QUENTURA Clerisvaldo B. Chagas, 1 de dezembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.020   Dezembro vem do latim...

 


QUENTURA

Clerisvaldo B. Chagas, 1 de dezembro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.020

 

Dezembro vem do latim “decem”, do calendário romano que tinha apenas dez meses. Estou escrevendo hoje, último dia (30) de novembro de 2025, para o hoje de 1 de dezembro. Dia quentinho, quentinho e finalizando sem a trovoada que sempre promete. Abro o portão da rua e contemplo mais uma vez o “palácio de Herodes”, os fundos de uma gigante construção no alto, lá do outro lado do rio e que ganhou de mim esse apelido. O céu com seu azul limpo e profundo, recorta os serrotes que circundam a cidade e vamos contemplando o crestado da vegetação das colinas da margem direita do rio. Estar “horrive!, diz a comadre que passa; “é de papocar o cocão”, fala o carreiro; “tá quentinho que faz gosto”, diz o mototaxista, rindo.

A cantiga da perua é em Santana do Ipanema, é no Poço das Trincheiras, é na Maravilha, é em Ouro Branco, Carneiros, Senador e tudo mais quando o assunto é o tempo. Até as Craibeiras ornamentadas, despacharam quase a totalidade das flores amarelas que aguardavam o Natal. A água do Ipanema foi embora, do Capiá, do Traipu, dos Dois Riachos e deixam a nu as pedras lisas e os garranchos insistentes dos leitos. Os pássaros fogem e vêm se  abrigar nas arvoretas urbanas, nos quintais esverdeados e fazem seus ninhos à vista dos habitantes maravilhados. Bem diz o povo, “a desgraça de uns é a felicidade de outros”. Então, ela, a felicidade, deve estar com o vendedor de sorvete, de água de coco, de ar-condicionado e de água mineral.

E deixando ontem o mês de novembro, vamos ver o que nos espera neste dezembro, cujo dia 2, vai nos levar para os 79 anos de amor ao próximo, à Natureza e a Literatura. E por falar em dia 2, temos reunião agendada na CASA DA CULTURA, para formação de grupo numa avalição real para Fundação do PC PARQUE SANTO DO POVO, em um serrote do sítio Poço Salgado. Uma réplica com características próprias do Horto do Juazeiro, em homenagem ao Padre Cícero, feito pelos seus devotos e para todos os devotos e o mundo. Terreno já doado por uma devota e articulação dos próximos passos. A história do PARQUE SANTO, já começou a ser escrita passo a passo. Você gostaria de se agregar a nós?

ENTREVISTA NA RÁDIO CORREIO DO SERTÃO. (FOTO: MARCELLO FAUSTO).

  

  PÃO, AÇÚCAR E FORNALHA Clerisvaldo B. Chagas, 28 de novembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.319   Muita ...

 

PÃO, AÇÚCAR E FORNALHA

Clerisvaldo B. Chagas, 28 de novembro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.319



 

Muita razão tinha meu pai quando nos contava que jamais iria a Pão de Açúcar e nem a Garanhuns. Justificara que quase morrera de tanto calor na cidade ribeirinha e de frio na cidade Pernambucana. Naquela época eu já descobrira que Pão de Açúcar era a terceira cidade mais quente do Brasil, perdendo apenas para Picos, no Piauí, e Patos, na Paraíba. Eis que agora divulgam que a temperatura mais alta do Brasil, acaba de ser registada em Pão de Açúcar, cidade alagoana da margem do São Francisco. Já foi o balneário preferido da população santanense, mas de alguns anos para cá, parece que o fluxo domingueiro de banhistas da nossa cidade para Pão de Açúcar, acabou. O município ribeirinho, porém, possui inúmeras outras atrações fora o rio São Francisco.

Situada em um terraço de montanha, Pão de Açúcar já foi chamada “Jaciobá” (Espelho da Lua). O seu nome deriva de montanhas parecidas com formas de fazer açúcar. Já foi grande porto desenvolvimentista do Sertão alagoano na sua conexão fluvial com a cidade de Penedo. Foi Pão de Açúcar o grande centro dispersor de mercadorias para todo o sertão e, ao mesmo tempo, porto exportador de tudo que o Sertão produzia.  Muitos sertanistas partiram para as terras desconhecidas usando Pão de Açúcar como porta de entrada par expedições exploradoras. Os transportes desses movimentos comerciais eram frotas de carros de boi, tropas de burros e navios. Hoje, a calma das suas avenidas e sua arquitetura oferecem turismo de descanso e lazer que se complementam com paisagens, culinária, artesanato, história do cangaço e história do Brasil, além da sua própria trajetória.

