ASAS NO ALFABETO Clerisvaldo B. Chagas, 19 de setembro de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.740 Foto: (Escola I...

ASAS NO ALFABETO

ASAS NO ALFABETO
Clerisvaldo B. Chagas, 19 de setembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.740

Foto: (Escola Interativa).
Você sabia que o nosso alfabeto veio de muito longe? Estamos devendo isso aos fenícios e aos gregos. Vamos a uma ideia sobe os primeiros? Os fenícios eram um povo que vivia entre montanhas do atual Líbano e o mar. Como suas terras férteis eram poucas, optaram pelo comércio navegante através do mar Mediterrâneo e conseguiram a grandeza em ambas as coisas. Para melhor se comunicar com outros povos, desenvolveram um alfabeto com 22 letras consoantes.  A este, os gregos acrescentaram as vogais. Assim o alfabeto fenício foi à base para o grego no qual se baseia o nosso. Os fenícios possuíam cidades e colônias. Destacaram-se também como artesãos em tecido, joias, perfumes, artefatos de pedra, marfim, metal e cerâmica.
Temos os fenícios ainda como inventores do vidro transparente. Possuíam cidades separadas, mas não formavam um estado. Cada cidade tinha o seu governo como Ugarit, Biblos, Beritos, Sídon e Tiro (esta muito famosa na história maçônica). Houve muita prosperidade com elas entre 1400 e 700 anos a. C. Entre suas colônias estavam Chipre, Sicília, Cádiz e Cartago (famosa pelas guerras defensivas contra os romanos). Aproveitando as poucas terras férteis, plantavam cedros (madeira de lei) e negociavam suas toras, bem como cereais, algodão e oliveiras das quais extraíam o azeite. Pelo Mediterrâneo, vendiam seus produtos, trocavam, além de comprar e vender mercadorias de outros povos; como exemplo, compravam papiro aos egípcios e vendiam aos gregos.
A palavra FENÍCIO vem de PÚRPURA, uma cor vermelho-escura, espécie de tinta extraída das glândulas de um molusco chamado múrex. A tinta era usada para tingir tecidos que tinham grande aceitação no mercado. Inclusive, no império romano a púrpura demonstrava destaque, pois era usada por elevadas autoridades.

A história dos fenícios é um compartimento da História Antiga muito agradável. Um povo que dominou a navegação e o comércio pela necessidade. Seguiram o ditado popular: “Quem não tem cão, caça com gato”. Lembra agora das origens do nosso ALFABETO? Alegria.

MONTE SINAI, SAGRADO E INÓSPITO Clerisvaldo B. Chagas, 18 de setembro de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.739   ...

MONTE SINAI, SAGRADO E INÓSPITO

MONTE SINAI, SAGRADO E INÓSPITO

Clerisvaldo B. Chagas, 18 de setembro de 2017

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica 1.739

 

MONTE SINAI. Foto: (Bispo Eliel Luna).

De certa forma há uma lembrança particular, espiritual e doída sobre o Monte Sinai, relembrada pela reportagem da Record do último dia 10. Com mais algumas informações abaixo o objetivo maior deste trabalho é muito mais geográfico de que religioso. Talvez não exista monte com maior destaque literário na Terra do que o Monte Sinai, no Egito, também chamado de Monte Horeb. E diante de tanta fama imaginamos uma serra igual a um paraíso como foram em nosso município as serras do Poço e do Gugi. Nada disso, porém, é verdade. O Sinai é um pico de granito com uma altitude de 2.285 metros que segundo a tradição judaica Moisés teria recebido do Senhor as Tábuas da Lei. A primeira vista são vários montes como se tivesse sido no passado apenas um que houvesse sofrido longo processo de erosão e ficasse repartido em montes menores. A desilusão, todavia, é com sua estrutura física completamente rochosa e inteiramente fragmentada com pedras de todos os tamanhos e formas. Pode-se dizer: um grande amontoado de rochas peladas, sem beleza nenhuma. Quando aparece alguma espécie vegetal é de forma solitária, em pés pequenos, imprensado em frestas. As pedras são ligeiramente róseas e, a subida até o cimo leva horas até para quem tem boa forma física. Um monte sagrado, feio, horrível e inóspito.

