SEMÁFOROS, PELO AMOR DE DEUS! Clerisvaldo B. Chagas, 2 de setembro de 2014 Crônica nº 1.252 O trabalho sobre o trânsito feito u...

SEMÁFOROS, PELO AMOR DE DEUS!



SEMÁFOROS, PELO AMOR DE DEUS!
Clerisvaldo B. Chagas, 2 de setembro de 2014
Crônica nº 1.252

O trabalho sobre o trânsito feito ultimamente em Santana do Ipanema mereceu elogios, tanto de condutores quanto de pedestres. É impressionante como o trânsito da cidade alcançou essa dimensão motivada pelo poder aquisitivo dos trabalhadores. A “Capital do Sertão” recebe diariamente vans, ônibus e carros pequenos de mais de 30 municípios do interior, inclusive de estados vizinhos. É Arapiraca no Agreste, Santana do Ipanema no Sertão. Contamos ainda com o segundo lugar em número de motos de todo o interior do estado. Vamos somando a isso os inúmeros transportes de estudantes do próprio município e de outros que procuram os serviços de escolas de todos os níveis, inclusive UFAL, IFAL e UNEAL. O trânsito havia chegado a um ponto que só perdia para a Índia. Felizmente chegou-se a um ponto que até parece mentira em sua disciplina.
O que acontece, porém, com o “pé de burro” que enterraram no cruzamento da Ponte General Batista Tubino, Avenida Barão do Rio Branco e Ponte do Urubu? Não é possível continuar essa mancha grave no trânsito trabalhado e aplaudido. A falta de um semáforo no ponto mais crítico de Santana é uma vergonha. Até parece que um objeto luminoso desse custa o dinheiro todo que se gasta em um hospital de grande porte.
 Levando o caso para os pedestres, não foram resolvidas ainda as duas travessias no Corredor do Aperto da Avenida Barão do Rio Branco, tanto no meio do corredor quanto no início. Não existe nada que facilite a travessia de pedestres que se arriscam perigosamente diante de um fila de carros nos dois sentidos, pior de que a Fernandes Lima, em Maceió.
O cruzamento da Avenida Pancrácio Rocha (BR-316) na altura da ponte sobre o riacho Camoxinga e o acesso ao Complexo Educacional é uma serpente à espreita de vítimas. Gravíssimo lugar de perigo e, finalmente a saída do Bairro Floresta para o acesso a Ponte General Batista Tubino que grita também por um sinal luminoso.
O interessante é que ninguém se mobiliza, nem Imprensa, nem sociedade organizada, nem edis e nem prefeitura.
Ficamos todos apenas aguardando um grito isolado de algum fantasma cavernoso: UM SEMÁFORO, PELO AMOR DE DEUS!



CORISCO, CYRA BRITO E BALA Clerisvaldo B. Chagas, 1º de setembro de 2014 Crônica Nº 1.251 LIVRO LANÇADO EM 2012 (467 PÁGINAS). ...

CORISCO, CYRA BRITO E BALA



CORISCO, CYRA BRITO E BALA
Clerisvaldo B. Chagas, 1º de setembro de 2014
Crônica Nº 1.251
LIVRO LANÇADO EM 2012 (467 PÁGINAS).