Quando Santana usava canoeiros nas grandes cheias do rio Ipanema, essas canoas eram compradas na cidade de Pão de Açúcar, atividade que cessou em Santana, após a construção da Ponte General Tubino, em 1969. A estátua em homenagem ao jegue e ao botador d’água em praça publica de Santana, foi esculpida por família de escultor daquele núcleo ribeirinho. Pão de Açúcar fica distante de Santana em cerca de 50 quilômetros com  50 minutos de viagem, pela AL- 130 totalmente asfaltada e que passa pela cidade de Olho d’Água das Flores. O seu padroeiro é o Sagrado coração de Jesus.

PÃO DE AÇÚCAR (FOTO: EDVAN FERREIRA/ALAGOAS NANET).

 

  ABANDONO DA HISTÓRIA Clerisvaldo B. Chagas, 27 de novembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.318   Contempl...

 

ABANDONO DA HISTÓRIA

Clerisvaldo B. Chagas, 27 de novembro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.318

 



Contemple a foto deste trabalho. Ela representa uma casa comercial fechada no comércio de Santana do Ipanema. Na minha infância o estabelecimento era a loja de artigos mistos, “Rainha do Sertão”.  do empresário Tibúrcio Soares. O último proprietário antes do fechamento foi do senhor Lourival, conhecido como Lourival Madeira. Como o nome estar dizendo, ali se vendia madeira. Mas, com morte prematura do seu dono, o estabelecimento entrou em lamentável disputa de herança e a casa se encontra fechada e abandonada. O melhor ponto do comércio de Santana. E, para quem não sabe, foi ali o início de Santana do Ipanema com a casa-grande de Martinho Rodrigues Gaia e sua esposa, Ana Teresa, primeira devota de Senhora Santa Ana do futuro município.

Mas o que chama atenção na Cultura Local, é a ausência completa de qualquer marco no edifício que lembre à fundação de Santana. Nem um monumento, nem uma placa, nada, absolutamente nada. O estabelecimento fechado vai de uma rua a outra com varanda traseira para o rio Ipanema, Poço dos Homens, serrotes famosos que circundam a cidade e paisagens atualizadas de bairros formados após a construção de ponte General Batista Tubino. Os transeuntes comuns que por ali trafegam, cotidianamente, não suspeitam de que aquele prédio fechado, aparentemente ao abandono, também fecha a história mais bonita do município santanense. E com aperto no coração pela negligência dos não comprometidos com o que é nosso, arrisco uma foto da feiura do lugar

O estabelecimento a que estamos no referindo é o que tem duas janelas fechadas, no meio da foto. Janelas de primeiro andar construído pelo senhor “Lourival Madeira”.  O outro espaço histórico é a própria Matriz de Senhora Santana, que foi construída no curral de gado do fazendeiro Martinho Rodrigues Gaia, pelo padre Francisco Correia que depois passou o ser o primeiro padre da Igreja de Senhora Santana. Após várias reformas o edifício com torre apresenta-se como belo, eficiente e imorredouro. A reforma mais significativa foi a da década de 40, quando ganhou a torre de 35 metros que perdura até hoje, comandada pelo, então, padre Bulhões. Como ficará o edifício sobre a fundação da cidade?

(FOTO:  B. CHAGAS).

 

 

  JÁ ESTAMOS AVISTANDO Clerisvaldo B. Chagas, 26 de novembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.317   Já estam...

 

JÁ ESTAMOS AVISTANDO

Clerisvaldo B. Chagas, 26 de novembro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.317

 



Já estamos avistando a chegada do Natal, por entre as diversas e diferenciadas flores sertanejas que ornamentam a nossa vegetação.  As Craibeiras, mãe e filha, da antiga escola professora Helena Braga das Chagas, desde o início da primavera que se vestiram de amarelo e deram toque natalino especial para o Bairro São José. Vamos chegando aos últimos dias do mês dos ventos, das trovoadas e do início das louvações ao nosso Mestre Jesus. A quentura abafada que se confunde com o verão puxado, em nada desanima os festejos que se aproximam seja em casa, seja na rua, seja na igreja, seja na praia. E as novidades de móveis novos de novos utensílios, casa bem com maneiras renovadas e cristãs de pensar, de viver, de conviver.

Fomos surpreendidos com a decoração natalina em trecho urbano da BR-316, também chamada Avenida Pancrácio Rocha. As alegorias na posteação central da rodovia, além de acalmar a alma de quem por ali trafega, faz lembrar ao coração que é preciso muito mais amor individual e coletivo para superar os intrincados que a vida nos oferece. As casas comerciais vão fazendo propagandas chatas, bonitas, honestas e mentirosas e os usuários das oportunidades explorados pela ganância, beneficiados pela honestidade, no novo, na oferta, no atrativo  se recolhe no prazer intenso representado pela mágica aproximação da atmosfera natalícia do Homem.

