GÊNESE DE SANTANA DO IPANEMA Clerisvaldo B. Chagas, 16 de outubro de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.759 MATA...

GÊNESE DE SANTANA DO IPANEMA

GÊNESE DE SANTANA DO IPANEMA
Clerisvaldo B. Chagas, 16 de outubro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.759

MATA VERDE, EXPANSÃO DO BAIRRO BARRAGEM. Foto (Clerisvaldo B. Chagas).
No livro “O Boi, a Bota e a Batina; História Completa de Santana do Ipanema” encerramos a história com um capítulo à parte da Geografia: Gênese de Santana. Trata-se de uma explicação cristalina, lógica e bela de como a cidade cresceu e se expandiu com seus principais pontos de referência. O maior documentário jamais produzido no interior, diz que a cidade de Santana do Ipanema, foi a princípio, dividida em seis grandes blocos. São eles: Centro Comercial, Bairro Maniçoba/Bebedouro, Bairro Camoxinga, Bairro Domingos Acácio, Bairro Floresta e Conjunto Eduardo Rita. O autor descreve a origem de cada um dos seis blocos, a expansão de cada e os novos lugares seus originários.
Como se nasce e cresce em uma cidade sem conhecer a sua história? A expansão de Santana do Ipanema, no “O Boi, a Bota e a Batina; História Completa de Santana do Ipanema” é minuciosa e única. Exemplo: O núcleo geral, atualmente chamado Rua da Baraúna, é fruto da expansão do Bairro Camoxinga, isto é, seu filho. E a região onde se situa o Colégio Estadual, para os desavisados, também é expansão do Bairro Camoxinga, mas não é. A região do Estadual surgiu muito antes, como estrada dos que vinham da serra do Poço e Camoxinga dos Teodósios e outros lugares. Iniciou sua expansão após a venda da sede da fazenda do Intendente/Interventor Frederico Rocha  para ali ser construído um quartel do Exército. O quartel foi construído, o prédio ocupado por certo tempo, mas depois abandonado por falha na estratégia do lugar escolhido. Então o prédio foi transformado em colégio, até hoje.
Esta “palhinha” dada agora estará sendo apresentada em nossa palestra no próximo dia 28, no lançamento da Coletânea das professoras Lícia Maciel e Kélvia Vital, no local Câmara de Vereadores. Enquanto aguardamos da gráfica o término da nossa impressão do livro/enciclopédia “230, Um Monumento Iconográfico aos 230 Anos de Santana do Ipanema”, vamos caçando patrocinador para o Boi e a Batina, uma vez que sua participação em concurso para publicação pela Gráfica Graciliano Ramos teve a surpresa do concurso anulado por falha no Edital, assim repassado para nós. Esperamos a sua presença, embora a nossa parte tenha espaço limitado diante do evento que se estenderá pela manhã e à tarde. Por outro lado, ministramos palestras sobre a História e Geografia de Santana e Lampião em Alagoas, em qualquer lugar, mediante entendimento profissional.







                                                                       

   HOTÉIS NO SERTÃO DE ALAGOAS Clerisvaldo B. Chagas, 13 de outubro de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.758 HO...

HOTÉIS NO SERTÃO DE ALAGOAS

  HOTÉIS NO SERTÃO DE ALAGOAS
Clerisvaldo B. Chagas, 13 de outubro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.758

