CASARÃO
DO BANCO
Clerisvaldo
B. Chagas, 20/21 de setembro de 2021
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica; 2.588
Aproveitando
a ocasião em que escrevemos a Unidade 3 do livro pertencente à Prefeitura
local, “Santana do Ipanema, Terra da Gente”, ficou circulando na cabeça os
edifícios nossos, patrimônios materiais, inclusive o casarão do banco. Foi um
dos vários edifícios da cidade, construído para o mundo comercial como tantos
outros que ficaram famosos. Muitas dessas construções foram construídas no
tempo de Santana vila, isto é, antes de 1920. Nesse caso específico entra em
foco o prédio do Centro Comercial, vizinho à direita da tão conhecida “Casa o
Ferrageiro”. Suas paredes são tão largas que parecem feitas para ocasião de
guerra. Descobrimos por acaso quem teria construído tão pomposo casarão: o
comerciante Tertuliano Nepomuceno, mas não temos nenhuma outra informação, isto
é, o período exato em que foi construído.
Não
tendo como identificá-lo de outra maneira, nós o chamamos de Casarão do Banco,
porque ali funcionaram várias repartições públicas, inclusive dois bancos. Quem
não se lembra do PRODUBAN, Banco da Produção do Estado de Alagoas, dos tempos
do governo Divaldo Suruagy? Funcionou naquele prédio e era motivo das gozações
do funcionário do Banco do Brasil João Farias que falava: “Banco é do Brasil,
esse é tamborete”. Pois bem, também no casarão, depois, funcionou o Banco do
Brasil, a Exatoria Estadual, a Biblioteca Pública, e inúmeras outras atividades
que honraram a pujança do edifício. Fotografias do Comércio do início dos anos
trinta já registravam a presença do edifício em questão. Vai acompanhando a
evolução da Praça Cel. Manoel Rodrigues da Rocha.
Apesar
da pujança do Casarão do Banco, não chama atenção de ninguém, a não ser do curioso
ou do pesquisador atento. Os transeuntes passam na calçada todos os dias, para
cima e para baixo e nem percebem a sua presença com décadas e décadas de
história para contar. E como o hóspede mais ilustre foi o Banco do Brasil, vale
salientar que este construiu sua sede própria no Bairro do Monumento onde
permanece até a presente data. Lembro ainda do caminhão do senhor Arnóbio
Chagas, despejando pastilhas para revestir sua fachada singular.
Santana
histórica!
Santana
revivendo!
CASARÃO
DO BANCO (FOTO: LIVRO 230, DOMÍNIO PÚBLICO).
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