 Foi assim que fomos à incursão pelo comércio de calor extraordinário; Correios, GERE, Hipermercado, Hospital, mirantes, rodoanel, lotéricas e fotos históricas para os anais de escribas.  Mas encerramos o dia com a vitória de oferta/doação de terreno em serrote para o “Horto Santanense do Padre Cícero”, EXPONTANEAMENTE.  Porém, não deu tempo de falar com pessoa abalizada sobre uma estátua do Santo do Nordeste de 20 metros de altura, isso ficou para amanhã, onde esperamos a continuação dos bons ventos em favor da fé e da boa-vontade.  Recebo ligação do sítio rural Camoxinga dos Teodósio (sítio que mais deu depoentes de graças alcançadas) que ainda continua a apoteose e a disputa pelo livro PADRE CÍCERO, 100 MILAGRES NORDESTINOS. Soma tudo e sai um convite para entrevista em canal noticioso e cultural.

AUTOR NO LAJEIRO GRANDE.

  O 24 DO GINÁSIO Clerisvado B. Chagas, 25 de novembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica; 3.316   Eu já tinha vi...

 

O 24 DO GINÁSIO

Clerisvado B. Chagas, 25 de novembro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica; 3.316

 



Eu já tinha vivido algumas experiências no Ginásio Santana, mas ainda não tinha vista um desafio à rigidez da direção. Éramos uma turma de 52 alunos, na maior sala da Escola, a primeira à direita de quem entra no Estabelecimento, com janelas de vidros para à rua. Foi, então, que chegou um aluno novato vindo da zona rural. Rapazinho mais velho e mais comprido do que eu. Tudo bem, tudo normal, mas quando foi na hora da chamada que o professor citou o nome do novato com o número 24, o cabra “deu uma popa” que ecoou em toda a sala silenciosa. Levantou-se e protestou: “O quê? 24? Não aceito não senhor.  Ou muda meu número agora ou vou-me embora desta Escola”.  Não adiantou nenhum tipo de panos quentes, pois o rapaz, criado na moral da roça estava irredutível. O caso foi parar na Diretoria, a escola baixou a cabeça e o número do novato foi mudado.

E a gente passa pela antiga Praça da Bandeira (atualmente Adelson Isaac de Miranda) e ainda pode contemplar a imponência do antigo casarão, completamente conservado. Nome antigo  substituído, mas continuando como escola. O casarão faz parte do trio arquitetônico do Monumento (Bairro do Monumento), com o Tênis Clube Santanense e o antigo Grupo Padre Francisco Correia.  E do trio, somente o Tênis Clube encerrou sua missão social e, segundo comentários, cerrou suas portas, assim como a Associação Atlética Banco do Brasil. A pergunta agora é como serão aproveitados ambos os casarões?

Já existe livro que conta a história de Ginásio Santana, mas nada existe sobre a trajetória da Associação Banco do Brasil e nem do Tênis Clube. Cabe aos intelectuais do Banco a missão de narrar em livro, nascimento, vida e morte do clube que fez parte de uma época de ouro de Santana do Ipanema. E sobre o Tênis clube, de onde sairá os registros das suas peripécias? Seus diretores, seus secretários, poderiam contar do começo ao fim a vida do clube. E se assim não acontecer ficará capenga uma página da história santanense. E o DNER? E o DNOCS? E o padre Bulhões? Páginas preciosas que se tornaram apenas retalhos de narrativas nas bocas de fontes envelhecidas.

TRISTE DE QUEM MORRE E NÃO VAI PARA O CÉU.

 

  VEM JÁ Clerisvaldo B. Chagas, 24 de novembro Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.315   No Longo decorrer do final de ...

 

VEM JÁ

Clerisvaldo B. Chagas, 24 de novembro

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.315

 



No Longo decorrer do final de semana, ainda espero “cair a ficha”, do êxito total da quinta-feira. E assim vou procurara a calma da rua, a secura do rio Ipanema e o céu que chega dói na vista de tanto azul.  Mas a brincadeira aqui no sertão diz que com tantos olhares desmerecidos para o céu, a trovoada anunciada deu às costas e foi embora. Voltou a quentura abafada que desmantela ventilador. E os mosquitos que estavam desaparecidos com a frieza, agora estão achando bom e não deixam em paz as pernas das criaturas, mesmo durante o dia. Se os pestes são ou não da dengue, não sabemos, mas é uma casta muito menor do que o mosquito normal, dificultando assim as mãozadas costumeiras. Eita sertão velho de guerra que quando “não é oito, é oitenta”.

E vamos apreciar de longe, trecho da expansão da cidade que temos a certeza de que você ainda não conhece. É assim que deixo meus olhares tomarem a direção para longe do Lajeiro Grande o subirem a rampa do Bairro Barragem e Clima Bom, pela carreira de nova rua que desce da Bairro Novo, além do hospital, até a BR-316. Uma expansão que comparo somente aquelas periferias de Caruaru e que segundo me contam, já estão funcionando a Faculdades de Direito e de Enfermagem. É o milagre do hospital que atrai inúmeros outros empreendimentos, como a UFAL, o Direito, a Enfermagem, o turismo com a Santa da serra Aguda, com a represa Isnaldo Bulhões, com Igrejinha das Tocaias, com a Reserva Tocaia e agora com o rodoanel ligando AL a BR.

