PÃO, AÇÚCAR E FORNALHA Clerisvaldo B. Chagas, 28 de novembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.319   Muita ...

 

PÃO, AÇÚCAR E FORNALHA

Clerisvaldo B. Chagas, 28 de novembro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.319



 

Muita razão tinha meu pai quando nos contava que jamais iria a Pão de Açúcar e nem a Garanhuns. Justificara que quase morrera de tanto calor na cidade ribeirinha e de frio na cidade Pernambucana. Naquela época eu já descobrira que Pão de Açúcar era a terceira cidade mais quente do Brasil, perdendo apenas para Picos, no Piauí, e Patos, na Paraíba. Eis que agora divulgam que a temperatura mais alta do Brasil, acaba de ser registada em Pão de Açúcar, cidade alagoana da margem do São Francisco. Já foi o balneário preferido da população santanense, mas de alguns anos para cá, parece que o fluxo domingueiro de banhistas da nossa cidade para Pão de Açúcar, acabou. O município ribeirinho, porém, possui inúmeras outras atrações fora o rio São Francisco.

Situada em um terraço de montanha, Pão de Açúcar já foi chamada “Jaciobá” (Espelho da Lua). O seu nome deriva de montanhas parecidas com formas de fazer açúcar. Já foi grande porto desenvolvimentista do Sertão alagoano na sua conexão fluvial com a cidade de Penedo. Foi Pão de Açúcar o grande centro dispersor de mercadorias para todo o sertão e, ao mesmo tempo, porto exportador de tudo que o Sertão produzia.  Muitos sertanistas partiram para as terras desconhecidas usando Pão de Açúcar como porta de entrada par expedições exploradoras. Os transportes desses movimentos comerciais eram frotas de carros de boi, tropas de burros e navios. Hoje, a calma das suas avenidas e sua arquitetura oferecem turismo de descanso e lazer que se complementam com paisagens, culinária, artesanato, história do cangaço e história do Brasil, além da sua própria trajetória.

Quando Santana usava canoeiros nas grandes cheias do rio Ipanema, essas canoas eram compradas na cidade de Pão de Açúcar, atividade que cessou em Santana, após a construção da Ponte General Tubino, em 1969. A estátua em homenagem ao jegue e ao botador d’água em praça publica de Santana, foi esculpida por família de escultor daquele núcleo ribeirinho. Pão de Açúcar fica distante de Santana em cerca de 50 quilômetros com  50 minutos de viagem, pela AL- 130 totalmente asfaltada e que passa pela cidade de Olho d’Água das Flores. O seu padroeiro é o Sagrado coração de Jesus.

PÃO DE AÇÚCAR (FOTO: EDVAN FERREIRA/ALAGOAS NANET).

 

  ABANDONO DA HISTÓRIA Clerisvaldo B. Chagas, 27 de novembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.318   Contempl...

 

ABANDONO DA HISTÓRIA

Clerisvaldo B. Chagas, 27 de novembro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.318

 



Contemple a foto deste trabalho. Ela representa uma casa comercial fechada no comércio de Santana do Ipanema. Na minha infância o estabelecimento era a loja de artigos mistos, “Rainha do Sertão”.  do empresário Tibúrcio Soares. O último proprietário antes do fechamento foi do senhor Lourival, conhecido como Lourival Madeira. Como o nome estar dizendo, ali se vendia madeira. Mas, com morte prematura do seu dono, o estabelecimento entrou em lamentável disputa de herança e a casa se encontra fechada e abandonada. O melhor ponto do comércio de Santana. E, para quem não sabe, foi ali o início de Santana do Ipanema com a casa-grande de Martinho Rodrigues Gaia e sua esposa, Ana Teresa, primeira devota de Senhora Santa Ana do futuro município.

