LARANJA AZEDA Clerisvaldo B. Chagas, 6 de março de 2012 Aguarde o dia 23                     Tive satisfação de visitar parte das obr...

LARANJA AZEDA

LARANJA AZEDA
Clerisvaldo B. Chagas, 6 de março de 2012
Aguarde o dia 23
         
          Tive satisfação de visitar parte das obras que estão sendo trabalhadas em Maceió. As avenidas que estão sendo construídas para desafogar o trânsito na capital chamam a atenção pela pujança e beleza que se vão delineando. Falam os operários que as obras estão em fase de conclusão e que serão abertas ao tráfego ainda este mês. São elas as Avenidas Márcio Canuto e Pierre Chalita. A Avenida Jornalista Márcio Canuto interligará o bairro do Farol, através da Avenida Rotary ao Barro Duro. Dá gosto contemplar a obra que tem três quilômetros de extensão e mais de dez metros de largura com passeios, jardins laterais e uma ciclovia com três metros de largura. Já as obras da Avenida Pierre Chalita, também não ficam atrás. A Avenida será a ligação entre o Conjunto José Tenório, na Serraria, às imediações da loja Hiper Comercial com outra ligação pelo Sítio Jorge, aliviando assim o trânsito pela Via Expressa. Em breve o maceioense estará aplaudindo as inaugurações importantes e dignas de louvor que transformará em beleza aqueles trechos. Não somente o tráfego ganhará com isso, mas a possibilidade de novas habitações em lugares que atualmente ainda são extensos matagais, principalmente na segunda avenida.
          De fato dá gosto e muita satisfação ao povo obras relevantes em construções pela cidade. Avenidas, corredores, pontes, viadutos, ruas, praças, aterros vão marcando claramente a administração de qualquer gestor bem intencionado. Nada mais bonito do que as máquinas trabalhando incessantemente em cima do imposto pago pelo contribuinte que sonha com as melhorias para o lugar onde reside. Essa prática do trabalho com máquinas foi banida há muito, em inúmeros municípios que trocaram o barulho dos tratores por mãos ágeis e bolsos fundos. Centenas de municípios formaram suas vilas e cidades para o trânsito do carro de boi. Chegou o progresso trazendo milhões de veículos motorizados que invadem ruas, congestionam o trânsito e fazem raiva à população impotente sob a égide de governantes preguiçosos que não movem uma pá de terra em benefício de nada. São os laranjas azedas e sortudos que chegam ao poder ninguém sabe como e ali permanecem no balanço eterno onde armam a rede da letargia. Ah, mundo velho sem porteiras!
          Voltando a Maceió, também será construído, segundo os políticos, o viaduto diante da Polícia Rodoviária Federal, no Tabuleiro dos Martins, lugar de trânsito perigoso e violento. Seja quem for o dirigente, José, Maria ou João, faz gosto aplaudir um gestor voltado ao trabalho firme e profícuo em qualquer parte do país e do mundo. Mas o gesto popular de estalo de banana, ainda é muito pouco para o espírito doente do LARANJA AZEDA.
















FARC JÁ ERA Clerisvaldo B. Chagas, 5 de março de 2012   AGUARDE O DIA 23           Falamos outro dia sobre o romantismo e ações perdida...