E fico daqui do bairro São José contemplando o pico da serra da Remetedeira que deve ter uma visão deslumbrante para o Oeste da cidade. Nunca fui ali, mas já imagino o lugar como horto dedicado ao padre Cícero com uma bela estátua de 20 de metros altura. Lugar de retiro, descanso e orações. Enquanto isso vamos ocupar os Correios enviando livros para os estados do Ceará, da Paraíba, Do Rio Grande do Norte. Mas, precisamos antes de um abrigo mais agradável contra esse calor abafado de 36 e 38 graus. Não tem como não olhar para o alto e, mesmo sem sinal aparente, vamos desprezar todos os serviços meteorológicos e, sobre a trovoada, afirmar para os botões: vem já!

  MISSÃO CUMPRIDA Clerisvaldo B. Chagas, 22 de novembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.314   Toda a corrid...

 

MISSÃO CUMPRIDA

Clerisvaldo B. Chagas, 22 de novembro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.314



 

Toda a corrida, todo o estresse provocado pela expectativa da estreia do livro PADRE CÍCERO, 100 MILAGRES NORDESTINOS (inéditos), lançado quinta-feira passada no Bairro Lajeiro Grande, em Santana do Ipanema, furou todas as bolhas do preconceito numa simples solenidade, porém apoteótica e céus de felicidade. O Evento teve foguetório, abertura, relatos histórico/religiosos, discursos, testemunhos, entrega de certificado: Ministra de Romaria, Distribuição de livros gratuitos entre os devotos depoentes do livro, missa solene como o padre Marcos, da Paróquia de São Cristóvão e encerramento com benditos do Juazeiro, cantados pela multidão. Até a formação rochosa de lajeiro grande sentiu as emoções profundas de todos nós os devotos do padre Cícero Romão Batista.

A empreitada religiosa de reconhecimento ao padre do Juazeiro, teve início com as coletas espontâneas de graças alcançadas narradas diretamente pelo devoto ou indiretamente através de terceiros, de estudos, de cartas, de email, de mensagens. A coletânea vem desde 2012, enfrentando adversidades até chegar ao pico em 20 de novembro de 2025, com o lançamento dos testemunhos ao mundo. Estamos agradecendo ajudas substanciais, como as da comerciante Cida do padre Cícero, de Cajazeiras Paraíba; de Cida do Poço Salgado; do vereador Robson França; da vereadora Josefa Eliana; da prefeitura através de Cleudson e Jorge Santana; da Diretora de Cultura, Professora Gilcélia Gomes; do editor e jornalista José Malta Neto; radialista Gilmar Dionísio; padre Marcos, da Paróquia de São Cristóvão; sobretudo, do companheiro de jornada, escritor Marcello Fausto;

Agradecemos ainda a todos aqueles que contribuíram direta ou a partir do início do evento indiretamente com o belíssimo espetáculo de lançamento: zeladores da igreja, músicos, trabalhadores braçais, Associação da Comunidade Lajeiro Grande.

O dia estava muito abafado e sujeito à trovoada, mas a partir do início do Evento, o tempo amenizou a temperatura, chegando alguns pingos de chuvas no final da missa, já durante à noite. Portanto, o encerramento foi com benditos e chegada de chuva;

Missão comprida, cumprida.

Viva o padre Cícero e nós!!!

 

 

  ROJÃO Clerisvaldo B. Chagas, 19 de novembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.312   Eita, meu amigo, minha ...

 

ROJÃO

Clerisvaldo B. Chagas, 19 de novembro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.312




 

Eita, meu amigo, minha amiga, tem sido rojão a correria para o lançamento do livro PADRE CÍCERO, 100 MILAGRES NORDESTINOS (INÉDITOS) O movimento não está me deixando mais fazer as crônicas diárias. Inúmeras mensagens ida e volta sobre o Evento, além da intensidade de vendas de livros romances e documentários, acelerados. Após caminhada, lá vou eu, logo cedo, avisar a pessoas depoentes no livro dos milagres, a hora correta do nosso Evento no Lajeiro Grande, em Santana do Ipanema. Corre atrás de foguete, corre atrás de zabumba, corre atrás de som, de cadeiras e muito mais coisas para que o nosso encontro de devotos seja decente. Além disso meus amigos, o Sertão está pegando fogo, se bem que Sertão só presta quente.

