CINQUENTA ANOS DE COLÉGIO ESTADUAL Clerisvaldo B. Chagas, 5 de março de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1854 C...

CINQUENTA ANOS DE COLÉGIO ESTADUAL


CINQUENTA ANOS DE COLÉGIO ESTADUAL
Clerisvaldo B. Chagas, 5 de março de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1854

COLÉGIO ESTADUAL EM  ESPONJA DE AQUARELA (B. CHAGAS).
     Vamos caminhando para os 54 anos de fundação do antigo Colégio Estadual Deraldo Campos, em Santana do Ipanema, Alagoas. Esta unidade de ensino foi a primeira escola pública de Santana do Ipanema e, talvez, de todo o Sertão alagoano, a funcionar com o Segundo Grau, atualmente chamado de Ensino Médio. Muitos filhos do semiárido, após terminarem o Curso Ginasial (8a Série) na Escola Cenecista Ginásio Santana, tinham três opções: continuar estudando ali mesmo com o Curso de Contabilidade, migrar para Maceió ou Recife ou parar de estudar. Foi quando o Exército Brasileiro comprou a fazenda do ex-interventor Frederico Rocha e implantou uma unidade militar em Santana. Com a desistência, o Exército foi embora, ficando o enorme prédio do quartel, ocioso. Foi, então, implantado o colégio de Segundo Grau, que recebeu o nome do secretário de Educação da época, Deraldo Campos, em 26.03.1964. (O Boi, a Bota e a Batina; História Completa de Santana do Ipanema).
     O primeiro diretor do Deraldo foi o professor Mileno Ferreira da Silva, ligado ao militarismo da ditadura no País. Passou cerca de 20 anos na direção da Escola. Nós também demos a nossa contribuição como professor de Biologia, Sociologia, Filosofia, História e Geografia, durante a escassez de mestres. Também contribuímos como Diretor, o primeiro eleito pelo voto direto. Com o falecimento de Mileno Ferreira, um bruxo da floresta riscou o nome da homenagem ao benfeitor Deraldo Campos, mudando-o para o diretor falecido. O mesmo erro da Praça Emílio de Maia. Os homenageados de Santana são cassados de acordo com a conveniência de brutos, maliciosos e desqualificados. 
     Apesar das suas crises cíclicas, o antigo Colégio Estadual Deraldo Campos, continua sua missão inicial de conduzir a juventude estudiosa para projeções futuras. Hoje a direção da unidade encontra-se na mão da ex-diretora da Escola Estadual Professora Helena Braga das Chagas, Maria Aparecida Silva, doce e educada criatura dedicada à sua nobre missão. A priori, Cida é filha de Dona Maria e do soldado Manoel Joaquim, vizinhos e personagens da rua da nossa infância, Antônio Tavares. Excelentes criaturas.
Colégio Estadual, estabelecimento altamente histórico e REI.

LAMPIÃO EM ALAGOAS E AUTORES SANTANENSES NA TV EDUCATIVA Clerisvaldo B. Chagas, 2 de fevereiro de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Al...

LAMPIÃO EM ALAGOAS E AUTORES SANTANENSES NA TV EDUCATIVA


LAMPIÃO EM ALAGOAS E AUTORES SANTANENSES NA TV EDUCATIVA
Clerisvaldo B. Chagas, 2 de fevereiro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.853

