O IFAL E O GIGANTE Clerisvaldo B. Chagas, 5 de agosto de 2013. Crônica Nº 1061 Campinho será sede do IFAL. Creche no segundo pla...

O IFAL E O GIGANTE



O IFAL E O GIGANTE
Clerisvaldo B. Chagas, 5 de agosto de 2013.
Crônica Nº 1061
Campinho será sede do IFAL. Creche no segundo plano e serra da Camonga. (Autor).

Agradecido pelo título “Escritor Símbolo de Santana do Ipanema”, continuamos entregando livros documentais de valores ímpares a nossa terra. Em breve, apresentaremos ao público mais duas obras relevantes que servirão de marcos para a história regional. Em nossos escritos, voltamos à vista novamente para Santana, pesquisando pela periferia e divulgando a “Rainha do Sertão” em trabalhos diários de variegadas cores. Foi assim que registramos o agradabilíssimo flagrante de máquinas trabalhando no Bairro Lagoa do Junco, onde a pobreza impera, tendo como característica os quebradores de pedras. O bairro do extremo leste, bastante acidentado, com seu vazio, foi ganhando prédios e repartições de peso, trazendo para si a elite em mistura à plebe. Assim foi chegando a Lagoa do Junco o prédio da ESSER (UNEAL), a escola modelo do município, o Fórum, a SEFAZ, a Promotoria e a OAB, inclusive funcionando ali também o 7º Batalhão de Polícia. Além de se transformar em Polo de Justiça, a Lagoa do Junco arrebanhou importante fábrica de artigos de mármore e vários outros estabelecimentos de comércio ao longo da BR-316. No lugar mais alto e plano, próximo ao Açude do Bode, onde a gestão 1993-96 deixou uma “usina de lixo”, inacabada, foi, recentemente, construído um excelente e vistoso prédio para uma creche, com verba federal. Um campinho, da mesma gestão, que seria um estádio e ficou inacabado, agora cederá espaço para outra escola superior.
O roncar de tratores, estão voltados para a construção da sede do IFAL – Instituto Federal de Alagoas. Fala-se também da futura sede da UFAL naquelas imediações. E se a Lagoa do Junco, a prima humilde da brincadeira, já é Polo de Justiça, será ainda Polo de Educação. Comenta-se que o edifício do IFAL dará abrigo a 1.500 alunos, nessa obra que se encontra em fase de terraplanagem e previsão de término em final de 2014. Quinze salas estão na mira para aulas, laboratórios de informática e auditório para 150 pessoas. A Lagoa do Junco verá por trás das cercas de tábuas, oito milhões de reais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE – no terreno cedido pela prefeitura.
Falamos que o Hospital, Gigante Amarelo, da Floresta não havia trazido nenhum benefício físico para o bairro, que continua sendo o Haiti de Santana. Perto da Lagoa do Junco ainda será construído o polo industrial, próximo ao rio Ipanema, comentário que deixa os Guardiões em alerta. Nunca chegou a Santana tanto coisa boa de uma vez! Todavia, indagamos como será beneficiada de fato, a população do bairro que ora recebe esse mundo de riqueza? Será uma segunda Floresta? Existe um planejamento social para os moradores? Torcemos para que o IFAL, abraçado por todos, não seja apenas MAIS UM GIGANTE AMARELO.




GUARDIÕES DO RIO IPANEMA Clerisvaldo B. Chagas, 2 de agosto de 2013. Crônica Nº 1060 Foz do riacho urbano Salgadinho, afluente d...

GUARDIÕES DO RIO IPANEMA



GUARDIÕES DO RIO IPANEMA
Clerisvaldo B. Chagas, 2 de agosto de 2013.
Crônica Nº 1060
Foz do riacho urbano Salgadinho, afluente do Ipanema.

