A PRACINHA DO AMOR
Clerisvaldo B. Chagas, 16 de dezembro de 2020
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:
2.436
Para a sensibilidade sertaneja
As crianças foram crescendo e arranjando
namorados ali mesmo sob aquela sombra. O motorista conhecido como Adeildo
Transportes, doou a poltrona da sua van para servir de banco na pracinha. Seu
Manoel e Emília batizaram a pracinha como “Pracinha do Amor”. Esse nome ficou
escrito em uma das pedras, juntamente como os nomes das outras crianças que
após os namoros, vieram os casamentos e todas são felizes com seus respectivos
maridos.
O
tempo passou e a rapaziada da rua, começou a brincar na praça com música e uma
bebidinha que nunca perturbou a ninguém.
Atualmente,
nos conta Dona Maria José Lírio que também é zeladora da Igrejinha das Tocaias,
a pracinha está servindo para os idosos que passam por ali para a feira, para
os sítios... Para o posto de Saúde. Param sob as árvores, descansam da
caminhada e sempre encontram no lugar uma garrafa térmica com água fria,
colocada na pracinha, diariamente, por mãos abençoadas, para aliviar os seus
ais de transeuntes e da idade.
Essa
história bateu forte no meu peito e desejei conhecer todas aquelas crianças que
hoje são felizes donas de casa e também a Seu Manoel que ficou cego e voltou a
enxergar após tratamento.
O
bairro Floresta em Santana do Ipanema, balançou meu coração com a história
quase irreal da Pracinha do Amor. Deus derrame bênçãos e mais bênçãos nesses
personagens de ouro da minha terra.
PRACINHA
DO AMOR (CRÉDITO: MARIA JOSÉ LÍRIO).
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