segunda-feira, 10 de junho de 2013

ENTREVISTA COM DIRETOR



ENTREVISTA COM DIRETOR
Clerisvaldo B. Chagas, 11 de junho de 2013.
Crônica Nº 1032
Marcello Fausto, o novo diretor.

Nessa fase de eleições para gestores escolares estaduais, entrevistamos o professor Marcello Fausto, eleito para dirigir a Escola Professora Helena Braga das Chagas, no Bairro São José, em Santana do Ipanema, Alagoas. Candidato único, o professor Marcello obteve 96% dos votos válidos, numa eleição tranquila quando foram às urnas, os segmentos pais, alunos e funcionários, transformando o dia de ontem numa verdadeira festa colegial. Com a felicidade de  todos os segmentos, indagamos ao professor e novo escritor santanense:
1.    Como você chegou à direção da Escola Estadual Professora Helena Braga das Chagas?

R. De forma indireta, ou seja, por indicação. Em 2011, a professora “Cidinha” termina o mandato e ninguém se prontifica a concorrer. Então fui indicado com mais dois nomes na época em que o coordenador era o professor James, e lá em Maceió, fui o escolhido.

2.    Qual a situação da escola que você encontrou?

R. Uma escola suja, sem conforto para alunos, professores e o mais grave: era um grupo de “alunos indisciplinados” que não respeitavam nenhum dos segmentos da escola, inclusive, não se tinham auto respeito.

3.    Por que você aceitou o desafio?

R. São vários os fatores, mas me lembro de minha adolescência, quando minha mãe tinha um relacionamento muito bom com “Dona Helena” e em todo meu aniversário, sempre ganhava da professora, algum livro ou revista. A minha vinda para esta escola me fez ver que eu tinha um compromisso em retribuir o carinho da professora Helena Braga. Além desta escola exercer um papel importante na comunidade, seria para mim um desafio que gostaria de enfrentar.

4.    Quais foram às dificuldades que você teve que encarar, nessa primeira gestão?
        
         R. Indisciplina de alunos, ausência de regras, alguns “poucos” pais achando que a “coisa” teria que funcionar do jeito que estava, carência de professores, serviços gerais, vigias. Roubos constantes.

5.    Quais foram suas primeiras ações para mudar o quadro? Deu certo?

R. Primeiro procurei parcerias. A CRE ajudou-me fielmente. Trouxe a Justiça, na época, pelo seu representante, o Dr. Elísio Maia Filho, palestrantes para os alunos e, que nos deu apoio. Trouxe para a escola os pais, para dividir os problemas e, juntos ao Conselho, procuramos estratégias, determinações de regras e fiscalização dos cumprimentos. E ainda “dei uma de doido” e “meti a caneta para cima”, fazendo uma limpeza.

6.    Como você conseguiu a reforma da escola?

R. O primeiro passo era colocar a escola na relação com necessidade de reforma. Por isso, quase todos os dias solicitava a inclusão da mesma junto à 6ª CRE. O coordenador fez o seu papel em Maceió e a escola foi contemplada.

7.    Como se encontra hoje a Escola Professora Helena Braga das Chagas?

R. Sou suspeito para dizer, mas convido a toda comunidade para resultados com o aumento do IDEB, a diminuição da evasão e principalmente o resgate de alunos amedrontados pela indisciplina. Escola limpa, confortável e adequada para o ensino e aprendizagem.  

8.    Em relação ao quadro de funcionários, ainda existe carência?

R. Sim, mais um problema no estado. Ainda faltam vigias, serviços gerais e professor de artes. Mas devemos ressaltar que a equipe é ótima, onde a maioria é de monitor, mas eles são compromissados com a escola e além do mais, competentes com uma coordenadora pedagógica nota 10. Enfim, uma equipe de “primeira linha”. Ainda de quebra a escola conta com o maior escritor de Santana do Ipanema, professor Clerisvaldo e o escritor iniciante, que é o diretor da unidade.

9.    Marcello, para encerrar, quais são as metas para a nova gestão, uma vez que você foi apontado agora de forma democrática?

R. Incentivar a participação da comunidade escolar na busca de parcerias com entidades em ações conjuntas, solidárias, cooperativas. Assegurar ações que promovam a conservação, manutenção e preservação do patrimônio. Gerenciar os recursos materiais e financeiros de forma transparente, visando assim, fazer da escola modelo democrático para à sociedade.
    






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domingo, 9 de junho de 2013

PESO NA CANGALHA



PESO NA CANGALHA
Clerisvaldo B. Chagas, 10 de junho de 2013
Crônica Nº 1031

Foto (panorama.com)
Sai à notícia de que iniciaria atividades sexta-feira passada, uma fábrica produtora de plataformas no Porto de Maceió. Se o nosso amigo Zé Lima “Sabão”, fosse vivo, diria imitando um personagem do romance “Curral Novo”, do também falecido escritor palmeirense Adalberon Cavalcanti Lins: “É bem fative”. Quando estamos cansados, frustrados, extenuados com tantas notícias negativas, até nos parece mentira quando a excelente põe a cabeça de fora, como cágado ou jabuti. Tudo porque o alagoano tende a ser escravo eterno da elite rural açucareira. Portanto, uma notícia boa para o povo, traz uma interrogação no ar, um olhar de sapo cururu, um pescoço de girafa e uma curiosidade de macaco. Nota-se claramente que certos anúncios procuram trazer finalidades eleitoreiras tipo banana e bolo. Motivado pela resistência do jegue é que seu dono coloca mais peso na cangalha. Qual será o verdadeiro futuro do nosso estado? Para que os que não são ateus, pode ser até que apontem para trás das nuvens.
A Unidade do consórcio Tomé/Ferrostaal, diz a Agência Alagoas, vai gerar 1.800 empregos diretos e 6 mil indiretos. “As replicantes, como são chamadas as plataformas a serem produzidas serão do tipo FPSO (Unidades Flutuantes de Produção, Armazenamento e Transferência), construídas com base em cascos de navios novos ou reformados. No caso deste projeto, os cascos são novos e já estão em fabricação. O contrato de fornecimento para a Petrobrás, orçado em aproximadamente US$ 900 milhões, prevê um prazo de 44 meses para a execução dos 18 módulos para as seis plataformas”. Nota afirma que isso não é estaleiro.
Como a esmola é grande, ficamos na expectativa de olho, não na política demagógica, mas na possibilidade dos empregos comentados. Como dizem que o objetivo é utilizar 80% da mão de obra local, não se pode negar as alvíssaras. A Braskem já é realidade, o estaleiro em Coruripe, nebuloso, mas caso mesmo tenha sido iniciado a atividade descrita acima, e mais o estaleiro pode ser que saltemos de um estado pobre para uma unidade rica, como era antigamente; o estado... Mas o povo? Vamos ficar espiando de lado como o jerico para vê se vem mais PESO NA CANGALHA.




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