Recebo visitas inesperadas de vendedores de livros de Piranhas e vamos abastecendo o comércio livreiro da “cidade presépio”. Mais outra visita para abastecer a cidade de Arapiraca com romances marca B. Chagas. E graça a Deus, também vendendo o último livro do BOI, A BOTA E A BATINA, segunda edição. Salutar é saber do interesse social pelas obras documentários, mas também a busca pelo romance, pelo lazer, pela fantasia bem elaborada que faz um bem danado a alma da gente. Por outro lado, ficando feliz pelos elogios à marca registrada Clerisvaldo B. Chagas, em que os leitores procuram e confessam aos revendedores. A consolidação da marca ganhou espaço nacional e principalmente do Ceará a Sergipe. É só agradecimentos ao Grande Arquiteto do Universo.

Hoje, quarta-feira, estaremos na Rádio Correio do Sertão, com o parceiro literário Marcello Fausto, às dez horas da manhã, concedendo entrevista sobre o Evento do Lajeiro Grande. Queremos convocar os depoentes do livro que será lançado naquele bairro. Além disso, iremos confirmar que outros devotos do padre Cícero poderão se fazer presentes, se quiserem.  Mas desde já, estamos avisando que só haverá livros para os depoentes.  Poderemos, entretanto, realizarmos uma segunda edição para vendas, se houver interesse e nominata comprometida.

Viva o santo nordestino!

 

 

 

 

 

    AS GROTAS Clerisvaldo B. Chagas, 14 de novembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica; 3.311   Em Maceió, não te...

 

 AS GROTAS

Clerisvaldo B. Chagas, 14 de novembro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica; 3.311



 

Em Maceió, não temos o nome FAVELA, temos as GROTAS que são lugares de erosão profunda que formam enormes valas, onde a pobreza construiu as suas moradas. Se no Rio de Janeiro as favelas estão nos morros, em Maceió, a pobreza vive abaixo do solo normal. Geralmente as grotas foram feitas pelos riachos que cortam a cidade. Quem quiser pode dizer voçorocas, vales, cânion, rachaduras gigantes e o povo vivendo ali dentro onde correm as enxurradas, os riachos... Já fotografei ali, para o livro REPENSANDO A GEOGRAFIA DE ALAGOAS (inédito) grota com 80 metros de profundidade, muito bem habitada pelo povo do subsolo. Ainda bem que sucessivos governos vão fazendo melhorias por ali, levando mais dignidade para seus moradores.

No Sertão, grota não é aquela rachadura enorme no solo como em Maceió. Grota no Sertão é lugar, geralmente em pé de montanha, baixo, irregular, normalmente formado por enxurradas de montanha. Grotas são lugares esquisitos que muitas vezes metem medo por serem sombrios, isolados, abrigos para cobras e raposas. Quando essa depressão é mais ampla, é chamada de grotão. Em Santana do Ipanema, por exemplo, encontramos muitos grotões no maciço da zona rural desde o sítio Camoxinga dos Teodósio até grande parte da área do povoado São Félix, em direção ao sítio Pedra Rica. Sendo que os sítios da região de Pedra Rica, sãos planos e arenosos, tudo indica resíduos das antigas montanhas desgastadas, contraforte do planalto de Garanhuns.

Existe, porém, outro termo popular geográfico no Sertão fora   grota e grotão.  Trata-se do nome “Saco”. Saco no litoral é uma enseada, uma baía, uma pequena baía. Saco no Sertão é um amplo terreno baixo com entrada estreita, semelhante à grota ou ao Grotão. Como exemplos temos: 1. Lampião invadiu o Agreste pelo sítio rural Saco do... 2. Mataram Lampião em Sergipe na Grota dos Angicos. 3. Em Santana do Ipanema temos os sítios rurais 2 com nomes de Grotão e 1 com nome Sacão; no Poço das Trincheira: o Saco do Ramalho.

Vamos de Geografia?

GROTA, EM MACEIÓ.

 

 

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  O OURO DO INFERNO Clerisvaldo B. Chagas, 13 de novembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.310   Não estarei...

 

O OURO DO INFERNO

Clerisvaldo B. Chagas, 13 de novembro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.310

 



Não estarei falando do ouro relativo ao meu mais novo romance inédito, AS TRÊS FILHAS DO CORONEL, mas sim, uma lenda ou quase lenda vinda da boca dos mais velhos. Foi em mais uma visita à casa de Seu Manoel Daniel, 84 anos, a mesma fonte do documentário já publicado: SANTANA: REINO DO COURO E DA SOLA. Conta o nosso bom amigo que três camaradas iam de Santana ao povoado São Félix e que na estrada principal havia ou ainda há, uma baraúna de tronco robusto no lugar chamado antigamente de Fazenda de Abílio Pereira. Fica antes da grande ladeira que passa aos pés da serra da Camonga, rumo ao povoado. (conheço a baraúna, conheço a serra, conheço a estrada). Ao passarem pela baraúna os três camaradas ouviram alguém indagando se queriam acompanhá-lo para mostrar-lhes algo.

