DR. ARSÊNIO MOREIRA Clerisvaldo B. Chagas, 27 de fevereiro de 2013. Crônica Nº 971 Passa dos quarenta anos a inauguração do Hos...

DR. ARSÊNIO MOREIRA


DR. ARSÊNIO MOREIRA
Clerisvaldo B. Chagas, 27 de fevereiro de 2013.
Crônica Nº 971

Passa dos quarenta anos a inauguração do Hospital Dr. Arsênio Moreira. Numa época de luta pelos grandes empreendimentos da cidade, o primeiro hospital de Santana do Ipanema, Alagoas, foi uma verdadeira vitória dos combates populares. Era o dia 16 de janeiro de 1971, quando na chã central do Bairro Camoxinga, gestão municipal Henaldo Bulhões, foi inaugurado o hospital que daria um novo alento a “Rainha do Sertão”. A partir daí teve início uma era de prosperidade com uma série de outras repartições públicas estaduais e federais que fizeram Santana crescer. Antes, os doentes que exigiam cuidados especiais eram enviados a Pão de Açúcar, Palmeira dos Índios e Maceió. Com o hospital na cidade, o Sertão inteiro passou a utilizá-lo e sua atuação foi motivo de orgulho para o povo santanense.
Como justa homenagem, a unidade recebeu o título de Hospital Dr. Arsênio Moreira. O Dr. Arsênio, originário da Bahia, foi o primeiro médico de fora a residir na cidade. Trabalhava o doutor em Mata Grande, quando foi convidado pelo major José Lucena de Albuquerque Maranhão, para fazer parte das tropas que combatiam os cangaceiros com sede em Santana. Engajado no 2º Batalhão, o Dr. Arsênio Moreira, esteve em Angicos, quando da morte de Lampião e examinou um frasco de veneno conduzido pelo bandido. Encerrada a campanha das forças policiais volantes, Arsênio, então, passou a atender a população civil e, durante muitos anos serviu à cidade carente de médicos. Todas as referências a seu respeito foram sempre as melhores possíveis saídas de todas as camadas sociais.
Recentemente, com o novo hospital regional construído no Bairro Floresta e que leva o nome de Dr. Clodolfo Rodrigues de Melo, ficou a antiga unidade ao abandono desde a gestão municipal passada. Não se sabe ainda o que as autoridades irão fazer com o prédio gigante do centro do Bairro Camoxinga que está se transformando em presepada. Qual será o destino do “DR. ARSÊNIO MOREIRA”?.

DORMIR...DORMIR Clerisvaldo B. Chagas, 26 de fevereiro de 2013. Crônica Nº 970 Zeppelin  sobre Santana do Ipanema, 1930.  " ...

DORMIR... DORMIR


DORMIR...DORMIR
Clerisvaldo B. Chagas, 26 de fevereiro de 2013.
Crônica Nº 970

Zeppelin  sobre Santana do Ipanema, 1930.  "As novas são as velhas".
A Imprensa precisa de alimento e nada melhor de que as grandes notícias ou os grandes escândalos para oferecer ao mundo. Sem furacão por perto, o tema obrigatório passou a ser a doença do venezuelano presidente. Puxa para lá, puxa para cá, a ilha de Fidel vai saindo noticiários afora. Como o assunto envelheceu, a renúncia do Papa tornou-se prato gordo para os que querem saber das coisas. Batido e pilado o tema religioso, surge o osso boliviano da morte de um menor pela torcida corintiana. Isso aí, também, camarada, pode partir para longas e insistentes reportagens porque, além de ser assunto de esporte, é questão com país vizinho. E vai ficando a lenga-lenga que se prolonga indefinidamente. Enquanto isso, ocupada com os picos do momento, fatos menores vão surgindo em pequenos espaços da mídia até os primeiros sinais de cansaço dos maiores. O caso da médica que matava seus pacientes no hospital evangélico de Curitiba, surgiu como escândalo supimpa, depois diminuiu a intensidade bombástica e parece que tenta retornar com seus desdobramentos.
E a lavagem da bandeira nacional no caso do novo presidente do Senado, como é que fica.  E o milhão de assinaturas pedindo a renúncia do “imaculado” Renan vai bater forte na imprensa ou vai ficar em segundo ou terceiro plano, como osso pequeno e desprezível?! Como os corruptos torcem por outras gigantes notícias, dia santo, feriado e final de semana, quando encurtam os crivos da mídia contra eles!
Em Alagoas, a transferência do governo estadual para o Sertão, durante uma semana, não têm, aparentemente, grandes impactos. Medidas de sempre, decisões de sempre e algumas propagandas oficiais que não entusiasmam em nada a população. É apenas o início do cata voto para as próximas eleições. E como dizia um velho e pessimista sertanejo, professor de História, “as novas são as velhas, neste sertão pelado de meu Deus”. Humm... Tem hora também do tempo enjoativo. Início de quaresma é início de mosqueiro, quem sabe, atraído pelas virtudes. Será que após os escândalos não chega à vez do sonho e da fantasia? Ah! Parece que ainda estamos vivenciando a inolvidável ressaca de Carnaval. O que é que os jornais estão dizendo mesmo? Dormir... Dormir.

PROBLEMAS NO COMPUTADOR IMPEDIRAM NOSSAS CRÔNICAS DE QUARTA, QUINTA E SEXTA. PÉ DE OURO Clerisvaldo B. Chagas, 25 de fevereiro de 20...

PÉ DE OURO


PROBLEMAS NO COMPUTADOR IMPEDIRAM NOSSAS CRÔNICAS DE QUARTA, QUINTA E SEXTA.

PÉ DE OURO
Clerisvaldo B. Chagas, 25 de fevereiro de 2013.
Crônica Nº 969

Sem nunca mais ter ido à Igreja, recebo dois convites de casamento, na região de Arapiraca. Ao primeiro não pude comparecer, mas ao segundo, voltei a pisar em solo sagrado com o enlace do jovem Dr. Elton Correia Alves e a senhorita, terapeuta, Juçara Ferreira da Silva. Motivo forte para rever a região agrestina, registrei ali o calor do Sertão e as reclamações dos moradores. Com a Igreja repleta constatamos a tradição católica e o requinte de uma cerimônia inesquecível. Após assinaturas e sessão de fotos, fomos ao “Alevinus Club” onde o anexo do casório cortou a noite até o amanhecer. Ao som de duas bandas, entre elas, “A Marca do Tempo”, os convidados se extasiaram com o esmero que encantava à noite. Minha atenção foi atraída para um casal, ele de meia idade e ela uma trintona que deu um espetáculo à parte, de vigor, classe e habilidade no jogo das canelas. Que mulher do pé ligeiro! Eu que nunca tentei aprender a dançar, compadre, vi o quanto perdi na vida. Depois outros casais mais jovens e mocinhas se contorceram na pista, mas não tinha mais graça. A trintona continuou no comando.
Dia seguinte, fomos ali a certa mansão da família da noiva, almoçar, comer buchada e churrasco de carneiro. Não um carneiro qualquer. Mas um ovino criado com ração especial, inclusive leite condensado. Leite condensado mesmo não, diria a piada do Joãozinho, mas que o senhor Adaízo, dono do quadrúpede, caprichou na dieta do bicho caprichou! E para quem estava longe desses burilados nordestinos, voltar à ativa é quase sempre uma tentação.
Tirei a ferrugem religiosa, festeira e “buchadeira”, porém, bem que gostaria de novamente apreciar aquele gingado brejeiro da mulher do PÉ DE OURO.