mais o violeiro nos bares, tomando uma, cantando repente, devorando temas, assim como fazia o poeta Zezinho da Divisão: “Só vai arrochando tudo”:

“Se a sua mulher não presta
Se o filho é um ladrão
Se o pai é um cornão
Que vive coçando a testa
Se na vida nada resta
Nem trabalho nem estudo
Falta dinheiro graúdo
Nesse seu bolso furado
Se dane a comprar fiado
Só vai arrochando tudo.”

A escassez de atrações nas feiras, entretanto, não faz diminuir a importância desse comércio livre de grande valia para produtores rurais e consumidores, além de amenizar os custos dos produtos comestíveis ofertados por famosos atacadões.
Afinal, a tradição também tem seu Dia de Finados.