Mais uma reunião do grupo “Guardiões do Rio Ipanema”, foi realizada tendo como cenário a Escola Estadual Helena Braga das Chagas. O grupo de santanenses que se acha disposto a lutar pela conservação do maior acidente geográfico sertanejo, procurou ajustar detalhes para o encontro que acontecerá no próximo dia seis. No auditório da agência do INSS, cedida gentilmente aos guardiões, à visão dos objetivos do grupo será ampliada com ilustres pessoas que se farão presentes e que são ligadas ao tema ambiental. Os primeiros passos estão sendo iniciados para futuras ações objetivas e permanentes que permitirão trazer alegria e autoestima aos que moram às margens do rio periódico Ipanema. Nome do grupo, símbolo, ações, foram bem discutidos na prévia do Helena Braga, quando todos se comprometeram com os futuros combates em defesa do patrimônio natural de Santana. Muito bem aceitos nome e sigla que poderão ser aprovados nos próximos dias: Associação Guardiões do Rio Ipanema – AGRIPA. Interessante também a necessidade de um símbolo forte e simpático que caracterizasse o Ipanema e, entre outros, surgiu o busto de mulher com um pote à cabeça, como faziam as moradoras da margem do rio Ipanema, buscando água nas cacimbas arenosas.
Vivemos um momento crucial para aquele que abasteceu Santana com água, tijolos, telhas, areia, pasto e lazer. Denúncias e mais denúncias de problemas seríssimos vêm à tona e não se sabe até agora de providência alguma sobre as denúncias. Os Guardiões do Rio Ipanema, terão como prioridade o trecho urbano do rio, podendo ampliar suas ações conforme o andamento e as possibilidades de extensão. Envolvidas com o processo de conscientização ambiental, estarão às comunidades, primordialmente as situadas às margens do rio Ipanema, assim como as escolas onde tem início a valorização do meio ambiente.
Nada ficou definido ainda, mas tudo indica que os rumos serão esses, a partir da reunião do dia seis no auditório do INSS, às dezesseis horas. Também fomos convidados a fazer parte desses amantes e defensores da Natureza, aceitando o convite com muita honra. Estamos aqui desejando boa sorte, êxito nas empreitadas que virão, aos da AGRIPA - GUARDIÕES DO RIO IPANEMA.

BOA SORTE Clerisvaldo B. Chagas, 1º de agosto de 2013. Crônica Nº 1059 Com muito sono e enfado pelas notícias do mundo, vamos d...

BOA SORTE



BOA SORTE
Clerisvaldo B. Chagas, 1º de agosto de 2013.
Crônica Nº 1059

Com muito sono e enfado pelas notícias do mundo, vamos deixando passar em branco a crônica do dia 31 de julho. Encolhido com a frieza do mês que mais chove no Sertão, desejamos ficar naquela dolência costumeira que aponta para a cama. Os céus capricharam na sequência de chuvas, ultimamente, como se estivessem compensando a falta do início da estação. O mês de junho trás festas todos os dias, frieza e chuvas, mas não a carga pluviométrica do companheiro julho. Nesse mês emendam-se por aqui festas e mais festas intermináveis sob o derrame das nuvens cinzentas. Algumas, como os festejos à padroeira, não podem ser mudadas para tempo seco porque faz parte de calendário marcado pela Igreja no mundo inteiro. Santa Ana é comemorada sempre na mesma data onde quer que seja o seu reinado. Temos procissões de gente e de carros de boi (introdução recente) que enfrentam o tempo chuvoso e friorento do simpático mês de julho. E mesmo chegando à umidade com atraso, o homem do campo não irá perder por completo o que planta e cria.
Chegou agosto, prolongamento de chuvas em nossa região sertaneja alagoana. Os quinze primeiros dias, tradicionalmente, são de frio intenso, mais do que o de julho. Muitas vezes o agricultor perde a lavoura de feijão e milho por causa do frio e da lagarta que serve de inspiração ao político devorador. Outras vezes as chuvas e o frio vão se esticando até o término do mês dos cachorros doidos, da péssima pescaria, dos vaticínios desabonadores. Ultimamente têm penetrado até no mês mais seco do ano, outubro, numa prova substancial que tem coisa acontecendo com o clima do planeta. Mês de agosto é mês comprido onde o salário do trabalhador encurta. Não são poucos os que se arrepiam ao bater o primeiro dia da coleção. Os que têm fé, entretanto, acham que todos os meses são iguais e que a mão do Criador age sempre com presteza. Não temos festa esse mês e nem feriado à vista, portanto, façamos como a história do cigano ao montar no corcel bravio: “segure nas quilinas”. Estamos no mês de agosto, o mês do desgosto, do encosto, da lágrima no rosto, mas também de um sentimento profundo pelas providências divinas. Vamos contar somente coisas boas para levarmos a soma à primavera. BOA SORTE!