SOBRE MIM

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.
FOI LANÇADO Clerisvaldo B. Chagas, 13 de setembro de 2021 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.585 R...
FOI LANÇADO
Clerisvaldo B. Chagas,
13 de setembro de 2021
Escritor Símbolo do
Sertão Alagoano
Crônica: 2.585
Recentemente foi pré-lançado
pela prefeitura Municipal de Santana do Ipanema, juntamente com a Secretaria de
Educação, o livro didático destinado aos anos finais do Curso Fundamental,
intitulado: “Santana do Ipanema, Cidade da Gente”. Trata-se de um livro de
Estudos Regionais elaborado entre artífices parceiros ligados à Educação e que
foi impresso pela “Didáticos Editora” da capital Fortaleza. O evento aconteceu no antigo Bairro Floresta,
em uma das unidades escolares, com grande sucesso. O livro será distribuído
para os alunos da Rede Municipal de Ensino, após o lançamento propriamente
dito. “Santana do Ipanema, cidade da gente” é dividido em seis unidades com
seus respectivos parceiros e autores: Ariselmo de Melo, Clerisvaldo B. Chagas,
Ederlan da Cunha, Jicélia Gomes, Marcello Fausto, Sandra Machado e Verônica
Araújo.
Coube ao escritor
Clerisvaldo B. Chagas, a Unidade 3, “Lugar de Memória”. Nela, Clerisvaldo fala dos patrimônios
materiais e imateriais do seu município. Estava realmente faltando uma fonte
abrangente e segura para que a nossa base estudantil pudesse levar para os anos
seguintes uma gana de conhecimentos que representasse os grandes valores que
estão no bojo da sua terra. Assim, a prefeitura de Santana dá um passo largo e
importante à frente de inúmeros municípios brasileiros. A propósito, o livro
ainda contém, Carta dos Autores, Carta da Prefeitura e Carta da Secretaria. Foi
motivo de orgulho atuar nessa parceria onde constará no currículo de mais de 20
livros também o título de coparticipação em “Santana do Ipanema, cidade da
gente”.
E por falar em livros, “Canoeiros do Ipanema”,
em breve será lançado nas escolas, especialmente para professores a um preço
especial para os mestres. Mais uma das grandes histórias de Santana, resgatada,
tendo como fonte um canoeiro com 94 anos. Por pouco a história dos nossos heróis
canoeiros não se perdeu nas brumas do tempo. Bem assim foi o resgate da
Igrejinha das Tocaias, história santanense do tempo da escravidão; publicada já
com a segunda edição e distribuída nas escolas, onde foi trabalhada por
professores e alunos. Lembramos ainda o resgate da história da Igrejinha de São
João do Bairro Bebedouro. Tudo por nossa conta e risco.
CAPA DE LIVRO ‘SANTANA
DO IPANEMA, TERRA DA GENTE”.
(FOTO: B. CHAGAS).
A BARREIRA DAS GARÇAS Clerisvaldo B. Chagas, 9/10 de setembro de 2021 Escritor Símbolo do Sertão de Alagoas Crônica:2584 Muito b...
A BARREIRA DAS GARÇAS
Clerisvaldo B. Chagas, 9/10 de setembro de 2021
Escritor Símbolo do Sertão de Alagoas
Crônica:2584
Muito bonita a paisagem
da margem direita do rio Ipanema vista da Praça das Artes, no Bairro São José.
Para ser mais preciso, do topo da ladeira da Avenida Castelo Branco, exatamente
da esquina de trabalho do artesão Roninho Ribeiro. Nessa época em que choveu
bastante por aqui, vê-se a encosta no rio como se fosse uma floresta de tanto
verde. A parte superior da encosta, é uma rua que vai da parte baixa do Bairro
Floresta até o Hospital Clodolfo Rodrigues de Melo e segue rumo à serra e o sitio
Remetedeira. A minifloresta que dá gosto de se vê, fica entre a estrada acima e
o rio Ipanema. Em tempos de estio a vegetação fica mais escassa, porém,
mantendo a beleza do ponto citado acima.
Quando as garças
brancas do Pantanal, anualmente surgem em Santana do Ipanema, procuram aquele
lugar como base de suas operações. Ocupam uma clareira existente na encosta e
ali fazem o seu ninhal em torno da clareira. Logo cedo levantam voo em busca de
alimentos, retornam à tardinha para o bonito espetáculo do ajuntamento com mais
de mil indivíduos. São vistas pelas fazendas da vizinhança acompanhando as reses
nas pastagens. Também são encontradas nos poços do rio Ipanema que surgem após
as cheias grandes ou pequenas. Caçam pequenos peixes sob as águas lodosas e
poluídas. Esse espetáculo pode ser visto no trecho do rio entre a barragem e o
Poço das Mulheres.
Lá em cima, defronte ao
Hospital, forma-se um pequeno comércio que deverá aumentar com o funcionamento
também da vizinha UFAL. A tendência é que esse comércio desça à Avenida até se
encontrar na parte baixa do bairro, com o outro pequeno comércio formado na
divisa deste com o Bairro Domingos Acácio. A tendência, porém, do matagal que
muito ajuda na respiração de Santana, o matagal da barreira, possui um futuro
incerto. O povo mora em qualquer lugar e não se pode descartar essa possibilidade
nem nas partes mais íngremes que margeiam o rio. De qualquer maneira, fica o
registro para as mudanças do futuro e o cenário da atualidade.
Santana, progresso e
porvir.
(FOTO: B. CHAGAS).
LAMPIÃO ENJEITOU Clerisvaldo B, Chagas, 8 de setembro de 2021 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica:2.583 Quando em 1926 corre...
LAMPIÃO
ENJEITOU
Clerisvaldo
B, Chagas, 8 de setembro de 2021
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:2.583
O prefeito Benedito
Melo estava em crise asmática, mas homens resolutos se uniram para escavacar
rifles e voluntários pela cidade, entre eles o próprio padre Bulhões, Ormindo
Barros, Joel Marques e Firmino Rocha.
Nunca se pensou que tivesse tantas armas amofambadas em Santana do
Ipanema, diz o escritor Valdemar Lima. Reunindo soldados do quartel, recrutas
do Tiro de Guerra e alguns civis, a resistência fez barricada com fardos de
algodão na Rua da Poeira, hoje Rua Delmiro Gouveia e Manoel Medeiros. Mas havia
outros grupos em lugares também estratégicos na entrada oeste de Santana. Mês
de inverno, muito frio e, os homens heróis nas barricadas passaram a noite
inteira aguardando a invasão do bandido.
O novo dia de inverno
amanheceu primaveril e nada de Lampião. A fome apertava nas barricadas e foi
autorizada a saída de alguns voluntários para à compra de massas numa padaria
próxima. Lampião enjeitara a invasão a terra de Santa Ana. Preferiu agir ao
longe na zona rural, pegando pessoas indefesas na sanha demoníaca. Depois de
vários assaltos nos sítios da região, guiado pelo cangaceiro santanense Gato
Bravo, comandou sua caterva em direção à vila de Olho d’Água das Flores que foi
invadida por 24 horas. Vale salientar que em Santana do Ipanema ainda não tinha
o Batalhão de Polícia de combate ao banditismo que só chegou em 1936 e vingou
as atrocidades do chefe cangaceiro pondo fim na sua vida criminosa em 1938.
Baseado no livro
Lampião em Alagoas.
RUA DA POEIRA (MANOEL
MEDEIRO, ATUAL) (FOTO: B. CHAGAS).

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.