ESTUDANTES PESQUISAM NO RIO COM OS GUARDIÕES Clerisvaldo B. Chagas, 5 de setembro de 2014. Crônica nº 1.255 FILA INDIANA NA TR...

ESTUDANTES PESQUISAM NO RIO COM OS GUARDIÕES



ESTUDANTES PESQUISAM NO RIO COM OS GUARDIÕES
Clerisvaldo B. Chagas, 5 de setembro de 2014.
Crônica nº 1.255

FILA INDIANA NA TRILHA DE PESQUISA. (Foto: Clerisvaldo).
Atendendo a ofício enviado pela direção da Escola Municipal de Educação Básica São Cristóvão, a AGRIPA procurou atender aquele estabelecimento de Ensino dentro das suas possibilidades. É que estudantes do 5º ano iriam pesquisar o rio Ipanema para elaboração de trabalhos em equipes com a finalidade de apresentações futuras. Vendo que a árvore de conscientização ambiental plantada há um ano com sua fundação em defesa do Rio Ipanema e mais, continua produzindo doces frutos, o presidente em exercício Clerisvaldo Braga das Chagas, consultou os guardiões.
FERREIRINHA DEIXA A PLATEIA ATENTA. (Foto: Clerisvaldo).
Foram designados o próprio presidente, mais os guardiões Ariselmo Melo e José Cícero Ferreira, o Ferreirinha, para acompanharem a comitiva.
Numa curta e gratificante viagem em ônibus escolar, o alunado sob a responsabilidade das professoras Edilene, Jailma, Sílvia Maria e as coordenadoras pedagógicas, Vandete e Josilma e, os três guardiões, o transporte seguiu no meio da tarde ensolarada rumo ao rio periódico Ipanema, no dia de ontem (04). Além de cantos e cantos alegres dos estudantes no ônibus, as trilhas a pé visando atingir o ponto desejado foi motivo de festa.
TODOS QUEREM SABER SOBRE O RIO IPANEMA. (Foto: Clerisvaldo).
Caderno de anotações ao alcance, os alunos perguntavam anotavam, tiravam fotos e recebiam instruções sobre a natureza viva e as ações do homem.
Quando o Sol baixou mais na serra da Remetedeira, as professores recolheram a garotada e todos voltaram às nossas bases com o dever cumprido.
ESCRITOR DISTRIBUI LIVROS GRATUITOS, DA SUA AUTORIA. (Foto: Ariselmo).
E por falar em AGRIPA, o presidente em exercício Clerisvaldo Braga das Chagas, convocou para hoje à tarde, através de EDITAL, uma Assembleia Geral para deliberar sobre a renúncia do seu presidente Sérgio Soares Campos, a formação de nova diretoria e discussão sobre dias das sessões.
O encontro está previsto para logo mais às 17 horas na sede provisória da Associação Guardiões do Rio Ipanema – AGRIPA, à Rua Marechal Castelo Branco S/N, no Bairro São José, em Santana do Ipanema.

































A SEDUTORA CAIXA DE FÓSFOROS Clerisvaldo B. Chagas, 4 de setembro de 2014 Crônica nº 1.254 Sempre percebi um encanto todo esp...

A SEDUTORA CAIXA DE FÓSFOROS



A SEDUTORA CAIXA DE FÓSFOROS
Clerisvaldo B. Chagas, 4 de setembro de 2014
Crônica nº 1.254