FARC JÁ ERA
Clerisvaldo B. Chagas, 5 de março de 2012

 AGUARDE O DIA 23

          Falamos outro dia sobre o romantismo e ações perdidas das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Trabalhando com uma linha de pensamento arcaica, caindo aos pedaços, atuam os chamados guerrilheiros, com a mesma característica fora de moda, de Chávez, Fidel e outros líderes bestas de nariz dentro da boca, que querem viver ainda os movimentos do século XIX e início do século XX. O tempo vai passando, passando, e as atuações nefandas e antipáticas, não fazem bem nenhum a um mundo geral que não quer ver sacos fazendo papel de malas. A América Latina já possui problemas demais que são combatidos todos os dias, muitos com esforço hercúleo, tentando furar o bloqueio do subdesenvolvimento. Se a boca do fuzil agrada a um ou a outro dirigente latino que não sabe ainda o que faz no poder, não consegue ser simpático a ninguém do chamado mundo civilizado, esse movimento. Eles mesmo vão vendo que essa luta besta e inglória, não passa dos livros de vovô. Os que estão na selva, estão apenas perdendo a juventude, angustiando seus familiares e a si próprios.
          Agora, vendo que essas ações estão caindo aos pedaços como os carros cubanos, começam a surgir diversos sinais da exaustão. “O líder máximo das Farc, Rodrigues Londoño Echeverri, afirmou neste domingo que ‘vale a pena lutar’ pela paz em seu país e ressaltou seu compromisso com o fim da prática de sequestro. Para que outros militares e policiais não continuem morrendo, sendo feridos ou transformados em prisioneiros, acreditamos que vale a pena tentar quebrar esse círculo maldito e lutar pela reconciliação e a paz”, indicou o chefe rebelde.
          Uma declaração aqui outra acolá, o futuro sem futuro, vai enxergando que bala na selva não leva a nada. A falta de apoio de países vizinhos simpáticos ao movimento, mas apertados por outros e pela opinião mundial, faz com que o isolamento da guerrilha vá perdendo força como um rio que seca com o tempo. Pelas declarações do novo líder do mato, está difícil agora até uma reconciliação. Existe tempo para tudo e, pelo que vimos, o tempo do “pegar ou largar” já passou. Vamos aguardar um pouco para entender com vai terminar uma revolução vencida. FARC JÁ ERA.




  












O AMARGO DO AÇÚCAR Clerisvaldo B. Chagas, 2 de março de 2012 Aguarde o dia 23           O tempo continua sua marcha inexorável para fren...

O AMARGO DO AÇÚCAR

O AMARGO DO AÇÚCAR
Clerisvaldo B. Chagas, 2 de março de 2012

Aguarde o dia 23

          O tempo continua sua marcha inexorável para frente, Alagoas insiste em notícias para trás. É cada coisa que aparece na mídia que o alagoano baixa a cabeça envergonhado. Quando sai alguma coisa boa na imprensa parece até um favor que alguém quer fazer para agradar, para amenizar um pouco as situações vexatórias que não nos abandonam. Recentemente foi divulgado como chacota para o Brasil inteiro que um preso acusado de crimes graves, usando tornozeleira, iria assumir uma delegacia como delegado. O ridículo da Justiça estadual foi alvo de gozação dentro e fora do território, com piadas as mais grosseiras possíveis. Essa, entretanto, não foi notícia isolada, pois continuamos a fabricar o absurdo do cotidiano em todas as esferas sociais. Agora é a vez da incoerência em forma diferente. Um grande monumento orgulho de Alagoas e da nossa medicina, o Hospital dos Usineiros, conhecido também como o Hospital do Açúcar, vive uma situação de pobreza e miséria que faz baixar a crista até do galo da madrugada.
          O que se estampa nos jornais sobre a situação dos corredores daquela unidade hospitalar é muito mais para se pensar em Justiça. Quatro meses sem pagar aos seus funcionários, lixo proliferando pondo em riscos a vida de todos e a falta de informações, perguntam insistentemente o que foi que aconteceu com o Gigante do Açúcar. Como é que um império orgulhoso e titã chega a esse ponto? Para completar o quadro da Saúde, as denúncias constantes do povo sobre o Hospital Regional Dr. Clodolfo Rodrigues, em Santana do Ipanema, exigem uma investigação profunda de cunho federal. Não é possível ficar a responsabilidade apenas para autoridades que não têm compromisso nenhum com o povo e com a verdade, que uma hora denuncia, na hora seguinte aplaude conforme a conveniência política. O erro, se existir, deverá ser investigado e os possíveis agentes, punidos com os rigores da lei. Enquanto isso a plebe vai denunciando na Imprensa local uma situação que não aflora porque é barrada com os descompromissos daqueles que deveriam fiscalizar os órgãos públicos manobrados pelos freios de boca. Uma VERGONHA!
          Voltando a situação de Maceió, ficamos besta! Em Santana o puxa-saquismo espontâneo ou forçado não vem de agora. Na capital, parece haver um véu de ferro diante da verdade. O povo quer saber das coisas, principalmente sobre o dinheiro público empregado em cada obra governamental. Lamentamos profundamente o que está acontecendo em Santana do Ipanema com o Hospital motivo de escândalos e, em Maceió, a quebradeira que adia o pão dos funcionários, retirando o doce do emprego e fabricando O AMARGO DO AÇÚCAR.