Estar o Monte situado no Egito, no sul da Península do Sinai. Para quem não sabe, península é uma grande porção de terra que avança pelo mar. O local é sagrado para o cristianismo, Judaísmo e Islamismo. Muito abaixo do pico existe uma plataforma onde Aarão e os 70 sábios aguardaram Moisés na recepção as Tábuas da Lei. Existe uma caverna onde Deus falou com Elias, após a caminhada de 40 dias pelo deserto. Ali perto, um monte onde viveu São Gregório e, logo abaixo desse monte, a planície de ar-Raaha onde os israelitas aguardaram Moisés e depois foi erguido o primeiro tabernáculo.

Enfim, a região está repleta de histórias as mais diversas, principalmente porque a religiosidade é disputada pelas três religiões. Muitas certezas, quase certezas e bastantes controvérsias irradiadas em solo egípcio.

Interessou-se pelo assunto? Pesquise mais. É um tema sem fim.

 

 

 



A PEDRA DO PADRE CÍCERO Clerisvaldo B. Chagas, 15 de setembro de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1738 PEDRA DO ...

A PEDRA DO PADRE CÍCERO

A PEDRA DO PADRE CÍCERO
Clerisvaldo B. Chagas, 15 de setembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1738

PEDRA DO PADRE CÍCERO. Foto: (Ailton Cruz).
Em todos os recantos nordestinos estão às marcas indeléveis do Padre Cícero Romão Batista. Em Alagoas entre manifestações ao sacerdote – falecido em 20 de julho de 1934 – estão as procissões, associações, novenários e romarias. São milhares e milhares de devotos que ainda procuram o Juazeiro do Norte em busca de curas para os seus males, baseados na fé ao amiguinho Padre Cícero. Templos, praças e devoções ganharam espaço nesta nação nordestino dos litorais aos sertões honrando à memória daquele que tanto fez pelo seu povo. Nem queremos aqui entrar em discussões e acusações estéreis como ainda hoje acontece com o próprio Jesus, o Cristo.
Entre todos os movimentos em prol do padre do Juazeiro, um deles chama atenção e encontra-se localizado no município sertanejo de Dois Riachos. Tudo teve início quando o agricultor José Antônio Lima alcançou uma graça de promessa feita ao padre Cícero, em 1956. Agradecido, aproveitou um Boulder (bloco rochoso) que havia às margens da BR-316, para erguer um oratório em homenagem àquele que concedera a sua graça. Segundo a viúva do sertanejo, Maria, o seu esposo nunca revelou qual foi a graça alcançada. Com o passar do tempo e o aumento crescente de visitas ao local, o oratório foi reformado e a escada de madeira que leva ao topo, foi substituída por uma rampa de concreto. E os padres, por não conseguirem celebrar missas no cimo da escadaria, fizeram surgir uma igreja perto da rocha.
Anualmente acontece a celebração de morte do padre Cícero, todo dia 20 de julho. Já são milhares de romeiros que chegam à festa do dia 20. Eles vêm a pé, a cavalo, em automóvel, vans e ônibus que preenchem os terrenos vizinhos como se estivessem na própria Juazeiro. Além de gente de todas as regiões alagoanas, são inúmeros os devotos de Sergipe e Pernambuco. Do centro de Dois Riachos à Pedra do Padre Cícero, não deve dar mais de 2 km.
Dois Riachos, em Alagoas, é uma cidade pequena e ficou conhecida nacionalmente por ser a terra da jogadora Marta. Possui a maior feira de gado do Nordeste; é banhada pelo riacho Dois Riachos – afluente do rio Ipanema – tem famosa vaquejada anual e mostra o gigantesco açude no povoado Pai Mané. Seu acesso é fácil estando em qualquer lugar em solo alagoano..