Sempre percebi um encanto todo especial na chamada caixa de fósforos. Falo do seu formato pequeno, quase quadrado, sendo bonita até dentro do bolso da camisa. Está certo que a palavra composta era outra beleza para a escrita no papel, mas mesmo com a nova ortografia caixa de fósforos mantém a formosura. É bem verdade que a palavra sem os hifens ficou igual à senhorita sem a flor que usava no cabelo, mas caixa de fósforos é caixa de fósforos, com hifens ou sem hifens.
Nunca fumei e nem pretendo, entretanto, achava o gesto uma verdadeira fantasia quando o cidadão iluminava o cigarro. Era como se um ato mágico estivesse acontecendo no clique do pauzinho na caixa, na chama do pequeno cilindro e nos gestos os mais variados do fumante para apagar o palito de fogo.  Uns faziam um círculo no ar, outros agitavam a mão e outros ainda jogavam o palito ao solo com um fascínio especial em fazê-lo. E como eu apreciava esses gestos que pareciam ensaios teatrais!
Parece que os cangaceiros também gostavam de objetos ou coisas que ostentavam fogo: Lampião, Corisco, Candeeiro, Querosene e até Caixa de Fósforos, na época cangaceiro com hífen.
 Caso o leitor tenha vivido no tempo sem energia elétrica, há de convir como eram bonitos esses objetos que iluminavam as trevas: lampião, candeeiro, artefato popular trabalhado em zinco e com pavio de algodão retorcido. Mas a caixa de fósforos que se tornou tão comum que você não enxerga o it continua sendo olhada por mim com olhar poético, para as cabeças de negros emparelhadas no interior; para o rótulo amarelo implorando leitura; para o seu formato sedutor; para o seu assento em qualquer lugar ou para os seus filhotes em chamas circulando na mão e lançados na mácula da rua.
É longa e bela a história do fósforo como nós o conhecemos. Vem paulatinamente se aperfeiçoando através de centenas de anos até passear no bolso dos homens e nas bolsas das mulheres. Nem mesmo o isqueiro mais tentador conseguiu derrubá-lo.
Meus respeitos amiga e sempre SEDUTORA CAIXA DE FÓSFOROS



AS SANDÁLIAS DE CABECINHA Clerisvaldo B. Chagas, 3 de setembro de 2014 Crônica Nº 1.253 Em Santana do Ipanema, Alagoas, você po...

AS SANDÁLIAS DE CABECINHA



AS SANDÁLIAS DE CABECINHA
Clerisvaldo B. Chagas, 3 de setembro de 2014
Crônica Nº 1.253

Em Santana do Ipanema, Alagoas, você pode chamá-lo Brito, Menininho ou Cabecinha, ele atende do mesmo modo. Homem folclórico que sempre acompanha as caminhadas cíclicas de um grupo santanense. Quando bebe, haja paciência para tolerá-lo. Mas Cabecinha é pacato cidadão e diverte bastante os companheiros das longas caminhadas.
Entre as suas narrat ivas de vantagens e desvantagens, Cabecinha aprendera não sei com quem a arte de sapateiro. Considerava-se então o ás da sola e do couro quando estava na tenda que o caracterizava. Mas, certa feita o tempo não estava para pescaria e Menininho resolveu espiar as nuvens, em busca dos seus caminhos. Tanto é que soube que em Paulo Afonso, cidade baiana, havia um sapateiro mor que estava contratando à vontade. Menininho resolveu não pensar duas vezes e partiu para a Bahia cheio de esperanças levando os picuás.
O disposto Cabecinha não falou se foi contemplar as cachoeiras famosas da cidade, mas que meteu os nós dos dedos na porta de madeira do homem procurado. Até que fora bem recebido ao apresentar-se como sapateiro. Sem perda de tempo, o talvez futuro patrão, mostrou-lhe um tipo de sandália, forneceu-lhe o material necessário e pediu para que ele confeccionasse uma sandália igual ao do protótipo. Enquanto isso iria resolver uns problemas mais adiante e voltaria logo. Cabecinha viu a grande oportunidade de mostrar-se o bamba de Alagoas. Danou o martelinho para cima e dentro de pouco tempo estava completamente pronta à sandália do homem.
Quando o dono do negócio chegou Cabecinha mostrou-lhe o artefato. O sujeito pegou a sandália, apertou aqui acolá, deu-lhe trancos e repuxos e indagou a Cabecinha com toda malícia acumulada na profissão: “O senhor garante fazer todas que eu mandar iguais a esta?” E Menininho, mais ancho de que pinto no lixo, respondeu com orgulho empregatício: “Garanto sim senhor”. Foi então que recebeu a amarga resposta: “Está despachado, isso não presta nem para brinquedo com bonecas”. E Cabecinha voltou ao seu estado mais triste do que urubu no inverno.
Sei não, compadre, mas as promessas políticas de campanha que se vê na televisão, não passam no teste das SANDÁLIAS DE CABECINHA.