SOBRE MIM

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.
ATACAMA Clerisvaldo B. Chagas, 12 de dezembro de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.812 Vamos fugindo do Bras...
ATACAMA
Clerisvaldo
B. Chagas, 12 de dezembro de 2022
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.812
Vamos
fugindo do Brasil para o Chile e caminhar no deserto de Atacama, o deserto mais
seco e mais alto do mundo. Tem o formado comprido norte-sul e possui cerca de
1.000 km de extensão, chegando até a fronteira com o Peru. Raramente chove no
Atacama porque as correntes marinhas frias do oceano Pacífico, impedem que a
umidade das nuvens chegue até a altura do deserto, fazendo com que a precipitação
ocorra ainda próximo ao próprio oceano. A maior parte do deserto é composta por
terreno pedregoso, lagos de sal (salinas) e areia Sua temperatura varia entre
zero grau (noite) e 40 graus (dia).
Existem
poucas vilas e cidades no deserto, uma delas, bastante conhecida, é São Pedro
de Atacama, e que tem pouco mais de 5.000 habitantes. Está situada a 2.400
metros de altitude. Ali chega mochileiros, fotógrafos, astrônomos, cientistas,
pesquisadores, motociclistas e aventureiros. Possui vida noturna e agitada com
seus bares e restaurantes.
O
Atacama produz lítio e cobre, ambos importantes para a indústria mundial
moderna.
Quanto
a sua flora, podemos encontrar árvores de pequeno porte como a pimienta e o
algarrobo; arbustos como chanhar e plantas anhanhuca e a brea, nos vales e nas
precordilheiras e cactos nas serras, principalmente.
Os
animais que compõem a fauna daquele deserto são: vizcachas (parecidas com
chinchilas), o condor, o flamenco, o zorro, o puma, a Águila mora. Mas também,
lagartos, cobras, pássaros e mamíferos como o guanaco.
A
beleza que Deus criou acha-se espalhada pelo mundo inteiro, desde as regiões
geladas às absolutamente castigadas pelo Sol. A riqueza também se encontra em
várias formas em todas as regiões do planeta, na terra e no mar, depende da
cobiça humana e das tecnologias de exploração. Veja como exemplo a nossa
própria região sertaneja quando nos longos períodos de secas, o subsolo de rios
e riachos secos alimentaram a população com a água salobra das suas entranhas.
O
plano natural do planeta Terra é perfeito, mas depende do conhecimento e da ótica
de quem enxerga.
DESERTO
DE ATACAMA (FOTO: ISPENCER).
OS METAIS Clerisvaldo B. Chagas, 8/9 de dezembro de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.811 Vamos hoje ...
OS
METAIS
Clerisvaldo
B. Chagas, 8/9 de dezembro de 2022
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.811
Vamos hoje mudar o foco Sertão, falarmos sobre
metais e que talvez você goste. Com a revolução industrial ocorrida na segunda
metade do século XVIII, o extrativismo mineral ganhou grande importância,
devido ao consumo cada vez maior de produtos industrializados. Os minerais são
utilizados principalmente na produção de metais e na obtenção de energia.
Dentre os metais mais utilizados no mundo, destacam-se o ferro, o manganês e o
alumínio.
O
ferro, um dos metais mais abundantes da crosta terrestre, é bastante
utilizado nas indústrias siderúrgicas para a fabricação do aço. São
considerados minérios de ferro somente aqueles que possuem mais de a 40% do
conteúdo metálico. Minerais do ferro que se destacam:
Magnetita – com
mais de 70% de teor ferrífero;
Hematita – com
50 a 65 de teor ferrífero;
Limonita – Com
55 de teor ferrífero;
Siderita – com
40 a 50% de teor ferrífero.
São
principais produtores de ferro: União Soviética, estado Unidos, França, Canadá
e a Suécia.
O
manganês também é de grande importância na fabricação do aço. Muito
utilizado na indústria química. Suas jazidas têm destaques na União Soviética,
África do Sul, Brasil e Austrália.
A
bauxita – é o principal minério do alumínio.
Destacam-se
ainda:
O
cobre, o estanho e o níquel.
Cobre,
de grande utilidade na fabricação de cabos e fios, devido a sua propriedade de
conduzir calor. É encontrado na crosta terrestre sob forma metálica.
Estanho,
extraído da cassiterita.
Níquel,
utilizado na fabricação de aço inoxidável. Seus principais minérios dividem-se
em três classes: sulfetos, silicatos e arsenietos.
Inúmeras
profissões estão ligadas a esses assuntos, com muitas delas, tão específicas
que o conhecimento comum nunca ouviu falar. Estão engajadas na Geologia,
Geografia, Química, Metalurgia e outras afins que a curiosidade da vida revela.
CACIMBAS DO IPANEMA Clerisvaldo B. Chagas, 7 de dezembro de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.810 Não é ques...
CACIMBAS
DO IPANEMA
Clerisvaldo
B. Chagas, 7 de dezembro de 2022
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.810
Não
é questão de saudosismo, mas sim, de detalhes da história santanense. A foto
apresentada, raríssima dos tempos em que Santana era abastecida de água por
profissionais em jumentos, parece só existir com outra parecida, dos anos 60.
Esta foto foi descoberta por nós na página 95 do livro do saudoso geógrafo Ivan
Fernandes Lima, “Geografia de Alagoas”, publicado em 1965. Vamos a descrição:
Vê-se
na fotografia, em primeiro plano, um buraco na areia, na verdade, uma cacimba. Como
a boca é arredondada, supõe-se que ali era usado um tonel cilíndrico sem fundo
para que a água da cacimba aflorasse e não fosse facilmente mexida e aterrada (costume
da época). Vários jumentos e até um cavalo, mais distante, em outra cacimba,
aguardam pela decisão dos botadores d’água. A foto foi tirada na pior hora para
o tal livro: meio-dia em ponto, observe as sombras sob os animais.
O
local é no rio Ipanema no trecho urbano vizinho a antiga estrada que seguia
para Olho d’Água das Flores, região das olarias. Do lado direito da foto vê-se
parte da cidade em galeria, perto do rio. Do lado esquerdo, a fotografia mostra
uma casa à margem do Ipanema, caiada de branco. Pertencia o terreno ao senhor
Marinho Rodrigues, pai do Dr. Clodolfo Rodrigues, primeiro médico santanense a
clinicar na cidade.
No
trecho urbano por onde o rio Ipanema passava, esse era o melhor para se apanhar
água. Havia também no trecho urbano outro lugar muito utilizado pelos botadores
d’água, era mais acima, no largo chamado poço do Juá, cujas cacimbas
funcionavam bem, quando o poço secava.
A
água dependia do lugar onde fosse retirada. Quase sem sal, salobra e excelente.
Acima da barragem, muito acima, existe um sítio banhado pelo Ipanema chamado
Marcela. Pagava-se um preço muito maior por uma carga d’água da Marcela, pois,
além de ser longe da cidade, a água era excelente, sendo das mesmas areias do
rio. A luta diária pelo líquido precioso envolvia toda a população, ricos e
pobres viviam o mesmo drama diário. É certo que havia grandes cisternas em
algumas casas, mas a venda era pouca. E o bom de tudo isso, é que o Ipanema
nunca deixou faltar água para os seus filhos. Os transportes rudes também não
faltavam, pois havia muito mais de cem botadores d’água em jumentos.
Valeu
a foto?

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.