Subiram a ladeira até o pé da serra e a visagem indicou um bocado de ouro enterrado, dizendo: “esse aqui é o inferno e desapareceu”. Os três camaradas, então, combinaram que um deles voltaria a cidade, para pegar um saco e transportarem a mercadoria. Inclusive, um deles estava bebaço. Os dois que ficaram combinaram matar o comparsa quando este chegasse com o saco. Ficaria assim o ouro só para os dois.  Por sua vez o homem que retornara à cidade, pensava também em eliminar os dois e ficar sozinho com o ouro. E o resultado é que os três se mataram entre eles, a ambição e o inferno. Aqui termina a história, porém, tem várias outras acontecidas no trecho da serra da Camonga.

A serra é famosa e ali habitava família poderosa dos Gonzaga em que um dos membros foi mandatário em Santana por quase duas décadas. Já resgatei em crônicas, história de um dos Gonzaga em raptar uma mulher, na Bahia e ser perseguido por cabroeira e passando pelo rio São Francisco cheio, com a amada e o cavalo nadando de um lado a outro. Fora as lendas da serra e as histórias verdadeiras, tem narrativas de assombrações. Hoje a serra da Camonga é ponto turístico e serve para praticantes de escaladas. Lá de cima oferece um cenário muito bonito das suas imediações. Mas apesar de tudo, nunca subi até o lombo da serra e nem à sua cabeça lendária. Quer mais histórias como esta?

SERRA DA CAMONGA (FOTO: B. CHAGAS).

 

 

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  CHEGOU O PRETINHO Clerisvaldo B. Chagas, 11 de novembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.309   A nossa rua...

 

CHEGOU O PRETINHO

Clerisvaldo B. Chagas, 11 de novembro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.309



 

A nossa rua, no Bairro São José, foi calçada com paralelepípedos na gestão municipal Paulo Ferreira. Não se pode negar os inúmeros benefícios de uma rua que sai da poeira para o calçamento, inclusive, a sua valorização. A princípio, foi formado o Conjunto São João com dezoito casas, dividido em duas ruas, uma com um lado sé, outra com os dois lados. Aluta pelo abastecimento d’água, ainda precário, foi melhorado graças a mobilização particular dos seus moradores, que financiaram uma puxada de encanação do terminal da Rua Manoel Medeiros. Até o presente momento, há mais de trinta anos, a rua ainda é “boa de água” como diz o povo.

E hoje acordamos com um barulho intenso de máquinas no conjunto ganhando asfalto. Agora mesmo, enquanto vestimos essa crônica, os ruídos irritantes do maquinário trazem o eco da rua do Posto de Saúde que também está sendo contemplada, mas não deixamos que perturbem esse trabalho. Embora a nossa rua seja   pequena e vertical ao Posto de Saúde e a do Posto de Saúde não tenha nada relevante, além da própria repartição pública, enorme fatia do Bairro São José se entrelaçam facilitando o acesso às principais para a mobilização urbana como a Avenida Castelo Branco e a BR-316 que corta grande fatia do Bairro da zona Oeste, São José, também saída para o Alto Sertão.

Estamos até fazendo brincadeiras, dizendo que “vamos cobrar pedágio”. Ora! Asfalto hoje é uma coisa tão comum, pode dizer alguém. E de fato é comum mesmo e rotina de muitos, há muito. Mas, meu amigo, minha amiga, para quem estar desprovido do conforto moderno, grande diferença faz. A valorização da rua foi há mais de 30 anos, portanto, quase uma vida completa, mas só agora tivemos outro benefício de peso. É ou não é motivo de alegria e comemoração!  Sabemos sim, que o asfalto da cidade contribui para o aumento do calor e das infiltrações das chuvas adequadamente nos terrenos revestidos, mas tudo faz parte da vida evolutiva. Se somos prejudicados em uma coisa, procuraremos compensar em outras, como já assistimos em soluções de urbanistas.

Esta primeira noite de asfalto na minha rua, não irá de maneira nenhuma me dá insônia.

Fica registrado o benefício neste mês de novembro, dia 11. Pronto, Fonte de pesquisa para o futuro.  

ASFALTO CHEGANDO (FOTO: B. CHAGAS).

 

  VAQUEJADA Clerisvaldo B. Chagas, 11 de novembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica; 3.308   Pois é, já estamos ...

 

VAQUEJADA

Clerisvaldo B. Chagas, 11 de novembro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica; 3.308



 

Pois é, já estamos na segunda semana do mês de novembro e mesmo após um inverno prolongado, o verãozão como se diz por aqui, não está de brincadeira. A vegetação já vai ficando crestada e nessa situação podemos esperar uma trovoada boa como a primeira do ano. É que esse mês que é o mês dos ventos, abre o período de chuvas com raios e trovões e essas possíveis trovoadas, escolhem o mês do agrado: novembro, dezembro, janeiro ou mesmo fevereiro. E quando acontece o fenômeno climático, geralmente é uma vez só entre os meses citados acima. O tempo é muito aguardado para os que gostam de uma boa vaquejada, porque o mato fica ideal para o esporte de cabra macho. Prêmios, apostas, coragem e habilidades abalam o Sertão Velho de meu Deus.

