EU E NANET Clerisvaldo B. Chagas, 13 de março de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.645 Ilustração: (br.pinter...

EU E NANET



EU E NANET
Clerisvaldo B. Chagas, 13 de março de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.645
Ilustração: (br.pinterrest).

Depois de longo período sem apresentações no site (Alagoas naNet), estamos de volta. A parte técnica que estava com problema está sendo consertada e a página do informativo deverá apresentar em breve, nova estrutura, segundo seu comandante, Lucas.
Os nossos trabalhos literários desenvolvidos em crônicas, entretanto, nunca ficaram estagnados. Eles continuam com suas apresentações no “Clerisvaldobchagas.blogspot.com”, onde estão armazenadas e à disposição dos leitores as 1.645 crônicas publicadas desde o início e pela ordem; no Site “SantanaOxente” que desde o primeiro trabalho permanece fiel; no Face book e no “Blogdomendesemendes” com sede em Mossoró, Rio Grande do Norte.
Com penetração em alguns países de três continentes, vamos exercendo a missão de semear cultura, conhecimento, experiência e mesmo notícias entre os leitores, contribuindo assim com a banda sadia do mundo.
Do âmago do Sertão alagoano, sai esse grito pelas terras do Brasil e estrangeiras, honesto, equilibrado e sem compromisso algum com a injustiça.
Enquanto movimentamos os livros inéditos: “O Boi, a Bota, e a Batina; História Completa de Santana do Ipanema”, “230, História Iconográfica de Santana do Ipanema”, “Maria Bonita, a Deusa das Caatingas”, “Deuses de Mandacaru”, “Fazenda Lajeado”, “Colibris do Camoxinga”, “Barra do Ipanema; Um Povoado Alagoano” e “Padre Cícero, 100 Milagres Inéditos”, vamos preenchendo o espaço com as crônicas que percorrem parte do Planeta.
Portanto, é importante a parceria entre este site e o taco do autor para divulgar as coisas até inimagináveis da Capital do Sertão, do interior, da Terra dos Marechais e do solo nordestino.
Não precisa espumante e nem caviar pela volta. Basta chuva na terra e o aboio envolvente do vaqueiro no alpendre da fazenda.
Avante, Sertão!




O PAI DE JESUS VAI DESFILAR Clerisvaldo B. Chagas, 10 de março de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.644 São ...

O PAI DE JESUS VAI DESFILAR



O PAI DE JESUS VAI DESFILAR
Clerisvaldo B. Chagas, 10 de março de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.644

São José, a vós nosso amor.
Sede nosso bom protetor;
Aumentai o nosso fervor.

Vamos fechando a semana com louvação a São José, pai de Jesus e padroeiro do Bairro São José, em Santana do Ipanema, Alagoas. Desmembrada do grande Bairro Camoxinga, a região da antiga COHAB e seus arredores, sob a égide de São José, inauguraram a igrejinha sede católica em 10 de maio de 1993. Desde então, o bairro se expandiu e hoje abriga repartições e escolas de peso na parte oeste da cidade.
Sua festa do padroeiro já se tornou tradicional e valorizada quando ocupa a igreja, a avenida principal e outras vias. Mesmo sendo um lugar modesto, o entusiasmo dos fiéis animam as noites com missa, fogos, cânticos e parque de diversão na parte profana. Este ano são muitos os noiteiros que estão divididos desde o dia da abertura, em 15/03, até o dia 19/03 dia do encerramento.
A Comissão Organizadora já distribuiu os convites com a programação, causando muita alegria na comunidade. A abertura contará com procissão conduzindo a imagem de Nossa Senhora Aparecida, saindo da Capela de Nossa Senhora das Dores, no Bairro Lajeiro Grande, em direção à igreja de São José. Com inúmeras atividades dos noiteiros, a festa terá seu encerramento no dia 19 (domingo) com Solene Celebração da Eucaristia. A banda Trono será encarregada dos cânticos. Após a Santa Missa, procissão conduzindo as imagens de São José e de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, acontecerá até a Matriz de Senhora Santana. Haverá ainda a Celebração Eucarística e Elevação da Igreja de Senhora Santana a Santuário Mariano.
E como o dia de São José é tão aguardado pelos sertanejos devido às chuvas que dão sinal de bom inverno, com certeza terá pedidos importantes diante da seca que assola a região.
Vamos aguardar o Grande Carpinteiro.

OS BARREIROS DO SERTÃO Clerisvaldo B. Chagas, 9 de março de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.643 BARREIRO ...

OS BARREIROS DO SERTÃO



OS BARREIROS DO SERTÃO
Clerisvaldo B. Chagas, 9 de março de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.643

BARREIRO SECO NO SERTÃO. Foto: (Clerisvaldo B. Chagas).
Barreiro é uma cavidade arredondada artificial no solo para acumular águas pluviais. Seu tamanho varia entre dez e cinquenta metros de diâmetros, mas pode se apresentar quadrado ou triangular. Embora feito para barrar a água da chuva que escorre pela terra, é chamado “barreiro”, se distinguido da “barragem” ou “açude” quando tem proporções muito maiores. A denominação vem da escavação no terreno argiloso, porém, em qualquer tipo de solo é conhecido como barreiro.
Apesar de pequeno, é ele quem ajuda no acúmulo de água para o gado e mesmo para o consumo humano. Geralmente é construído em terrenos onde existe boa inclinação chamados bacias. Entretanto, o desespero do pequeno agricultor leva-o a escavar terrenos planos, quase sempre sem êxito. Pode ser aproveitado o olho d’água, também chamado minação e minador. Os agricultores de menor condição escavam os barreiros manualmente reunindo alguns homens que retiram o material escavado com couro de boi. Os que têm condições contratam empresas que proporcionam o serviço através de trator, pago por horas trabalhadas.
Os barreiros são comuns no sertão, notadamente onde inexistem barragens ou açudes. Muitas vezes eles são auxiliados no acúmulo de água, pelos lajeiros côncavos e pelas cacimbas escavadas nos leitos de riachos secos. Mesmo estando completamente cheio, esse pequeno reservatório vai aguentando o Sol menos forte do inverno e sumindo com a evaporação e o uso de bovinos, caprinos, ovinos, animais selvagens e o consumo humano.
As águas das enxurradas fazem uma varredura no solo, cujo material se acumula no barreiro, inclusive as fezes dos animais.
O programa Água para Todos, que integra o Plano Brasil Sem Miséria, concebido pelo Governo Federal tem como meta a construção de três mil pequenos barreiros e barragens de água pluvial. Embora essa meta seja significativa, ainda é muito pouco para as necessidades sertanejas. Quem está fora do Programa resta à contratação de um trator pagando por hora trabalhada para obter as condições mínimas de armazenamento. São necessárias 50 horas/máquina, valor tão sufocante quanto o Sol que torra a caatinga. Trocando o palavreado, vamos ao provérbio dos avós: “O pão do pobre só cai com a manteiga pra baixo”. Naturalmente, quando tem manteiga.