FINALMENTE, FINALMENTE Clerisvaldo B. Chagas, 3 de fevereiro de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.629 Sede da ...

FINALMENTE, FINALMENTE



FINALMENTE, FINALMENTE
Clerisvaldo B. Chagas, 3 de fevereiro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.629
Sede da Polícia Rodoviária Federal. Foto: (alagoas24horas).

O crescimento da capital alagoana tem sido para o norte e para a parte setentrional continuará. A planura do tabuleiro facilita sua expansão que se estira rumo a Rio Largo e Messias, favorecido por duas importantes rodovias federais. Quem trafega acima do local da Polícia Rodoviária Federal, fica abismado com a beleza do trecho falado acima. Aí também se começa a entender a parte poderosa de Maceió. Está localizado nas imediações, o Hospital Universitário, a UFAL, o DETRAN, a CEASA e a própria Polícia Rodoviária, grande ponto de referência da área.
O fluxo rodoviário cada vez mais crescente trouxe a necessidade do chamado viaduto da Polícia Rodoviária. Solicitado incessantemente através de décadas, parecia mesmo destinado ao esquecimento. Ontem, porém, foi publicada a boa nova. Dizia a manchete que o “Estado projeta início de obra de viaduto da Polícia Rodoviária Federal” e que as previsão do Governo de Alagoas é que obras sejam iniciadas no primeiro semestre. Veja:

“As etapas preliminares à implantação do viaduto da Policia Rodoviária Federal (PRF), na capital alagoana, chegam à fase final. Depois da validação oficial do projeto em dezembro de 2016, o edital de licitação segue agora junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), para aprovação. A previsão do Governo do Estado é que as obras sejam iniciadas ainda no primeiro semestre deste ano”.
“Conduzindo uma das principais ações estruturantes na garantia de mobilidade urbana em Maceió, o viaduto da PRF chega para otimizar o tráfego intenso na parte alta da cidade. Com rotatória, dois túneis, passeio e ciclovia, a obra atuará como alternativa viária no entroncamento entre duas importantes rodovias federais, as BRs 316 e 104, como explica o secretário de Transporte e Desenvolvimento Urbano (Setrand), Mosart Amaral”. Finalmente, finalmente.
Não é nada demais lembrar o outro viaduto no entroncamento do interior, São Miguel dos Campos-Rio Largo, com gigantesca obra inacabada há anos. Não existe um só motorista que ao passar por ali não fale mal da cachorrada política deixada como presente. E como diria Chico Anísio: “Vamos comendo...”.

ADOÇANDO O SALGADINHO Clerisvaldo B. Chagas, 2 de fevereiro de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.628 RIACHO...

ADOÇANDO O SALGADINHO



ADOÇANDO O SALGADINHO
Clerisvaldo B. Chagas, 2 de fevereiro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.628

RIACHO SALGADINHO. foto: (GazetaWeb).
Está ali em nossa Geografia, quase tudo sobre o riacho Salgadinho, principal de Maceió. Usando a expressão sertaneja: “desde que me entendi de gente” que o Salgadinho é um transtorno na capital. Sua trajetória pelas grotas de Maceió vai permitindo coletar grande quantidade de lixo que nem mesmo os filtros colocados deram conta. E pior de que o lixo é a coleta de fezes das inúmeras casas sem banheiro que escoam diretamente para o córrego. O Bairro do Poço é o que mais sofre, pois, localizado no plano da baixada, deixa escorrer o riacho e seus afluentes pelas ruas até desaguarem em plena praia da Avenida da Paz. Ninguém dá jeito no negócio e as autoridades vão empurrando com a barriga o problema que se arrasta desde as ocupações de grotas dos anos 60. Pense na fedentina! E diante de tantas costas viradas, veja:
“O Ministério Público Estadual (MPE) resolveu criar uma força-tarefa para atuar em busca da recuperação do Riacho Salgadinho, cobrando providências aos órgãos responsáveis. O ato está publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quarta-feira (1º)”. De acordo com a publicação, a Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) considera que é direito de todos um meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações, cabendo ao MP ‘a missão de defender os interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos’. Além disso, o órgão ministerial leva em conta, na decisão, o alto grau de degradação ambiental verificado em toda a região do Salgadinho. O ato é assinado pelo procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto”.
Finalmente após mais de cinquenta anos, a Justiça consegue enxergar e partir em defesa do povo. Mas será que ela  persistirá mesmo até o final ou cansará na caminhada deitando na rede do enfado? O tempo dirá. Se pensasse, o próprio riacho Salgadinho nunca desejaria virar esgoto. Esperamos que um dia as autoridades retirem suas roupas de mendigo e lhes devolvam o traje imperial de antes, a simpatia e fama do mais importante que sempre foi.













PÃO DE AÇÚCAR CONHECE? Clerisvaldo B. Chagas, 30 de janeiro de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Foto: (Cultura eviagem...

PÃO DE AÇÚCAR CONHECE?



PÃO DE AÇÚCAR CONHECE?
Clerisvaldo B. Chagas, 30 de janeiro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Foto: (Culturaeviagem).
 Crônica 1.627

IGREJA MATRIZ DE PÃO DE AÇÚCAR

Quedo-me diante da foto da igreja e deixo desfilar imagens sacras sanfranciscanas. Os olhos dançam diante do casario de Pão de Açúcar e vou buscar o gesto do meu saudoso professor de Geografia Alberto Nepomuceno Agra. Coloco as mãos para trás e apenas balanço a cabeça para cima e para baixo em sinal de aprovação. Pão de Açúcar tem história, muitas histórias, inúmeras histórias.
Desde quando os índios Urumaris receberam terras de D. João VI e chamaram o lugar de Jaciobá (Espelho da Lua), rolam as narrativas encantadoras. E com a invasão dos Chocós; morro do Cavalete imitando forma de fazer açúcar; visita de D. Pedro II com narrativa registrada; lorotas sobre Lampião; sítios arqueológicos artesanato e lazer chega uma vontade danada de passar uma semana pesquisando e descansando nas águas do Velho Chico.
Cidade plana, casario tradicional, bares na orla, bancos de areia e violão à noite. Terra de músicos e intelectuais. Lembra-me o escritor Aldemar Mendonça (Efémerides de Pão de Açúcar) Seu Dema e, com ele lançando o meu primeiro livro, o romance “Ribeira do Panema”. Presentes o prefeito, o escritor Etevaldo, o professor Guimarães.
Muito me impressionou a Igreja Matriz do Sagrado Coração de Jesus pela sua beleza arquitetônica, característica imponente dos templos católicos do Baixo São Francisco.
Uma visita ao Cristo de braços abertos olhando o rio à jusante deixou-me cansado, mas feliz. E as conversas sobre as piranhas que frequentam as águas locais, vão excitando a imaginação.
Quando solteiro, diante do calor intenso na cidade ─ dizem que é a terceira mais quente do Brasil ─ meu pai jurou nunca mais colocar os pés ali. Por outro lado, fez o mesmo com Garanhuns após pegar um frio de arrancar a pele.  
Fiquei apaixonado pelo lugar a partir da minha primeira visita. Pão de Açúcar nunca me negou fogo. Conhece?