O céu é sempre belíssimo com este azul claro e pequeníssimas gazes de nuvens, parecendo céu de praia. Imaginemos a felicidade na zona rural sertaneja dos que habitam as margens do Canal do Sertão, nesse período. O carro-pipa tradicional deixou de circular em inúmeras comunidades que abraçam o Canal. Fartura, fartura, fartura na terra. Parceria da boa-vontade entre Deus e os homens. E a tela sertaneja muda constantemente de cores, mas o paraíso continua no inverno, no verão, na primavera. Aproxima-se rapidamente o final do ano e os vegetais filhos da quentura enfeitam-se das mais belas flores e oferecem no meio do cinza queimado, o colorido que inspira pintores, poetas, escritores e aves que voam no divino espaço ruralista.

As paisagens vão mudando mais continuam belas com as estradas recentes, que vão se especializando no quadro surrealista do cenário sertanejo. Barreiros, açudes, montanhas, currais, rios temporários na face dupla de asfalto e terra. E os olhados constantes para os céus, desviados do horizonte multicor, parecem implorar mais cenário, mais paisagens, mais fôlegos, mais inspiração para os apreciadores da rotina, do inesperado, do inédito, dos deslumbrantes que ornam a vida de quem aprendeu a viver. Entrevejo o Natal por trás de facheiros, mandacarus, favelas e alastrados.

Sertão suspira fim de ano.

Sertão suspira dever cumprido.

Sertão aguarda aniversário de escritor.

SERTÃO.

 

 

  BONDE Clerisvaldo B. Chagas, 10 de novembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.306   Ainda alcancei como cri...

 

BONDE

Clerisvaldo B. Chagas, 10 de novembro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.306

 



Ainda alcancei como criança e adolescente, a mobilidade urbana em Maceió, através de bondes. Década de 50, quando estava acontecendo movimentos literários em efervecência. Escritores que se tornaram nomes nacionais, de Alagoas e de outros estados nordestinos. Mas, devido a idade, eu ainda não sabia, nem entendia essas coisas. Entretanto, os olhos estavam sempre ligados na paisagem urbana da nossa capital. O bonde era eficiente, barato e romântico e que tanto levava e trazia trabalhadores, quanto pessoas a passeios. Os homens ainda se comportavam em seus trajes, como em Santana do Ipanema vila com a elegância de ternos brancos de linho e chapéus Panamá. Era uma capital bonita, ingênua e querendo progredir.

Os boêmios elegantes, preferiam ficar em pé segurando na estrutura do bonde, ao invés dos bancos. Talvez para aparecerem mais atraentes para às mocinhas da época. O ponto de parada na Praça Deodoro, coincidia com o encontro da elite masculina e feminina que frequentava o Centro. Outras atrações sempre estavam em evidência como a praia da Avenida, o “Gogó da Ema”, os faróis do Alto da Jacutinga, o teatro e o cheirinho da cidade repleto de mangas, fruta-pão e abacates nos quintais. O acesso a Maceió quase sempre era pelo trem de Palmeira dos Índios, que partia madrugada para a capital através de Quebrangulo e Viçosa. De Santana a Palmeira usava-se boleias de caminhões ou automóveis de praça. De Palmeira a Maceió, estrada de terra.

Mas é bom lembrar aos nossos jovens leitores, que antes do trem de Palmeira dos índios, o acesso à Maceió, era a cavalo de Santana a Viçosa e de trem de Viçosa Maceió. E se quer saber antes disso como se chegava a capital, era indo para Pão de Açúcar, embarcava em navio até Penedo e de Penedo a Maceió, em outro navio próprio do mar. Você pode citar o ditado do povo para aquela época: Ê, rapadura é doce, mas não é mole não. A propósito, quando o trem de Viçosa e depois de Palmeira dos Índios, entrava e saía de Maceió, era pelo Bairro de Bebedouro, que era o bairro de grandes festas da capital e dos ricaços elitistas. Nada de saudosismo, mas sem lembrança do passado o sujeito é um desmemoriado.

PRAÇA DEODORO, ATUALMENTE. (FOTO: B. CHAGAS).

  EDUCAÇÃO Clerisvaldo b. Chagas, 7 de novembro de 2025 Escritor símbolo do Sertão alagoano Crônica: 3.305   Mais uma vez me senti...