CORISCO E DADÁ
Nem sempre o brilho do Sol forte de Piranhas, Alagoas, esquentava o heroísmo. Um delegado de polícia em debandada com seus comandados, mancha com o ridículo/cômico as ruas inclinadas da cidade. Nas águas velozes do “Velho Chico”, o terror de um juiz aciona uma reles canoa numa retirada febril que desonra a toga autoritária.
Lá vem ele, o diabo louro chefiando sua legião com dezesseis demônios. Vão entrando na rua trazendo o rastro incompleto de chacina na trilha do horror: riacho Pau de Arara a Piranhas. Corisco e seus asseclas encontram o primeiro da estrada. E o cidadão Lelinho é logo esquartejado vivo pelo bando. Cem metros adiante o agricultor Antônio Tirana, também é esquartejado a machado. É o raivoso Corisco cometendo os mais horrendos absurdos, apenas porque uma cangaceira fora presa.
Mais a frente, ainda não conformados com a sede de matar, Corisco, Gato e a turba de cangaceiros eliminam uma família completa que nem sabia por que estava morrendo, como os dois cidadãos anteriores.
Avançam no terreno. Dois rapazes são feitos prisioneiros e sangrados, também sem motivos já dentro da rua de Piranhas.
DONA CYRA BRITO.
Gato quer a invasão da urbe para sequestrar dona Cyra, a esposa do tenente João Bezerra ─ o responsável pela captura da sua mulher (dele, Gato) Inacinha.
A cidade não tem um só policial. Mas alguns cidadãos formam uma improvisada resistência e quatro minúsculas frentes se defendem distribuídas pelo cemitério, um sobrado, a prefeitura e a casa de dona Cyra, a esposa de João Bezerra.
Estamos em 1936. A tropa do tenente está a 18 quilômetros da cidade, após capturar Inacinha, em ferrenho tiroteio com o grupo de Gato. Mas Bezerra não retorna logo a Piranhas onde a população e até sua esposa encontram-se em perigo. Enche-se de desculpas esfarrapadas para não enfrentar os bandoleiros. Os habitantes do lugar sentem a fraqueza do volante. Não importa, porém. O que o tenente deixou de fazer, sua esposa fez de sobra.
E dona Cyra Brito, que recebia em casa os feridos da campanha e deles tomava conta, virou heroína do sertão, enfrentando valentemente a Corisco e seus bestiais asseclas, à bala.
GATO E INACINHA.
O tiroteio quadrado de Piranhas eliminou o bandido Gato, amarelou Virgínio, ex-cunhado de Lampião, esquentou o couro de Jacaré e botou para correr o famoso Diabo Louro. As balas mandadas por dona Cyra, bem assobiaram no pé do ouvido de Corisco, furando seus arreios.
Um combate para ninguém botar defeito e o dia em que o Corisco perdeu o fogo.
·         Baseado no livro ”Lampião em Alagoas”. Encontrado na Livraria Toque Mágico, Santana do Ipanema - AL.

ALUNAS DA UFAL ENTREVISTAM ESCRITOR Clerisvaldo B. Chagas, 29 de agosto de 2014. Crônica Nº 1.250 Universitária Elenilda entre...

ALUNAS DA UFAL ENTREVISTAM ESCRITOR



ALUNAS DA UFAL ENTREVISTAM ESCRITOR
Clerisvaldo B. Chagas, 29 de agosto de 2014.
Crônica Nº 1.250

Universitária Elenilda entrevista o escritor Clerisvaldo B. Chagas. Foto: assessoria.
Com a evolução das diversas ciências e as necessidades cada vez maiores dos trabalhadores, elas se foram ramificando e passaram a ser autônomas ou específicas. Assim falamos para diversos universitários sobre a matéria Sociologia, motivo de debate no momento. No estudo moderno a Sociologia complementa outras ciências afins ou é complementada por elas como a Antropologia, Economia, Política e mesmo Geografia e História.
Entrevistado por alunos da UFAL, entre eles Elenilda Vanderlei Pereira, natural da cidade de Carneiros, vamos navegando pelo mar da “agradabilidade” em nosso ambiente de trabalho, até porque entrevistar e ser entrevistado não deixa de ser uma simbiose.
E quando falamos em Sociologia o velho filme da falta de professores para a matéria, continua novo.
A Sociologia que vai ajudar o indivíduo a entender a sociedade em que vive, vem de longe com Augusto Conte (1798-1857) e dele saiu o título, em 1839. Como ciência, foi organizada por Emile Durkheim (1858-1917).
E indagado sobre as dificuldades para ministrar a Sociologia, vamos lembrando a nossa passagem por ela, pela Biologia, a Filosofia, a Arte, a História e o caso de amor eterno com a Geografia.
Não achamos que exista dificuldade para ministrar a disciplina, pois ela é fácil e se encontra em torno de nós. A própria escola já é um material rico para o estudo da Sociologia, com seus funcionários exercendo variadas funções, alunos e professores de diversos lugares e condições sociais diferentes. Talvez seja considerada matéria doce (água com açúcar) e ainda sem o devido reconhecimento.
O professor pode compensar a parte não valorizada ainda, com pesquisa constante, segurança e amor pela disciplina, bem como ser criativo e assim encontrar a chave do sucesso.
Sociologia é como Geografia, na sala de aula é o bicho preguiça, na prática, na rua, no campo, ambas viram leoas.
E vamos trocando ideias online com outros universitários e deslumbrando para Elenilda, a cidade de Carneiros com um potencial enorme para se trabalhar a matéria doce.
No Brasil, naturalmente pela política do não saber o que se quer para a Educação, muitas léguas ainda terão de ser percorridas pela Sociologia para demonstrar o seu inestimável valor.