ESCRITORES CLERISVALDO, JOÃO MARCOS E MARCELLO FAUSTO. Foto: (Zezinho).
     Representando a 60 GERE, os escritores Clerisvaldo B. Chagas e Marcello Fausto, da Escola Estadual Profa. Helena Braga das Chagas estiveram na quarta-feira passada, em Maceió, em visita à TV Educativa. É que entre todos os títulos sobre o famoso cangaceiro Virgolino Ferreira da Silva, o livro “Lampião em Alagoas”, dos autores santanenses, foi o escolhido para um documentário sobre os 80 anos da morte de Lampião.
     Os preparativos para as filmagens do Último Dia de Lampião, quando o bandido foi surpreendido e morto na Grota dos Angicos, Sergipe, em 28 de julho de 1938, já estão em andamento.
     Sob comando do insigne João Marcos, jornalista, escritor, cineasta e diretor da TV Educativa, o documentário abordará o episódio em que três volantes alagoanas, saindo da Pedra de Delmiro (hoje cidade de Delmiro Gouveia) chegaram a Piranhas, desceram pelo rio São Francisco, durante a noite e, surpreenderam o bando acampado, no amanhecer do dia 28 de julho. A TV Educativa, por sugestões dos escritores santanenses, também filmará documentário simultâneo da movimentação da Última Viagem de Lampião e o encontro do combate na Grota.
     A convite do diretor João Marcos, com intuito de dirimir as últimas dúvidas da filmagem, Clerisvaldo e Marcello conversaram mais de duas horas com o cineasta. Muitas histórias sobre o cangaço foram contadas entre a dúvida, a lógica e às gargalhadas de fatos narrados pelo trio. Além da parceria firmada para Lampião em Alagoas, romances do ciclo do cangaço de Clerisvaldo B. Chagas como “Ribeira do Panema”, “Defunto Perfumado” e os inéditos “Deuses de Mandacaru”, “Fazenda Lajeado” e “Papo-Amarelo”, poderão fazer, futuramente, novas parcerias para longa-metragem.
     Satisfeitos com os resultados, os autores santanenses vislumbram nova dimensão para a obra, “Lampião em Alagoas” e vibram pelo nome de Santana do Ipanema no cenário nacional.
     Santana sediou o Batalhão que originou as forças volantes na caça aos cangaceiros em território alagoano. A atual Escola Cenecista, antes foi a sede do Batalhão e, nos degraus da Igrejinha de Nossa Senhora Assunção, foram expostas as cabeças de Lampião, Maria Bonita e mais noves asseclas.
Aguardemos a filmagem no sertão alagoano.


BIOMAS BRASILEIROS Clerisvaldo B. Chagas, 28 de fevereiro de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.852 BIOMA CAATI...

BIOMAS BRASILEIROS


BIOMAS BRASILEIROS
Clerisvaldo B. Chagas, 28 de fevereiro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.852

BIOMA CAATINGA EM  IRECÊ (BA). FOTO: (PREFEITURA DE IRECÊ).
        Bioma é o conjunto de vida (vegetal e animal) definida pelo agrupamento de tipos de vegetação contíquos e identificáveis em escala regional com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, resultando em uma diversidade biológica própria. (IBGE). Parece até uma definição complicada para o leigo, mas que poderá refletir melhor e entender. Para esclarecimento, podemos apresentar como seis os biomas do Brasil. Cada qual, é claro, tem sua característica própria com a paisagem geral e suas compartimentações tendo a vegetação como o mais visível. Assim apresentamos A Amazônia, O Cerrado, A Caatinga, a Mata Atlântica, o Pantanal e o Pampa.
     A Amazônia é paisagem dominada pela Floresta Equatorial e corresponde a 49% do território brasileiro. A Floresta Equatorial é escura, fechada, árvores altas e emaranhadas de cipós. Apesar de ser vigiado por satélites, esse bioma do norte continua sendo desmatado às escondidas.
     O Cerrado é o segundo maior bioma e sai ocupando cerca de 24% das terras brasileiras, mas nos últimos cinquenta anos perdeu a metade do original. Sua área em grande parte central brasileira é composta de campos limpos e campos sujos com arvoretas de caules retorcidos e gramíneas. 
     A Caatinga, no interior nordestino ocupa 11% do seu território. É composta de cactáceas, arbustos, arvoretas e árvores maiores. 46% deste bioma já foram devastados.
A Mata Atlântica, também chamada Floresta Tropical, vem sendo devastada desde os tempos do descobrimento. Hoje se encontra com apenas 8,5%, mas já teve 13% do nosso território. Ocupando grande parte da faixa costeira do Brasil, é uma floresta escura, fechada, emaranhadas de cipós, porém, de árvores menores do que a da Floresta Equatorial. É composta de vários ecossistemas, como dunas, mangues e restingas, no Litoral.
     O Pampa, no extremo sul do Brasil é composto de campos limpos, gramíneas e arbustos de pequeno porte, correspondendo a 2% do Brasil.
     O Pantanal cobre cerca de 1,8% do território brasileiro. É a maior área alagada de água doce do mundo. Mais de 15% de sua área se encontram desmatadas. Surge na região central e oeste do Brasil. É um complexo que praticamente possui representação de todos os outros biomas.
        Mesmo tardiamente, vamos contribuir para preservar a Natureza.