HOTEL CENTRAL. Foto: (Clerisvaldo B. Chagas).
O sistema de hospedagem é bastante antigo na história universal. Representa a maneira pensada e agradável de receber pessoas de outros lugares com eficiência, respeito e agrado. É navegando pelas fotos antigas, dialogando, rindo e chorando pelo pretérito que a lembrança medra. Assim revemos o nosso sertão velho de guerra que mesmo em passado de mais de uma centena de anos, já era versado na arte de hospedar. Claro que o conforto era de acordo com a época e do desdobramento do hospedeiro. Em todas as cidades do Sertão alagoano, sempre havia pelo menos um pequeno hotel ou a chamada “pensão” que representava uma espécie de segunda classe do hotel.
Em Santana do Ipanema, representando todo o semiárido, alcançamos ainda alguns hotéis nos moldes tradicionais. O mais antigo às nossas lembranças é o hotel, cujo nome não lembramos. Funcionava no casario da Rua Barão do Rio Branco, perto ou talvez no lugar onde foi construído o prédio do Cine Alvorada.  Pertencia a Maria Sabão. Posteriormente, Maria Sabão mudou-se para o até hoje denominado “Casarão da Esquina” com o Hotel Central (talvez com o mesmo nome do anterior) e que atravessou décadas, como o mais procurado da cidade.
Depois, funcionando pela ordem, veio primeiro o “Hotel Santanense”, no Bairro Monumento, apontado também como o hotel de Dona Beatriz. Mais à frente mudou de dono, até fechar. Ainda no Bairro Monumento, defronte os Correios, foi instalado o “Hotel Avenida”, cujo proprietário era o senhor Leuzinger Melo. Como era uma pessoa excêntrica, várias anedotas verdadeiras foram contadas sobre o dia a dia de Leuzinger e seus hóspedes. Ainda no Bairro Monumento, por trás do banco do Brasil, funcionava o hotel de Maria Valério e, no Bairro Camoxinga, uma hospedaria no edifício da Churrascaria Maracanã, pertencente ao chamado “Seu Neguinho”. Havia ainda nas imediações do quadro da feira, a pensão de Dona Rosa. Falar nisso, um  caixeiro-viajante que sempre se hospedava ali, gostava de expor à pensão:

“Seu Mané
Como é que pode
Seu Mané
Como é que pode
Na pensão de Dona Rosa
Só tem bode
Só tem bode”.

Na penúltima fase, para substituição de todos os hotéis que fecharam, surgiram em Santana as pousadas espalhadas por diversos lugares. Finalmente volta à moda dos hotéis, desta feita com um quatro estrelas representando o que há de mais moderno em hospedagem, no Bairro São Vicente.
Até o sono chegou, vamos guardar o amontoado de fotos.



FESTAS DE SANTO Clerisvaldo B. Chagas, 12 de outubro Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.757 FESTA DE SÃO CRISTóVÃO. F...

FESTAS DE SANTO

FESTAS DE SANTO
Clerisvaldo B. Chagas, 12 de outubro
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.757

FESTA DE SÃO CRISTóVÃO. Foto: (AlagoasNanet).
A cidade de Santana do Ipanema ficou muito movimentada na noite do último domingo. Com o encerramento dos festejos dedicados a São Cristóvão, o espocar de foguetes e cânticos de louvores povoaram os ares do Bairro Camoxinga. O evento faz parte da programação anual da paróquia e do santo padroeiro dos motoristas. A paróquia de Senhora Santana e de São Cristóvão promovem essas festas sacras nos meses de julho e de outubro, respectivamente. São acontecimentos tradicionais e bastantes significativos que atestam e fortalecem a fé dos seguidores de Jesus. Trazidos pelos portugueses os tradicionais festejos arraigaram-se no Nordeste onde cada lugar, por pequeno que seja, apresenta com grande sucesso as suas devoções coletivas.
Alguns santos são mais conhecidos na região e tornaram-se quase nordestinos de nascimento, tal a procura do povo para a cura dos seus males. Entre eles estão os chamados santos da época junina que formam o trio Santo Antônio, São João e São Pedro. E esse tripé sozinho movimenta o maior festejo do Nordeste deslocando milhões de pessoas na época, fazendo a economia ficar viva e dinâmica à base da fé. Mas é o profano que aproveita a ocasião para seguir lucrando com os mais variados eventos e um mundo de vendas que dão suporte às gigantescas programações, notadamente, em cidades agrestinas.  Todavia, o amor aos santos estica-se mais um pouco no Nordeste, embora, os três do período junino, talvez, sejam os mais solicitados nas orações.
São Cristóvão, aquele homem que atravessava gente às costas em um riacho, teve o grande privilégio de também atravessar o Menino Jesus. Esse fato é sempre lembrando quando acontecem suas comemorações. Logo cedo se tornou padroeiro da, então, nova paróquia que se formava em Santana do Ipanema, cuja Matriz foi edificada na parte baixa, plana e agradável do Bairro Camoxinga. Ultimamente reformada, sua igreja passou a receber com mais conforto os seus fiéis, fortemente dedicados ao Bairro e ao seu padroeiro, traduzido no capricho das suas inúmeras solenidades.
Viva São Cristóvão, o nosso protetor ao volante!