PORQUE SERTANEJO GOSTA DE CHUVA Clerisvaldo B. Chagas, 28 de março de 2019 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.080 ...

PORQUE SERTANEJO GOSTA DE CHUVA


PORQUE SERTANEJO GOSTA DE CHUVA
Clerisvaldo B. Chagas, 28 de março de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.080

(FOTO: BLOG DO BERNARDINO).
Enquanto as chuvas são temidas nas capitais, são comemoradas com ênfase nas zonas rurais do país. E se nas capitais causam transtornos, com certeza a culpa é do próprio homem e não da natureza. O problema vai desde as administrações pífias em favor dos problemas urbanos, a má educação populacional. Casas surgem nos lugares mais insalubres, contribuindo com os deslizamentos de barreiras e as enchentes. Nem existe planejamento e a desordem é geral. Por outro lado, mesmo havendo rigoroso recolhimento do lixo, o povo continua jogando tudo descartável no meio da rua e nos córregos, entupindo galerias e provando o próprio veneno durante as enxurradas. Esses são apenas alguns dos problemas das cidades grandes.
Mas por que o sertanejo gosta tanto de chuva? Porque a terra é quem alimenta pessoas e indústrias. Não importa se o sertanejo é da roça, comerciante na cidade, dono do agronegócio, estudante, rico ou mendigo... Todos já nasceram marcados pelo fenômeno que significa fartura e no mínimo comida na mesa. A chuva que vem mansa faz brotar o grão, mitiga a sede de animais e humanos que comemoram a vinda desde as primeiras nuvens mensageiras. Em nosso sertão nordestino plantam-se o milho, feijão, algodão, fava, mandioca, palma e frutas que abastecem os mercados locais e indústrias, no caso da mandioca e do algodão. Sem chuva na terra, a fome toma conta dos lugares sem irrigação. É o instinto quem avisa: trovão nos ares, fartura na terra.
E mesmo estando na capital, o sertanejo alegra-se com as chuvas e lamenta suas faltas no sertão. Foi assim que, conversando com um quitandeiro em Maceió, ele dizia: Essas bananas, professor, vêm do sertão, das bandas do Xingó. As batatas vêm do sertão, da área irrigada. As cebolas chegaram do sertão pernambucano... E assim hoje em dia são as áreas irrigadas do interior que abastecem as capitais. Como o citadino não abraçar a causa sertaneja que preenche sua dispensa? O sertão alagoano está em festa, companheiro. Chuva por todos os lugares. Ontem pela manhã foi uma zoada só na revoada de espanta-boiadas pelo rio Ipanema.
Deixem farrear homens e bichos.

CATEDRAL METROPOLITANA Clerisvaldo B. Chagas, 25 de março de 2019 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.079         ...

CATEDRAL METROPOLITANA

CATEDRAL METROPOLITANA
Clerisvaldo B. Chagas, 25 de março de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.079
                  INAGEM: www.Espedia.com.br

Aproveitando a quaresma cabe apresentar a nossa Catedral Metropolitana.  
“Na base do morro do Jacutinga, na mesma área onde provavelmente existiu a capela do engenho que deu nome à cidade, foi edificada a igreja matriz de Maceió. Sua pedra fundamental foi lançada pelo presidente da província, Manoel Felizardo de Souza Melo, dando início as obras no dia 22 de julho de 1840, conforme pesquisa de Félix Lima Júnior. O orago foi entregue a Nossa Senhora dos Prazeres e a imagem da padroeira a mesma que permanece no altar municipal, foi doada pelo barão de Jaraguá.
(...) O traço arquitetônico logo se definiu pela predominância de motivos neoclássicos, tanto na fachada quanto no interior. Os desenhos do altar-mor original e de outros elementos integrados vieram do Rio de Janeiro e aqui foram executados por artífices da região. O sino que veio de Paris foi danificado e substituído por outro, fundido nas oficinas de Coruripe, e permanece até hoje.
(...) Cercada de muita solenidade, a inauguração ocorreu no dia 31de dezembro de 1859, contando com a presença de dom Pedro II e da imperatriz Tereza Cristina, enquanto a cátedra pontifícia, credencial necessária à condição de sede da diocese ou arquidiocese, só foi concedida em 1900.
A partir de 1910, a catedral vem sendo alvo de constantes reformas, responsáveis, algumas delas, pela descaracterização de seu interior e de alguns elementos de fachada, como a escadaria da frente e a substituição dos altares de madeira talhada pelos atuais”. (...). Texto extraído de Alagoas Memorável, Patrimônio Arquitetônico, pág.284, Organização Arnon de Mello.
No interior, em Santana do Ipanema, a capela que deu origem à Matriz de Senhora Santa Ana, foi erguida em 1787, portanto muito mais antiga do que a Catedral Metropolitana. Em Maceió, a Catedral está situada em pleno Comércio, vizinha de outras grandes obras arquitetônicas como os prédios do tesouro, assembleia legislativa e biblioteca pública.
Cultura e religião na quaresma faz um bem danado!


NOVO BISPO NAS ALAGOAS Clerisvaldo B. Chagas, 25 de março de 2019 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.078 (FOTO: R...

NOVO BISPO NAS ALAGOAS


NOVO BISPO NAS ALAGOAS
Clerisvaldo B. Chagas, 25 de março de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.078

(FOTO: REVISTA: IGREJA EM AÇÃO).
A cidade de Palmeira dos Índios no agreste alagoano, comemorou com euforia grande festa cristã. Sua Diocese deu ênfase com a revista, edição especial de março/2019, sobre o novo
Bispo que veio dirigir os destinos da igreja na região. Diz um trecho do seu edital: “No auge dos seus cinquenta e seis anos de criação, a Diocese de Palmeira dos Índios abre seus braços e seu coração para acolher seu quinto Bispo Diocesano Dom Manoel Soares Filho. Num abraço que se esboça generoso, vemos, nesse momento marcante da nossa história, a dimensão da catolicidade da Igreja de Cristo, a dinamicidade do apostolado e a graça sempre eficaz de Deus, soprando sempre sobre a Igreja o suave hálito do Espírito Santo que nos impulsiona para frente”.
Diz outro trecho da citada revista sobre sua biografia: “Dom Manoel de Oliveira Soares Filho nasceu em 25 de setembro de 1965, no município paraense de São Domingos do Capim. É o quarto dos dez filhos do Sr, Manoel Ferreira Soares e da Sra. Dolores de Oliveira Soares. Seu pai era agricultor, inclusive, trabalhou na roça com ele até antes de ingressar no seminário. Como não havia igreja nas proximidades da sua casa, ouvia a Missa pelo Rádio e rezava o terço em família.
Quando surgiram as comunidades, engajou-se tanto na Igreja que a Ir. Raimunda Dorilene o convidou para ingressar no seminário Menor Santo Alexandre Sauli, em Bragança – Pará. Cursou Filosofia no Seminário Arquidiocesano São Pio X e Teologia no Instituto Pastoral Regional, ambos em Belém – PA”.
Ainda a Revista especial da Diocese: “A solene posse canônica, em Palmeira dos Índios, realizou-se em 10 de março de 2019. A partir desta, abriu-se, no livro de sua história, uma página completamente nova, que passará a ser escrita em terras distantes das de sua origem, com um povo de cultura e costumes típicos, porém, profundamente marcado pela fé e pela esperança, forte e destemido, simples e acolhedor. Enfim, inicia-se um novo caminho para o pastor que, vindo do Norte, deve nortear o seu rebanho a Cristo”.