 

EDUCAÇÃO

Clerisvaldo b. Chagas, 7 de novembro de 2025

Escritor símbolo do Sertão alagoano

Crônica: 3.305

 



Mais uma vez me senti honrado em conceder entrevista sobre a Educação em Santana do Ipanema, especificamente sobre a professora Helena Braga das Chagas, minha mãe. Temos como a primeira escola do município, a pertencente ao coronel Enéas Araújo e sua esposa Maria Joaquina, ainda no tempo de Santana/vila, em 1906. Esta escola durou até o ano de 2016, com morte do coronel. Daí em diante temos as escolinhas da década de 1020. Eram escolinhas perto do rio e sem banheiros. Foram dessa época as chamadas escola de Dona Zefinha, escola de dona Ernestina, escola de Zé Limeira e escolinha de dona Adélia Guimarães. Todas eram públicas. Josefa Leite ensinava as meninas, dona Adélia Guimarães, ensinava aos meninos e Zezinho Limeira ensinava aos meninos mais velhos de dona Adélia. Ernestina Wanderley ensinava as meninas.

Apareceram mais algumas escolas em Santana do Ipanema que estão todas em ordem cronológica no livro O BOI, A BOTA E A BATINA; HISTÓRIA COMPLETA DE SANTANA DO IPANEMA. É a bíblia da nossa história. Mas a professora Helena Braga das Chagas, só foi chegar a nossa terra em 1942, como Normalista formada em Maceió e de lá proveniente. Quando Helena Braga, veio lecionar em Santana, o Grupo Escolar Padre Francisco correia havia sido fundado em 1938. Algumas colegas que vieram com Helena, ficaram hospedadas na casa de dona Clemência Queirós onde também estava hospedado o coronel Lucena o comandante do Batalhão de Polícia que pôs fim a Lampião.

Helena Braga, a professora, casou-se com o comerciante santanense, Manoel Celestino das Chagas, constituiu família e toda o seu período no Magistério foi lecionando no Grupo Escolar Padre Francisco Correia, no qual também foi diretora. Estão na foto abaixo, as colegas do grupo que não forma nomeadas, porém, se houver algum interesse, publicaremos os nomes de todas elas. Helena Braga é a última da direita, sentada. Helena era profundamente religiosa e chamada na região em que morava de MÃE DA POBREZA. Pertencia a Irmandade do Sagrado Coração de Jesus e era devota de Santo Antônio (faleceu no seu dia). Não perdia missas aos domingos e sua passagem foi causa por enfisema pulmonar. Era diabética e teve 10 filho vivos 5 homens, 5 mulheres.

SAUDADE!...

  ESTAR CHEGANDO Clerisvaldo B. Chagas, 3 de novembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.305 , Estar se aproxi...

 

ESTAR CHEGANDO

Clerisvaldo B. Chagas, 3 de novembro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.305

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Estar se aproximando o dia de lançamento do livro documentário, PADRE CÍCERO, 100 MILAGRES NORDESTINOS (INÉDITOS).  O livro será lançado no Bairro Lajeiro Grande, na antiga igrejinha do padre Cícero no topo do lajeiro que deu origem ao nome do bairro. A igrejinha foi motivo de promessa e o bairro formou-se graças a igrejinha. Esta semana será definido o horário do evento Encontro dos Romeiros Depoentes dos milagres escritos no livro. Na ocasião do encontro, haverá missa, falatório, depoimentos, certificado para a Ministra dos Romeiros, foguetório e zabumba caracterizando um encontro 100% nordestino. Na ocasião serão distribuídos livros gratuitos aos seus depoentes devidamente registrados.

Não haverá livros à venda, pois essa tiragem foi exclusiva para os cem depoentes dos milagres, porém, a solenidade em homenagem ao padre Cícero Romão Batista, será aberta a todos os devotos e romeiros que quiserem participar. O primeiro exemplar especial, entretanto, já foi enviado ao bispo do Crato, que movimenta a burocracia da Igreja para tornar o padre Cícero SANTO, devidamente canonizado, junto ao Vaticano. (Interrompo essa crônica para dizer que acabo de receber telefonema do Crato, de entrega do livro ao Bispo).  A missão está sendo cumprida numa homenagem e reconhecimento as bondades de Deus.

Mas, queremos dizer também que após o lançamento do livro sobre o padre Cícero, começarão novas batalhas para impressões e publicações de outros livros como: MARIA BONITA, A DEUSA DAS CAATINGAS (clássico); BARRA DO IPANEMA, UM POVOADO ALAGOANO; AREIA GROSSA (romance social de época) AS FILHAS DO CORONEL (romance do ciclo do cangaço) e REPENSANDO A GEOGRAFIA DE ALAGOAS. Portanto, aguardemos o próximo dia 20 no Lajeiro Grande.

Precisa-se apoio forte.

MOMENTO DA ENTREGA DO LIVRO AO BISPO DO CRATO EM TEMPO REAL (MARCELLO FAUSTO E IRAN SIQUEIRA).