Mas o que chama atenção na Cultura Local, é a ausência completa de qualquer marco no edifício que lembre à fundação de Santana. Nem um monumento, nem uma placa, nada, absolutamente nada. O estabelecimento fechado vai de uma rua a outra com varanda traseira para o rio Ipanema, Poço dos Homens, serrotes famosos que circundam a cidade e paisagens atualizadas de bairros formados após a construção de ponte General Batista Tubino. Os transeuntes comuns que por ali trafegam, cotidianamente, não suspeitam de que aquele prédio fechado, aparentemente ao abandono, também fecha a história mais bonita do município santanense. E com aperto no coração pela negligência dos não comprometidos com o que é nosso, arrisco uma foto da feiura do lugar

O estabelecimento a que estamos no referindo é o que tem duas janelas fechadas, no meio da foto. Janelas de primeiro andar construído pelo senhor “Lourival Madeira”.  O outro espaço histórico é a própria Matriz de Senhora Santana, que foi construída no curral de gado do fazendeiro Martinho Rodrigues Gaia, pelo padre Francisco Correia que depois passou o ser o primeiro padre da Igreja de Senhora Santana. Após várias reformas o edifício com torre apresenta-se como belo, eficiente e imorredouro. A reforma mais significativa foi a da década de 40, quando ganhou a torre de 35 metros que perdura até hoje, comandada pelo, então, padre Bulhões. Como ficará o edifício sobre a fundação da cidade?

(FOTO:  B. CHAGAS).

 

 

  JÁ ESTAMOS AVISTANDO Clerisvaldo B. Chagas, 26 de novembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.317   Já estam...

 

JÁ ESTAMOS AVISTANDO

Clerisvaldo B. Chagas, 26 de novembro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.317

 



Já estamos avistando a chegada do Natal, por entre as diversas e diferenciadas flores sertanejas que ornamentam a nossa vegetação.  As Craibeiras, mãe e filha, da antiga escola professora Helena Braga das Chagas, desde o início da primavera que se vestiram de amarelo e deram toque natalino especial para o Bairro São José. Vamos chegando aos últimos dias do mês dos ventos, das trovoadas e do início das louvações ao nosso Mestre Jesus. A quentura abafada que se confunde com o verão puxado, em nada desanima os festejos que se aproximam seja em casa, seja na rua, seja na igreja, seja na praia. E as novidades de móveis novos de novos utensílios, casa bem com maneiras renovadas e cristãs de pensar, de viver, de conviver.

Fomos surpreendidos com a decoração natalina em trecho urbano da BR-316, também chamada Avenida Pancrácio Rocha. As alegorias na posteação central da rodovia, além de acalmar a alma de quem por ali trafega, faz lembrar ao coração que é preciso muito mais amor individual e coletivo para superar os intrincados que a vida nos oferece. As casas comerciais vão fazendo propagandas chatas, bonitas, honestas e mentirosas e os usuários das oportunidades explorados pela ganância, beneficiados pela honestidade, no novo, na oferta, no atrativo  se recolhe no prazer intenso representado pela mágica aproximação da atmosfera natalícia do Homem.

 Foi assim que fomos à incursão pelo comércio de calor extraordinário; Correios, GERE, Hipermercado, Hospital, mirantes, rodoanel, lotéricas e fotos históricas para os anais de escribas.  Mas encerramos o dia com a vitória de oferta/doação de terreno em serrote para o “Horto Santanense do Padre Cícero”, EXPONTANEAMENTE.  Porém, não deu tempo de falar com pessoa abalizada sobre uma estátua do Santo do Nordeste de 20 metros de altura, isso ficou para amanhã, onde esperamos a continuação dos bons ventos em favor da fé e da boa-vontade.  Recebo ligação do sítio rural Camoxinga dos Teodósio (sítio que mais deu depoentes de graças alcançadas) que ainda continua a apoteose e a disputa pelo livro PADRE CÍCERO, 100 MILAGRES NORDESTINOS. Soma tudo e sai um convite para entrevista em canal noticioso e cultural.

AUTOR NO LAJEIRO GRANDE.