POLUIÇÃO Clerisvaldo B. Chagas, 22 de setembro de 1.264 Crônica Nº 1.164 O DESCASO É TOTAL EM SANTANA DO IPANEMA. O tema po...

POLUIÇÃO



POLUIÇÃO
Clerisvaldo B. Chagas, 22 de setembro de 1.264
Crônica Nº 1.164

O DESCASO É TOTAL EM SANTANA DO IPANEMA.
O tema poluição veio para ficar e cada vez mais é discutida no mundo. Isso me faz lembrar as minhas andanças pelo litoral de São Paulo em busca de trabalho.  Fui a Cubatão e fiquei impressionado com as multidões que procuravam as fábricas.
“Durante as décadas de 1970 e 1980, o município de Cubatão era conhecido como o maior polo industrial do Brasil, e suas indústrias lançavam muitos poluentes nos arredores. Em meados da década de1980, iniciou-se em Cubatão um projeto de despoluição ambiental, com parceria entre a Companhia de Água do Estado de São Paulo (Cetesb) e a administração municipal. O plano de recuperação do ambiente do município visava controlar as indústrias quanto à emissão de poluentes. Após cerca de dez anos, os índices de poluição foram reduzidos em mais de 90%.
O guará-vermelho, ave ameaçada de extinção, chegou a desaparecer de Cubatão no período de grande poluição. Devido ao controle rigoroso sobre os agentes poluentes e os projetos de recuperação ambiental, pode-se observar que a ave voltou a habitar os manguezais.
Esse exemplo nos mostra que o planejamento correto pode auxiliar a diminuir a poluição atmosférica”.
Em Santana do Ipanema a Associação Guardiões do Rio Ipanema – AGRIPA vai encontrando grande obstáculo das autoridades não comprometidas com o trecho urbano do rio intermitente que corta a cidade. Ruas inteiras da cidade não possuem fossas e despejam seus dejetos diretamente no rio Ipanema. Uma firma contratada para o saneamento de Santana não concluiu os seus trabalhos, enterrando milhões em solo santanense. Ninguém foi punido até agora.
Enquanto isso, a AGRIPA, formada por alguns de cidadãos da sociedade civil, vai dando palestras sobre a gravidade do que acontece em nosso município. O descaso com a poluição em Santana é de um município sem lei e sem ordem. Com alguns meios de comunicação comprometidos, o santanense de fato já não consegue respirar. Uma vergonha!

SANTA SOFIA E AGRIPA: AS PALESTRA DA NOITES Clerisvaldo B. Chagas, 19 de setembro de 2014. Crônica Nº 1.263 Cem alunos lotaram...

SANTA SOFIA E AGRIPA: AS PALESTRAS DA NOITE



SANTA SOFIA E AGRIPA: AS PALESTRA DA NOITES
Clerisvaldo B. Chagas, 19 de setembro de 2014.
Crônica Nº 1.263

Cem alunos lotaram o pátio da Escola (Foto: Agripa/Assessoria).
Novamente os Guardiões do Rio Ipanema ficaram honrados com mais um convite oficial da cidade. Trata-se da Escola Municipal de Educação Básica Santa Sofia, parte alta do Bairro Camoxinga. Fundada em 12 de junho de 1995, para atender a grande demanda estudantil da região, a escola tem fama de eficiência e dinamismo dos que fazem a unidade.
Fala o diretor Manoel. (Foto: Agripa).
Trabalhando com o projeto Lagoa Viva e esbanjando compromisso com a Natureza, a Escola Santa Sofia recebeu representantes da Associação Guardiões do Rio Ipanema ─ AGRIPA e o dIretor municipal do meio ambiente, Manoel Messias F. dos Santos, para duas palestras consecutivas sobre a organização da AGRIPA e sobre resíduos sólidos, por parte da Secretaria de Agricultura.
Diante de uma plateia de cerca de cem alunos lotando o pequeno pátio escolar, procuravam dar os últimos retoques, a coordenadora pedagógica Evaneide Ricardo Medeiros Alécio, as diretoras Gilcélia Gomes e Evaneide Camilo e várias professoras.
Representaram a AGRIPA os guardiões Clerisvaldo Braga das Chagas (presidente), Ariselmo de Melo (vice-presidente) e Cícero Ferreira Barbosa (secretário).
A palestra teve início com belas palavras de recepção por parte da coordenadora pedagógica, Evaneide Medeiros. Em seguida, o guardião Cícero Ferreira, o Ferreirinha que também é cantor e compositor, abriu a jornada com uma belíssima página musical em forma de seresta. O guardião Clerisvaldo Braga das Chagas apresentou a equipe, agradeceu a recepção e indicou o guardião Ariselmo para ministrar a palestra. Prosseguindo, o guardião,

