A MÍDIA ENFORCA TIRADENTES Clerisvaldo B. Chagas, 22 de abril de 2015 Crônica Nº 1.414   TIRADENTES A crítica ao Ensino bra...

A MÍDIA ENFORCA TIRADENTES



A MÍDIA ENFORCA TIRADENTES
Clerisvaldo B. Chagas, 22 de abril de 2015
Crônica Nº 1.414
 
TIRADENTES
A crítica ao Ensino brasileiro vem de dentro e de fora do país. Entretanto, se o Ensino não vai bem não é somente o professor o culpado pelos que tiram nota zero em tudo. Enquanto um mestre  da língua portuguesa, por exemplo, se mata para mostrar os caminhos, numa programação longa, complexa e exaustiva, a grande mídia acaba com tudo em poucos minutos. É um falar errado nas novelas que dói até no coração para o profissional da sala de aula. Os próprios apresentadores habituam-se ao errado, não usando os verbos corretamente, matando o Português a pau.
Já não se divulgam os motivos dos feriados, mas sim as oportunidades de descanso, passeios e esportes. Para não sairmos catando dias santos e feriados, vamos exemplificar apenas o dia de Tiradentes. O herói nacional exaltado nas escolas é ignorado pela mídia como se de fato fosse apenas uma lenda horrorosa que deve ser banida de notícias e comentários. A rede Globo, uma das que comandam o noticiário nem cita o nome Tiradentes, mas tendenciosa como sempre, vai exaltar o avô de um sujeito que tenta desesperadamente desestabilizar o governo. Uma ação indireta de aproveitamento nas entrelinhas.
A mídia pequena segue a grande como se o não participar de cartilha apresentada estivesse fora de moda. Assim o dia do herói brasileiro, o dia do dono da festa, é ignorado como se ignora Jesus no Natal e, o “tampa” passa a ser o Papai Noel. Feriado é dia de praia no Brasil, dia de riscar da História o mérito da efeméride. Coitado do professor; fala tanto em Tiradentes para o seu filho, inclusive com aquele trabalho caseiro valendo nota. Mas no dia do mártir nacional o seu filho não ver uma notinha sobre o assunto nos seus programas de televisão. É de se perguntar qual o interesse de acabar com os nossos vultos históricos?
É a mídia “dando garra” da corda de caroá e enforcando de novo o Tiradentes.

PARABÉNS RIO IPANEMA Clerisvaldo B. Chagas, 21 de abril de 2015 Crônica Nº 1413   Rio Ipanema (Foto: Agripa). Passaram-se m...

PARABÉNS RIO IPANEMA



PARABÉNS RIO IPANEMA
Clerisvaldo B. Chagas, 21 de abril de 2015
Crônica Nº 1413
 
Rio Ipanema (Foto: Agripa).
Passaram-se muitos dias desde a criação da lei que instituiu o 21 de abril como dia do rio Ipanema. Orgulho-me sem exaltação de ter lançado a ideia que foi acolhida pelos ex-companheiros da AGRIPA, recebida pelos vereadores e sancionada pelo prefeito Mário Silva.
O rio Ipanema fica assim registrado nos anais da história santanense graças aos nossos esforços da Associação Guardiões do Rio Ipanema. Com uma comemoração ainda singela, a AGRIPA fez um esforço grande para lembrar à população que é preciso trabalhar pela salvação urbana do rio.
O Ipanema sofre com o lixo doméstico sem controle, a extração gigante de areia, os dejetos do matadouro municipal, as pocilgas e currais das suas margens, o óleo combustível e doméstico e as milhares de toneladas de fezes que descem de ruas inteiras diariamente, além de escapamento de fossa e lavanderia do hospital Clodolfo Rodrigues.
O Ipanema angustiado no trecho urbano pede socorro e foi ouvido por esse grupo de pessoas que corre em sua defesa e muito já realizou na parte social quando escolas e mais escolas aderem cada vez mais à sua luta.
Quanto à parte prática que a AGRIPA deve enfrentar ainda está amarrada em seus próprios membros que ainda não tiveram o apoio dos três poderes do município para atacar o problema de vez, cujo segredo está na Codefasf. É preciso chamar o Ima e a promotoria para o engajamento na luta e partir para a despoluição 100% do Panema, trecho urbano.
Hoje se comemora o dia do rio Ipanema com ciclismo e programação cultural com esse grito da AGRIPA que se avoluma em defesa do caudal.
No momento não pertenço mais a AGRIPA, mas desejo que meus ex-companheiros tenham sucesso na programação da festa e adquiram novas adesões à causa.
Parabéns Rio Ipanema, pela sua existência e por tudo que você já fez por essa cidade. Repúdio para os que querem lhe destruir.
AVANTE ex-companheiros da AGRIPA na pessoa do atual presidente ARISELMO MELO.

NAPOLEÃO E O CAFÉ DE MANECA Clerisvaldo B. Chagas, 20 de abril de 2015 Crônica Nº 1.412   Divulgação: Fotolog. Um jornali...

NAPOLEÃO E O CAFÉ DE MANECA




NAPOLEÃO E O CAFÉ DE MANECA
Clerisvaldo B. Chagas, 20 de abril de 2015
Crônica Nº 1.412
 
Divulgação: Fotolog.
Um jornalista, em Minas Gerais, compara Aécio Neves com um Napoleão de hospício. Ele pode não ser doido, mas que tem alguma coisa estranha na cabeça tem. Dar nojo em vê aquela língua asquerosa, repugnante e nervosa falar mal do governo e da minha querida presidenta.
 Em Santana do Ipanema, minha terra, o Café do senhor Maneca funcionava vizinho à loja de tecidos do meu pai. Fui crescendo por ali, entre o Comércio e a Rua Antônio Tavares aprendendo a respeitar o homem que vendia café e cerveja. Fazia o melhor café da cidade, misturando o pó de primeira ao pó de segunda, dizia a quem perguntava o sucesso do pretinho. Nunca o vi bêbado e nem demonstrando ter bebido, a não ser em algumas atitudes estranhas.
O professor Alberto Nepomuceno Agra, intelectual muito sério, certa vez chegou ao Café, pediu um queijo e sentou-se à mesa a esperar. Maneca, que havia provado à “marvada”, foi lá dentro, trouxe um queijo completo e colocou no pratinho na mesa de Alberto, retirando-se. Com a surpresa, o cliente abriu os braços e falou alto dizendo que havia pedido uma fatia de queijo. O comerciante retrucou dizendo: “Você pediu um queijo e um café”. Outras iguais a essa Maneca cansou de fazer.
A mais conhecida é que certo vereador chegou ao estabelecimento e pediu um café. Todas as mesas tinham um açucareiro permanente, de vidro. Enquanto o proprietário foi pegar o café, o vereador colocava açúcar na mão e comia. Quando Maneca retornou com o café fumegante, colocou a xícara à mesa, retirou o açucareiro e voltou ao balcão. Cansado de esperar pelo dono, o edil foi ao balcão e perguntou pelo açúcar. Maneca respondeu: “O senhor já comeu o açúcar quase todo; beba o café amargo e dê uns pulinhos para misturar”.
Tenho impressão de que, quando as coisas mudarem, inclusive já estão mudando, o governo Dilma dará um jeito de retirar o açúcar da mesa do filhinho do papai, azoado de Minas, como fez nas urnas. Aí eu quero ver novamente qual será a reação do Napoleão de hospício.