Simpatia refletida da Escola. (Foto: Agripa/Assessoria).

professor e escritor Clerisvaldo, distribuiu gratuitamente livros para a plateia, “Conhecimento Gerais de Santana do Ipanema”, da sua autoria.
Manoel Messias, diretor do meio ambiente, também usando o recurso de slides, ministrou sua palestra sobre resíduos sólidos. Por coincidência Manoel Messias também é guardião (atual orador da AGRIPA) além de compositor e cantor plenamente conhecido em Alagoas como “MM o Imperador do Forró”.
Encerramento chave de ouro. (Foto: Agripa/Assessoria).
A palestra foi encerrada, como a AGRIPA costuma fazer, isto é, com um espetáculo à parte com os dois cantores animando o evento, fazendo a plateia cantar e acompanhar com palmas o ritmo dos artistas alagoanos.
Registramos a presença de alunas da UNEAL que prestigiaram as palestras e se engajaram na recepção impecável e carinhosa de todos os que fazem a Escola Santa Sofia, notadamente a anfitriã Evaneide Medeiros.

ROUBANDO NOSSAS XIMBRAS Clerisvaldo B. Chagas, 17 de setembro de 2014 Crônica Nº 1.262 Santana do Ipanema toda jogava ximbra...

ROUBANDO NOSSAS XIMBRAS




ROUBANDO NOSSAS XIMBRAS
Clerisvaldo B. Chagas, 17 de setembro de 2014
Crônica Nº 1.262

Santana do Ipanema toda jogava ximbra. Moda interessante que dominava as ruas sem calçamento, fazia a meninada divertir-se a valer. Praticava-se ainda o pinhão e a bola nas mesmas ruas da cidade.
 O bom pinhão era feito de goiabeira pelos artesãos da periferia mesmo. Depois começou a aparecer belos pinhões torneados a que chamávamos “pinhão de praça”. Eram vendidos na “Casa Imperial” de Seu Piduca, no Comércio. Mais tarde essa mesma casa implantava a moda de belos ioiôs coloridos. Vendia ximbras também, a princípio, lisas em variadas cores; depois coloridas e cada vez mais aperfeiçoadas e atraentes, incentivando jogo e coleção. Nunca chamávamos a ximbra de bola de gude. Seu Marinho Rodrigues, pai do primeiro médico santanense Clodolfo Rodrigues, era um grande vendedor de ximbras em seu armazém de secos e molhados no antigo “prédio do meio da rua”. Ficávamos admirados diante do grande frasco transparente cheio de bolinhas multicores, de vidro. Seu Marinho, homem muito alto e forte, metia a manzorra na boca do recipiente e com satisfação imensa nos passava a mercadoria tão cobiçada.
Em toda a extensão da Rua Antônio Tavares (antes Cleto Campelo) a sair no final do Bairro São Pedro, inúmeros grupos de meninos eram encontrados jogando “Papão”, brincadeira de ximbra que nos fazia cavar três pequenos buracos arredondados necessários ao mister. Parecia um imenso festival. Nossos odiados predadores era o senhor Aloísio Firmo (juiz de menor) acompanhado do soldado Genésio. Essas odientas criaturas faziam os meninos correrem para casa com o perigo iminente de tomadas de ximbras. Às vezes Aloísio aparecia montado numa burra e, o soldado, que morava próximo a minha casa, o acompanhava a pé. Era a dupla terror da criançada.
Quando medito sobre os péssimos governos que tivemos em Alagoas e em nossa querida Santana do Ipanema, concluo que apenas trocamos a idade. Deparamo-nos com outros Aloísios e outros Genésios, aterrorizando nossas purezas, matando nossa felicidade e roubando as nossas ximbras.